sábado, 12 de março de 2011

Com controle de 26 superintendências, o PT transforma o Incra em um latifúndio desta facção criminosa

Por João Domingos, no Estadão:

Embora já exista uma proposta de reforma da estrutura do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que tem por objetivo acabar com o loteamento político dos cargos na autarquia, o governo não cumpre esse objetivo. Levantamento feito pelo Estado apurou que das 30 superintendências 26 estão nas mãos do PT. As quatro restantes estão com um técnico do próprio instituto, um representante da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), um afilhado do PMDB e outro do PTB.

Entre as 26 superintendências controladas ou por petistas militantes ou por técnicos ligados ao partido, várias foram entregues à Democracia Socialista (DS), tendência interna do PT à qual pertence o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. Ele substituiu Guilherme Cassel, da mesma ala, que havia entrado no lugar do gaúcho Miguel Rossetto, outro importante nome da corrente.

Esse setor petista posiciona-se mais à esquerda do que a ala majoritária, a Construindo um Novo Brasil (CNB), à qual pertence o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário é um feudo da DS. Quando a presidente Dilma Rousseff resolveu tirar Cassel, ela convidou em primeiro lugar para dirigir a pasta o senador Walter Pinheiro (BA), mas ele preferiu ficar no Congresso e indicou o nome de Florence. Procurado pelo Estado, Afonso Florence não quis se manifestar.

O domínio que a DS tem do setor agrário do governo é tão grande que pode tirar da presidência do Incra o petista Rolf Hackbart. Ele é ligado à ala da Igreja que atua no campo, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT). A substituição não ocorreu ainda porque a presidente Dilma Rousseff resistiria a ceder tanto espaço à DS num setor tido como problemático, violento e cujas metas de assentamento de trabalhadores rurais não é cumprida, informaram assessores do Palácio do Planalto.

Tradição. O domínio petista no Incra tem sido uma tradição desde a posse de Lula, em 2003. Mas outros partidos aliados vinham conseguindo ocupar algum espaço ali, como o PTB.

O superintendente de Goiás, Rogério Arantes, é sobrinho do líder do partido na Câmara, Jovair Arantes. Como o tio, ele é dentista. Há uma forte pressão do PT para que ele seja substituído. O argumento apresentado ao ministro Florence é que não há nenhuma lógica em ter um dentista no comando do Incra.

No Maranhão, a superintendência era controlada por um consórcio do PTB com o PMDB. Por influência do senador Epitácio Cafeteira (PTB-AM) e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o Incra maranhense foi tocado durante o governo de Lula por Benedito Terceiro. No início do ano ele acabou preso pela Polícia Federal, durante a Operação Donatário.

De acordo com a PF, Terceiro seria um dos cabeças de uma quadrilha que desviava recursos destinados à construção de casas nos assentamentos. Houve um rombo de R$ 4 milhões em cinco anos. A Controladoria-Geral da União (CGU) calcula que os desvios chegaram a R$ 150 milhões. Para o lugar de Terceiro foi nomeado Luiz Alfredo Soares da Fonseca, técnico sem filiação partidária.

COMENTO

Muito bem, a facção do PT é isso aí, todos os brasileiros já estão se acostumando, com tantos crimes, com tanto banditismo institucionalizado, tanta corrupção edêmica e tanta bandidagem. Fazer o que? O povo não sabe votar! Troca voto por bolsa família.

TIMONEIRO MANTER O RUMO! ARTILHEIRO SUSTENTA O FOGO QUE VITÓRIA É NOSSA, E A LUTA CONTINUA PARA TIRAR ESTA FACÇÃO CRIMINOSA DO PODER DA REPÚBLICA.

3 comentários:

Cardoso Lira disse...

Muito bem, deixa estar e aí está, com globalização e a economia mundial desestabilizada, é unânimidade, no meio industrial, a preocupação relativa as crises e agravamento dos problemas que afetam a competitividade do setor. O mais agudo deles, o câmbio sobrevalorizado, soma-se e potencializa os efeitos nocivos da alta carga tributária, juros exorbitantes, dificuldade de crédito e precariedade da infraestrutura. Tais fragilidades, no inóspito cenário estúpido de ganâcia e da exacerbada competição do mundo globalizado, tornam nossa manufatura uma presa fácil para os concorrentes e predadores internacionais, principalmente os EUA, os Tigres Asiáticos e União Europeia.

Cardoso Lira disse...

Mudanças no Incra: Aumento no controle sobre as superintendências regionais

As alterações diminuiriam a autonomia dos superintendentes, parte deles indicada por partidos aliados, e concentraria poder de decisão e recursos financeiros na cúpula do órgão, em Brasília, disputada por correntes do PT.

jornal a crítica

O Governo Federal estuda promover mudanças na estrutura do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para aumentar os mecanismos de controle de suas superintendências regionais, alvos de suspeitas de corrupção.

As alterações diminuiriam a autonomia dos superintendentes, parte deles indicada por partidos aliados, e concentraria poder de decisão e recursos financeiros na cúpula do órgão, em Brasília, disputada por correntes do PT.

Atribuições
As reformas são especificadas em uma minuta de decreto, na qual aparecem os órgãos “diretoria geral” e “corregedoria geral”, inexistentes na norma de 2009.

A “diretoria geral” teria entre suas ações “coordenar e supervisionar as superintendências regionais na execução das suas atividades finalísticas”, além de “coordenar e monitorar a programação orçamentária e financeira”.

Já a “corregedoria geral” acompanharia “o desempenho dos servidores e dirigentes das unidades do Incra, fiscalizando e avaliando sua conduta funcional”.

A associação de servidores do Incra vê nas mudanças um prólogo para o fim do órgão. O Incra não se pronunciou. O Ministério do Desenvolvimento Agrário disse não conhecer a minuta.

Cardoso Lira disse...

Redução da pobreza pode ocorrer só em estatística, isto é papo de petista, para enganar "os bestas e as bestas", que se deixam enganar.

Prioridade da presidente Dilma, a eliminação da pobreza extrema pode ocorrer só estatisticamente se os beneficiários dos programas sociais não tiverem acesso a trabalho, educação, saúde e previdência social.

Corre-se o risco de vermos uma eliminação estatística, mas não real, da pobreza?

Já passou da hora das FFAA, revê esta omissão, sair da inércia e tirar o país das mãoes deste petralhas.

Cadê nossas autoridades? STF, OAB, MPF e muitas outras?