domingo, 31 de outubro de 2010

QUAL SERÁ O NOSSO DESTINO?

Qual será o nosso destino. Afinal, o que queremos? Onde vamos parar?

Leia editorial do Estadão:

Encerra-se hoje a mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no País, e certamente em todo o mundo: oito anos de palanque na obstinada perseguição de um projeto de poder populista assentado sobre o carisma e a popularidade de um presidente que, se por um lado tem um saldo positivo de realizações econômico-sociais a apresentar, por outro lado, desprovido de valores democráticos sólidos, coloca em risco a sustentabilidade de suas próprias realizações na medida em que deliberadamente promove a erosão dos fundamentos institucionais republicanos. Essa é a questão vital sobre a qual deve refletir o eleitor brasileiro, hoje, ao eleger o próximo presidente da República: até onde o lulismo pode levar o Brasil?

Quanto tempo esse sentimento generalizado de que hoje se vive materialmente melhor do que antes resistirá às inevitáveis consequências da voracidade com que o aparelho estatal tem sido privatizado em benefício de interesses sindical-partidários? Tudo o que ambicionamos é o pão dos programas assistenciais e do crédito popular farto e o circo das Copas do Mundo e Olimpíada?

Lamentavelmente, as questões essenciais do País não foram contempladas em profundidade pelo pífio debate político daquela que foi certamente a mais pobre campanha eleitoral, em termos de conteúdo, de que se tem notícia no Brasil. Mais uma conquista para a galeria dos “nunca antes neste país” do presidente Lula, que nessa matéria fez de tudo. Deu a largada oficial para a corrida sucessória, mais de dois anos atrás, ao arrogar-se o direito de escolher sozinho a candidata de seu partido. Deu o tom da campanha, com a imposição da agenda - a comparação entre “nós e eles”, entre o “hoje e ontem”, entre o “bem e o mal” - e com o mau exemplo de seu destempero verbal.

Uma das consequências mais nefastas dessa despolitização que a era lulo-petista tem imposto ao País como condição para sua perpetuação no poder é o desinteresse - resultante talvez do desencanto -, ou pelo menos a indulgência, com que muitos brasileiros tendem a considerar a realidade política que vivemos. A aqueles que acreditam que podem se refugiar na “neutralidade”, o antropólogo Roberto DaMatta se dirigiu em sua coluna dessa semana no Caderno 2: “Você fica neutro quando um presidente da República e um partido que se recusaram a assinar a Constituição e foram contra o Plano Real usam de todos os recursos do Estado que não lhes pertencem para ganhar o jogo? (…) Será que você não enxerga que o exemplo da neutralidade é fatal quando há uma óbvia ressurgência do velho autoritarismo personalista por meio do lulismo, que diz ser a ‘opinião pública’? O que você esperava de uma disputa eleitoral no contexto do governo de um partido dito ideológico, mas marcado por escândalos, aloprados e nepotismo? Você deixaria de tomar partido, mesmo quando o magistrado supremo do Estado vira um mero cabo eleitoral de uma candidata por ele inventada? É válido ser neutro quando o presidente vira dono de uma facção, como disse com precisão habitual FHC? Se o time do governo deve sempre vencer porque tem certeza absoluta de que faz o melhor, pra que eleição?”

Quatro anos atrás, nesta mesma página editorial, dizíamos que “as eleições de hoje são o ponto culminante da mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no Brasil. Desde 1.º de janeiro de 2003, quando assumiu a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva não deixou, um dia sequer, de se dedicar à campanha para a reeleição. Tudo o que fez, durante seu governo (…) teve por objetivo esticar o mandato por mais quatro anos”. Erramos. O horizonte descortinado por Lula era, já então, muito mais amplo. Sua ambição está custando à Nação um preço caríssimo que só poderá ser materialmente aferido mais para a frente. Mas que já se contabiliza em termos éticos, toda vez que o primeiro mandatário do País desmoraliza sua própria investidura e não se dá ao respeito. Mais uma vez, essa semana, no Rio de Janeiro, respondeu com desfaçatez a uma pergunta sobre o uso eleitoral de inaugurações: “Não posso deixar de governar o Brasil por conta das eleições.” Ele que, em oito anos no poder, só pensou em eleições!

COMENTO

Muito bem, conforme o blog de ontem, o vencedor deste pleito, é a facção CRIMINOSA do PMDB.
O maior partido de aluguel do planeta terra, vai continuar dando as cartas e ditando as regras do sujo jogo do poder da República, para a facção do PT cumprir. E o povo brasileiro? Este continuará sendo apenas: massa de manobra, dos políticos e suas sujas politicagens. O resto é só esperar o grave período de TURBULÊNCIA, que assolará gravemente a nação brasileira por um longo e duradouro período.

O legado de uma grave crise financeira e o exacerbado desequilibrio nas contas públicas, inclusive na Previdência Social, são as heranças malditas que serão deixadas pelo Molusco da Silva, se bem que o apedeuta vai continuar no poder da República, só que de maneira diferente. Vamos vê se as FFAA, vão sair da longa inércia em que se encontram. SOMENTE FIAT LUX, para o nosso Brasil.

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS HOUVE UMA ABSTENÇÃO TÃO GRANDE.

A abstenção no segundo turno chegou a 21,5% do eleitorado e bateu recorde, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com 99,98% dos votos apurados, o número de brasileiros que deixaram de votar neste domingo (31) passou dos 29 milhões.

No primeiro turno, 18% dos eleitores não foram às urnas, segundo o TSE. De acordo com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, o principal motivo da abstenção foi o feriado prolongado, que fez com que muitos eleitores deixassem de votar.

- O maior dos problemas foi a ocorrência de uma feriado prolongado, chuvas e condições adversas em alguns lugares e a seca no Norte que fez com que rios não ficassem navegáveis.