Por Rodrigo Rangel, da Agência Estado:
Ainda escaldada pela crise que arrebatou o ex-governador José Roberto Arruda, a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou hoje uma operação com potencial para desarrumar ainda mais o já complicado tabuleiro político local.
A Operação Shaolin, que levou à prisão cinco pessoas, teve como alvo duas organizações não-governamentais que receberam R$ 2,9 milhões do Programa Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes. Até 2006, a pasta era comandada por Agnelo Queiroz, pré-candidato do PT ao governo do DF.
Dirigente das duas ONGs investigadas, o policial militar João Dias Ferreira, um dos presos hoje, foi candidato a deputado em 2006 pelo PCdoB, partido ao qual Agnelo era filiado à época.
Um dos delegados encarregados do caso, Giancarlos Zuliani, admitiu que investiga a suspeita de que o esquema tenha servido para financiar campanhas eleitorais. Ele afirmou, no entanto, que os dados referentes a essa vertente da investigação ainda estão sendo mantidos em sigilo.
A Polícia Civil nega que a operação, deflagrada num dia em que não havia expediente na corporação, tenha por objetivo atingir a possível candidatura de Agnelo Queiroz.
Durante a sucessão de denúncias contra o governo do DF, a Polícia Civil foi acusada de ter agido politicamente em favor do então governador, José Roberto Arruda, atualmente preso. Em depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público, delegados afirmaram ter sido pressionados a impedir investigações contra aliados de Arruda.
Com a operação deflagrada hoje, a Polícia Civil afirma ter descoberto fortes indícios da existência de uma rede de ONGs, quase todas com ligações partidárias, criadas para desviar dinheiro de convênios com o governo federal. Contratos de pelo menos quatro dessas entidades já foram mapeados pelos investigadores. Uma delas possui convênio também com o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Do valor repassado pelo Ministério às ONGs, a Polícia Civil diz ter detectado o desvio de R$ 1,9 milhão. O delegado Giancarlos Zuliani disse que a investigação começou em julho de 2008, após ação de busca e apreensão numa empresa de Brasília investigada exatamente por vender notas fiscais frias a entidades não-governamentais.
Na operação foram presos ainda um assessor e um suposto “laranja” do policial João Dias, o administrador de suas ONGs e o responsável pela empresa que fornecia as notas frias incluídas na prestação de contas apresentada ao Ministério dos Esportes. Bens de João Dias, dentre eles um carro de luxo, a casa e uma das academias supostamente construídas com o dinheiro desviado, foram sequestrados por ordem judicial.
DILMA PRECISA ESCONDER FRANKLIN MARTINS E ZÉ DIRCEU
De Daniel Pereira, na VEJA, na reportagem intitulada “Prateleira eleitora:
a candidata petista [Dilma Rousseff] vai precisar de muita habilidade para convencer que é real uma decisão que já teria sido tomada por seus assessores - tirar da linha de frente da campanha dois pesos-pesados do petismo: o conselheiro político e ministro de Comunicação Social, Franklin Martins, e o deputado cassado e lobista José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil. A ideia partiu dos ex-ministros Antonio Palocci e Márcio Thomaz Bastos e conta com a simpatia do ex-prefeito Fernando Pimentel, coordenador da campanha de Dilma. Para eles, Franklin é um foco permanente de tensão e Dirceu uma fonte inesgotável de problemas. (…) Dirceu e Franklin continuarão na trincheira, articulando e cumprindo variadas tarefas. Para o grande público, ficarão na prateleira.
2 comentários:
Primeira grande zebra na eleição 2010: O abominável e especulador Henrique Meirelles desistiu de ser candidato – a vice da Dilma do Chefe ou ao Senado por Goiás. No dia da Mentira, Meirelles comunicou ao povo (para êxtase do mercado financeiro) que fica – onde está há quase oito anos, na verdadeira Presidência do Brasil, que é o comando do Banco Central, o executor da Política Monetária definida, lá fora, pela Oligarquia Financeira Transnacional.
A desculpa de Meirelles para fugir da disputa eleitoral foi digna de 1º de Abril. O Presidente do BC do B alegou que “resolver atender ao apelo do presidente para seguir consolidando a estabilidade econômica”. Meirelles acrescentou que Lula teria pedido que permanecesse à frente da autarquia para dar-lhe "grande segurança e tranquilidade de saber que não precisa se preocupar com o BC até o final do ano".
Bem na verdade, Meirelles tirou o time por vários motivos. Primeiro, porque os banqueiros que lhe dão sustentação avaliaram que era melhor ficar onde está. Segundo, porque Meirelles viu que não teria a menor chance de ser vice na chapa da Dilma, pois teria de atropelar ninguém menos que o mega corrupto e presidente do PMDB, Michel Temer, que só pensa naquilo. Terceiro, porque a banca já sinaliza que a candidata de Lula pode não ser a preferida deles.
Resumo da Ópera: A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) considerou "bem-vinda" a decisão de Henrique Meirelles de permanecer à frente do BC do B. Os banqueiros e investidores internacionais, sem se pronunciarem, diriam a mesma coisa.
Meirelles tem mesmo pela frente o desafio de manter o equilíbrio da economia brasileira e a inflação dentro da meta (de 4,5% para 2010 e 2011). Lá fora, analistas econômicos garantem que a bolha do Brasil estoura no ano que vem, sem dúvida. Vamos esperar.
O Zé que deceu...no meio da super bandidagem?
O mega Bispo Edir Macedo, Da Igreja Universal do Reino de Deus e da Rede Record, ficou PT da vida ontem ao saber que a Empresa Jornalística Econômico S.A. (EJESA) - que edita o jornal Brasil Econômico - fechou a compra do grupo editorial O Dia por US$ 75 milhões.
Ainda mais porque ontem se especulava que, no meio da bandidagem, havia o dedão cabeludo e sujo do consultor de empresas O Zé que Dirceu de Oliveira e Silva.
Desde 1983, Macedo tenta comprar o jornal carioca.
A EJESA tem participação de 30% do grupo português Ongoing Strategy Investments e 70% de Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcelos.
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