segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Amorim toma posse e já enfrenta insatisfação com orçamento curto

Por Cardoso Lira

“A audácia dos maus se alimenta da covardia e da omissão dos bons”.

"O Aviltamento do Marxismo pelos oportunistas e corruptos que estão no poder da República. Nenhum político farsante escapará da vala comum reservada aos falsificadores da história". (Cardoso Lira)

"A CORRUPÇÃO é a suprema PERVERSÃO da vida de uma SOCIEDADE, uma estupidez, é a SUBVERSÃO dos valores legítimos, ela é o agente da DESORDEM SOCIAL, a negação da ética e a destruição das INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS". (Cardoso Lira)

Esposas de militares e integrantes da reserva protestaram ontem contra baixos salários e condições precárias

Eduardo Bresciani / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O embaixador Celso Amorim tomou posse oficialmente hoje à frente do Ministério da Defesa em meio a uma grande insatisfação das Forças Armadas com o orçamento destinado à área.

No sábado, Amorim esteve com cúpula militar Ontem, em Brasília, um grupo de esposas de militares e integrantes da reserva protestou durante solenidade da troca da bandeira nacional na praça dos Três Poderes. Eles pediram melhores salários e criticaram o que chamam de sucateamento das Forças. A manifestação foi feita na presença do comandante-geral do Exército, general Enzo Peri.

Os vários problemas orçamentários da Defesa, que sofreu pesado corte no início do ano por ordem da presidente Dilma Rousseff, foram apontados como motivo de insatisfação de Nelson Jobim, que acabou deixando o cargo depois de uma sequência de declarações polêmicas.

As reivindicações salariais são mais fortes na base da carreira. Taifeiros, soldados, cabos sargentos e SO, segundo os familiares, recebem soldo incompatível com o trabalho que exercem, se comparado com os rendimentos de profissionais da Polícia Militar e de bombeiros do Distrito Federal. "Nosso salário é terrível", resume Genilvaldo da Silva, presidente da Associação dos Militares da Ativa, da Reserva e Pensionistas (Amarp).

"Há uma defasagem salarial de 135%", diz a presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa), Ivone Luzardo. Ela destaca que mesmo um reajuste de 28,68% para a carreira - fruto de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - está com seu trâmite paralisado. Outra reclamação é que as Forças Armadas têm limitado a promoção de quem começa a carreira na base.
Existe clara insatisfação, ainda, com a falta de investimento em equipamentos. Ivone Luzardo lembrou que, na semana passada, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu em Santa Catarina matando oito pessoas - e atribuiu o acidente ao sucateamento. "Todo ano tem corte no Orçamento e os militares hoje são obrigados a lidar com equipamentos obsoletos, colocando suas vidas em risco".
Logo após o Planalto ter anunciado, Amorim como ministro da Defesa, na quinta-feira, chefes militares manifestaram reservadamente descontentamento com a indicação. Eles temem uma revisão da Lei da Anistia.

Postado por Ivone Luzardo


Militares querem que Amorim viabilize projetos urgentes e recupere salários


Tiago Pariz e Leonardo Santos

O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, que tomou posse hoje à tarde, conseguiu reverter a insatisfação inicial de militares com sua indicação para substituir Nelson Jobim. Agora, tem de lidar com pressões das Forças Armadas, que cobram atuação firme para evitar a reversão no fortalecimento político da pasta. O diplomata e ex-chanceler tem como missão inicial mostrar aos militares que terá capacidade e influência perante a presidente Dilma Rousseff para tirar projetos do papel e aumentar os recursos para Exército, Marinha e Aeronáutica.

A insatisfação de parte dos militares foi revertida graças a uma operação minuciosa, que contou com assessores do Ministério da Defesa nas primeiras horas em que Amorim foi indicado na sexta-feira. Também contribuiu a atuação decisiva de Dilma, que se reuniu pessoalmente com os comandantes das Forças e o chefe do Estado-Maior. Ela abriu caminho para a conversa que o novo ministro teve com os quatro na tarde de sábado. “Os comandantes receberam bem, as insatisfações foram distensionadas. O Celso Amorim vai assumir o posto e vai jogar o jogo. A bola está nos seus pés e o sucesso depende dele”, comentou um oficial com cargo no Ministério da Defesa que pediu para não ser identificado.

