Por Cardoso Lira
Assim como o PT, o primeiro Comando da Capital (PCC) é outra organização paulistana, criada com o objetivo manifesto de defender os direitos de cidadãos encarcerados no país.
Esta facção criminosa, surgiu no início da década de 1990 no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, local que acolhia prisioneiros transferidos por serem considerados de alta periculosidade pelas autoridades.
A mega organização criminosa também é identificada pelos números 15.3.3; a letra "P" era a 15ª letra do alfabeto português[1] e a letra "C" é a terceira.
Hoje a organização é comandada por presos e foragidos principalmente no estado de São Paulo. Vários ex-líderes estão presos (como o criminoso Marcos Willians Herbas Camacho, vulgo Marcola, que atualmente cumpre sentença de 44 anos, principalmente por assalto a bancos, no presídio de segurança máxima de Catanduvas paraná e ainda tem respeito e poder na facção). O PCC conta com vários integrantes, que financiam ações ilegais em São Paulo, em outros estados da Federação inclusive no nordeste do país.
Comando Vermelho (CV), é o nome de outra organização criminosa no Brasil. Foi criada em 1979 na prisão Cândido Mendes, na Ilha Grande, Angra dos Reis Rio de Janeiro, como um conjunto de presos comuns e presos políticos membros da Falange Vermelha, que lutaram nos principais grupos terroristas do Brasil.
Durante toda a década de 90, o Comando Vermelho foi uma das organizações criminosas mais poderosas do Rio de janeiro, mas atualmente, a maioria de seus líderes estão presos ou mortos e a organização já não é tão poderosa.
O Comando Vermelho ainda controla partes da cidade e ainda é comum encontrar ruas pichadas com as letras "CV" em muitas favelas do Rio de Janeiro. Os principais grupos rivais do Comando Vermelho são o Terceiro Comando Puro (TCP) e (ADA) Amigos dos Amigos. O TCP surgiu a partir de luta por poder entre os líderes do CV em meados da década de 1980.
Entre os integrantes da facção que se tornaram notórios depois de suas prisões, estão Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP, Mineiro da Cidade Alta e Elias Maluco.
Uma das primeiras medidas do Comando Vermelho ou CVRL foi a instituição do “caixa comum” da organização, alimentado pelos proventos arrecadados pelas atividades criminosas daqueles que estavam em liberdade, o dízimo, o dinheiro assim arrecadado serviria não só para financiar novas tentativas de fuga, mas igualmente para amenizar as duras condições de vida dos presos, reforçando a autoridade e respeito do Comando Vermelho no seio da abominável massa carcerária.
No início dos anos 80, os primeiros presos foragidos da Ilha Grande começaram a pôr em prática todos os ensinamentos que haviam adquirido ao longo dos anos de convivência com os presos políticos, organizando e praticando numerosos assaltos a instituições bancárias, algumas empresas e joalherias.
Durante esse assalto, a quadrilha, comandada por José Jorge Saldanha, o Zé do Bigode, ocupa o número 313 da Rua Altinópolis, no dia 3 de Abril de 1981, essa ocupação foi palco de uma sangrenta batalha entre as forças policiais e o líder do grupo. Durante longas horas, Zé do Bigode repeliu todas as ofensivas policiais, matando e ferindo vários policiais que tentavam capturá-lo. Encontrou-se em sua posse diversas armas e farta munição, o que lhe permitiu defender a sua posição ao longo de toda a noite, apesar do evidente desequilíbrio de forças envolvidas. Zé do Bigode acabaria morto, já de manhã.
Ainda que os sucessos tenham sido relevantes, os assaltos a bancos são extremamente arriscados, pelo que, no final de 1982, muitos daqueles que haviam sido resgatados da Ilha Grande foram recapturados ou simplesmente mortos.
Já a outra organização, que surgiu na década de 80, pela revolta dos metalúrgicos do ABC paulista, hoje se encontra no poder da República e conta com o erário público, para continuar cometendo seus crimes. É isso aí, a luta continua e essas organizações criminosas, continuarão a fazer mais vítimas pelo país afora. Até quando? Já passou da hora para, destruir essas quadrilhas. Cadê as FFAA?
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