quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A REPÚBLICA SINDICAL E O CONTROLE SOCIAL DA "MIDIA"
Por Reinaldo Azevedo
Por alguma razão inexplicada e inexplicável, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara considerou que as centrais sindicais têm direito a 10 minutos semanas em rede de rádio e TV para, atenção!, “discutir matérias de interesse de seus representados”, “transmitir mensagens sobre a atuação da associação sindical” e “divulgar a posição da associação em relação a temas político-comunitários”. Os sindicatos empresariais terão direito idêntico, ou essa é uma prebenda política exclusiva da chamada “classe trabalhadora” — da classe trabalhadora sindicalizada naturalmente? Observem que elas não vão comprar o espaço. Sairá a custo zero. Pela proposta, as empresas serão ressarcidas pelos cofres públicos. Ou seja: nós pagaremos pelo proselitismo da CUT, Força Sindical e outras menos votadas.
E olhem que foi aprovada a versão branda da coisa. Manuela D’Avila queria 10 minutos diários; Vicentinho queria concentrar os 10 minutos semanais no horário nobre. Compreensivo, o deputado Roberto Santiago (PV) sugere que seja ao longo de terça-feira. A proposta “estatiza” de vez as centrais sindicais, que deixam, também por isso, de ser entidades livres. Não custa lembrar que elas já foram “legalizadas”, o que lhes dá o direito de receber uma parcela do Imposto Sindical sem ter de prestar contas a ninguém. Lula vetou a proposta que as obrigava a se submeter à vigilância do Tribunal de Contas da União. Transformaram-se num cartório.
Tudo o que se falava sobre “República Sindical” no governo João Goulart era pinto perto do que está em curso. E notem que a proposta tramita em caráter conclusivo. O que isso significa? Ela não precisa ser votada pelo plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-la, a menos que uma dessas comissões rejeite o texto ou que algum parlamentar recorra contra o rito, apresentando uma lista de 51 assinaturas.
A concessão às centrais já é um absurdo em si, ainda que o propósito fosse apenas informar questões que digam respeito a seus associados. Afinal, sindicatos, federações, confederações, centrais etc. não são entidades públicas. Eu, cidadão, não tenho de arcar com os custos da existência da CUT, da CGT ou da Força porque não tenho nada a ver com essa gente, ora essa! Sua luta diz respeito a uma parcela da sociedade: os seus representados, que são uma parcela ínfima dos trabalhadores. Mas os nobres deputados foram ainda mais generosos: elas poderão usar o tempo para tratar também de “temas político-comunitários”, seja lá o que isso signifique. Creio que pode significar qualquer coisa; a rigor, todo tema político é também comunitário. Logo…
Vocês estão tendo uma evidência prática do que as esquerdas entendem por “controle social dos meios de comunicação”. O controle é “social”, certo? E, para elas, é “a” sociedade? E olhem que estamos só no começo. Coisas como a concessão de tempo na TV para centrais e aprovação de plebiscitos e referendos (ver post na home) são aprovadas em comissões de um Congresso que ainda não é aquele idealizado por Lula. Este chega no ano que vem…
COMENTO
"Tudo que é preciso para o triunfo do mal, é que as pessoas de bem nada façam".
Muito bem, Lênin em seu livro o Estado e a Revolução, diz que: O ESTADO É UM PRODUTO DO ANTAGONISMO INCONSILIÁVEL DAS CLASSES. Com base nisto podemos afirmar que: "os SUJOS políticos brasileiros nocivos e corruptos são subprodutos do antagonismo inconsiliável das populações dos grotões e rincões mais longínquo deste país".
Essa suja e corrupta Comissão da Câmara que aprovou inserção gratuita de 10 minutos semanais na TV e rádio para centrais sindicais é no mínimo inconsequente e estúpida, seus integrantes devem ser casados e presos por falta de decoro parlamentar, formação de quadrilha e associação com o crime organizado, por que isto é um absurdo lamentável e lastimável. Esses políticos que aí estão são horriveis e inconsequentes.
Esses sindicalista são abomináveis. Nem na Polônia o sindicato solidariedade deu certo, pois por lá um sindicalista chamado Lech Welesa, COM POUCA OU NENHUMA INSTRUÇÃO, também chegou ao poder e não deu certo, aqui não foi muito diferente. E A LUTA CONTINUA, É ASSIM QUE EU PENSO. Temos que mudar esses políticos, acho que, devemos fechar esse Congresso por um período até que possamos eleger pessoas honestas e comprometidos com o país e não com os sindicalistas e bandidos.
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