segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A BANDEIRA!












Por Reinaldo Azevedo

Caetano Veloso não gosta muito do que escrevo — sabendo quem sou, e bem, me chama “Ronaldo Azevedo” (ver post abaixo). Entendo! Ele agora é o meu Zé Dirceu, que chama Diogo Mainardi de “Diego”… Ele não gosta, mas, vejam vocês!, não é que até me orgulho do que andei escrevendo aqui para vocês? Vejam bem essa imagem que vai aí no alto., de Rafael Andrade, da Folhapress. Viram?

Agora leiam isto:
“Como já escrevi aqui algumas vezes, apelando a certo simbolismo: é preciso subir o morro, arriar a bandeira do Comando Vermelho ou dos Amigos dos Amigos e hastear a Bandeira Nacional. Quem o fará?”

Escrevi isso no dia 27 de outubro do ano passado, repetindo o que afrimava havia uns 15 pelo menos. Sempre recorri à imagem da bandeira para enfatizar justamente o caráter de retomada do território. O link está aqui. Mas eu o reproduzo abaixo, para que vocês percebam a sua incrível atualidade. Em outubro do ano passado, fazia 13 meses que a Polícia não pisava no Complexo do Alemão! Ontem, portanto, quebrou-se um jejum de mais de dois anos. Por quê? Os motivos estão explicado abaixo. Leiam. Volto em seguida.

O BRASIL E AS RELAÇÕES COM “FB”, O PRESIDENTE DO COMPLEXO DA IDEOLOGIA ALEMÃ

Estivesse a infra-estrutura necessária já instalada, a Olimpíada que vai acontecer no Rio em 2016 poderia começar amanhã. Não acho que ela corra riscos - não por causa da segurança pública. Pensar, aliás, a questão apenas segundo essa perspectiva não deixa de ser uma rendição ao humanismo brucutu abraçado pelo lulo-petismo. Se os atletas ficassem confinados à Vila Olímpica ou fizessem passeios monitorados, em áreas previamente definidas, estaria tudo certo. É possível, aliás, viver no Rio de Janeiro - e em qualquer cidade - ignorando como e por que “aqueles povos” se matam. O risco não é a Olimpíada ser cancelada por causa da violência. O risco é ela acontecer apesar da violência. Explico.

É claro que é possível ocupar militarmente a cidade e garantir a segurança de que os atletas e o público precisam. Isso já foi feito em outros eventos, como no Pan, por exemplo. Encerrada a disputa, tudo voltou ao padrão anterior, só que pior. Pior porque a bandidagem percebe que não há, efetivamente, uma política de segurança pública que seja preventiva e que garanta o essencial no Rio - e em qualquer lugar tomado pelo narcotráfico: o ocupação do território. Como já escrevi aqui algumas vezes, apelando a certo simbolismo: é preciso subir o morro, arriar a bandeira do Comando Vermelho ou dos Amigos dos Amigos e hastear a Bandeira Nacional. Quem o fará?

Pior do que a ocupação oportunista da cidade, por razões que apelam ao puro marketing e só para mostrar ao mundo - o palco de Lula é o “planetinha”, né?, como ele chamou certa feita a Terra, num rasgo de intimidade com seus pares do Sistema Solar - seria um acordo com o narcotráfico, garantindo a “Pax” enquanto os jogos estivessem sendo disputados.

Isso seria inédito? Não! Porque está em curso exatamente agora. Há 13 meses a Polícia não sobe o Complexo do Alemão - que batizei de “Complexo da Ideologia Alemã”. A Polícia não subiu, mas Dilma esteve lá 15 dias antes de FB, o presidente daquele país, pôr em prática a Lei do Abate. Afinal, um país também é dono de seu espaço aéreo, não? E o mandatário daquela nação é o traficante FB. É ele quem manda prender, soltar, matar, abater objetos voadores que ocupem os seus céus e também é quem autoriza a entrada de representantes de países estrangeiros por ali. Quando uma autoridade do Brasil pretende fazer uma visita oficial a seu país, FB manda o seu chanceler negociar com o representante da nação estrangeira.

Mas isso, naturalmente, tem um preço. FB exige o fim das hostilidades do país visitante, não é? Afinal, trata-se da paz dos fortes. No Complexo da Ideologia Alemã, os “alemão” (que é como o narcotráfico chama a polícia) não entram. É uma das exigências para que se possam realizar por lá as obras do PAC, um presente generoso do mandatário do país vizinho.

Assim, vamos parar com essa bobagem de que a violência ameaça a realização da Olimpíada de 2016. A violência é uma tragédia que atinge o povo daqueles países estranhos dominados pelo Estado Geral do Narcotráfico. Eventualmente, os bandidos cruzam a fronteira e ameaçam também alguns brasileiros. Entenderam a natureza do jogo?

Voltei
Não venham, pois, os cretinos caetanear comigo, falar do que não sabem, acusar-me de estar contra a tomada dos morros. Uma ova! Cito a imagem da bandeira num texto do ano passado, mas eu a emprego há muitos anos. Quem armou a desordem nas ruas, na Vila Cruzeiro e, depois, no Complexo do Alemão, foi a junção de duas politicagens: a do governo federal, que se comportava no Alemão como governo estrangeiro, e a de Sérgio Cabral, que resolveu operar o milagre da segurança pública: a) botar “ordem” em alguns morros com as UPPs; b) desempregar mão-de-obra do tráfico, que agora pode ser feito, desde que com discrição, sem ameaça da polícia; c) não prender ninguém. Como a gente vê, deu tudo errado, embora o clima de pátria unida force a mão para dizer que deu tudo certo.

Sem essa! Eu sou um dos pioneiros da bandeira! Porque sempre achei que é uma questão de território, defendia a presença das Forças Armadas nessas operações. Minha outra sugestão era e é prender bandido. Até agora, convenham, o resultado é pífio nesse particular.

Vamos ver quantos serão os presos da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão. Nas 13 favelas onde há hoje UPPs, eles tomaram chá de sumiço. Vai ver estão estudando Schopenhauer, que é coisa sabidamente difícil, que exige concentração — antes, ao menos, de Caetano Veloso fazer uma suma do pensamento do autor. Quem entende o que pensa Mangabeira Unger resolve Schopenhauer em dois acordes de violão e um trinado.


COMENTO

Muito bem, alguns artistas brasileiros, parece que não tem cerebro, Caetano, Gil, Chico e tantos outros, 'pensam com o nariz'.
Esses artistas poderiam usar suas popularidades para fazerem o bem e não ficar com idéias de revanchismo com pessoas que não fizeram nada com eles.

Enquanto eles ficarem defendendo esses governos corruptos que cometem verdadeiras atrocidades com a nação e com o povo, eles não passarão de simples artistas medíocres e fracassados.

Com um Tecido Social, totalmente esgarçado, silogismos, sapiência telúrica, iniqüidades administrativas e tergiversação, esse pessoal que se encontra no poder, vai continuar fazendo a cada dia mais vítimas, pelo país a fora. Seja no escala federal, estadual e municipal. NO CEARÁ, A FORTALEZA BELA, É UM EXEMPLO DE INIQÜIDADES ADMINISTRATIVAS E IMCOMPETÊNCIA, TANTO POR PARTE DO ESTADO COMO DO MUNICIPIO.

Mesmo ganhando muito mal e com um soldo muito abaixo do desejável, os militares e as FFAA, foram excelentes e mostraram para a nação brasileira e para os governantes, a sua importância para o país.

E por falar em governantes me lembrei de corrupção. O que é corrupção?
É a suprema perversão da vida de uma sociedade, é a subversão do valores legítimos, ela é o agente da ordem social, a negação da ética destruindo as instituições democráticas que, aviltam e desqualificam o ser humano em seus desvios éticos e morais.

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

Muito bem, até agora, as definhadas e sucateadas Forças Armadas, amadas ou não pelos ideólogos do atual governo e do próximo, cumprem muito bem a difícil missão de ajudar a enxugar o gelo na guerra assimétrica promovida pelo descaso dos governantes, pelo narcotráfico, pelo seus terroristas, no Rio de Janeiro.

Mas os traficantes ainda têm muita bala na agulha para reagir, já que na fuga da Vila Cruzeiro para o Alemão, levaram com eles uns R$ 2 milhões, em dólares e reais.

Tanto os policiais, como os militares das FFAA, que mesmo com os baixos soldos, cumpriram suas missões, mostraram para a nação e para os governantes do nosso país, que a segurança pública, precisa ser remodelada.