Protesto de mulheres e de parentes de militares durante a troca da bandeira: pedem reajuste de 135% nos baixos soldos.
Um dos primeiros projetos que mostrará se Amorim está bem posicionado para levar adiante o reaparelhamento das Forças Armadas é a recuperação da Avibrás, que projeta sistemas de lançamento de foguetes. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda deram sinal verde para incluir a empresa, que enfrenta processo de recuperação judicial, no programa Refis-4, que trata de dívidas com tributos federais acumuladas ao longo dos anos. O Ministério da Defesa também recebeu aval das outras duas pastas para a compra do Astros 2020, sistema mais avançado de tecnologia nacional de foguetes, elaborado pela Avibrás. O Exército queria investir R$ 960 milhões nessa aquisição. Falta apenas a assinatura da presidente Dilma.

O general Leônidas Gonçalves, que foi ministro do Exército do governo José Sarney (1985-1990), disse estar otimista com relação à atuação de Amorim. “É um homem de experiência em altos cargos, conhece a questão internacional e tem todas as condições para se sair bem.” Gonçalves espera que Amorim saiba reunir bem todas essas qualidades e use a proximidade com a presidente Dilma para conseguir recursos para o Ministério da Defesa. Gonçalves acredita que todos os cinco ministros antecessores de Jobim não conseguiram consolidar o papel institucional do Ministério da Defesa. “Os ministros anteriores foram muito fracos e sem condições técnicas de realizar o que se devia.”

Hoje, essa questão está ultrapassada, na visão do capitão-de-mar-e-guerra reformado da Marinha Adalberto de Souza Filho, professor de estratégia e planejamento da Escola Superior de Guerra (ESG). “Não se questiona mais a importância de o Ministério da Defesa estar nas mãos de um civil”, avaliou. “Essa etapa está ultrapassada. O que se discute é o revigoramento político do Ministério da Defesa”, afirmou Souza Filho. Segundo ele, conta a favor de Amorim o fato de haver uma convergência entre as políticas de Defesa e Externa. “Não existe país que busque um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU sem estrutura de defesa respeitável”, disse o professor da ESG.

Na avaliação do general Leônidas Gonçalves, o Brasil é um país pacífico, mas o crescimento da economia e o papel de destaque brasileiro no cenário internacional podem ocasionar choques de interesses daqui a 30 ou 40 anos. Por isso, um Ministério da Defesa forte é necessário para se preparar para o futuro. Ele lamentou que a pasta tenha sofrido diversos reveses orçamentários este ano. “As prioridades do governo para as Forças Armadas estão equivocadas. Tem novos patrimônios que precisam ser defendidos”, afirmou.

As mulheres e os parentes dos militares realizaram protesto ontem pedindo reajuste salarial. Durante a tradicional troca da Bandeira Nacional, na Praça dos Três Poderes, eles cobraram o reajuste de 135% no soldo, para atingir o poder de compra de 10 anos atrás. Segundo manifestantes, a conta foi feita com base na perda salarial e na diferença entre as polícias e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Durante a cerimônia, a manifestação foi silenciosa. Mas assim que acabou o evento, o grupo promoveu um panelaço e usaram um megafone para chamar a atenção de oficiais do Exército.

Comento

O que podemos esperar das Forças Armadas brasileiras, com sua frota, seu material e seus equipamentos totalmente obsoletos, os militares com seus soldos defazados e passando fome? Acho que o desgoverno do PT, está começando a cavar sua própria sepultura.

"O FUTURO COBRARÁ JUSTIÇA DAQUELES QUE TENTARAM FALSIFICAR A PRÓPRIA HISTÓRIA".(Cardoso Lira)

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

Petrobras e Vale perdem R$ 42,6 bilhões na Bovespa


Por Leila Coimbra e Tatiana Freitas, na Folha:
Em um dia de pânico nos mercados, a Petrobras e a Vale, as principais empresas do Ibovespa, perderam ontem, juntas, R$ 42,6 bilhões de seu valor de mercado. O cálculo é da consultoria Economática, a pedido da Folha. Os papéis da Vale caíram, na média, 9,4%, o que representou queda de R$ 20,8 bilhões no valor de mercado da empresa. Os da Petrobras recuaram 7,77%, o que reduziu o valor da companhia em R$ 21,8 bilhões. Na última semana, a Petrobras já perdeu R$ 66,6 bilhões. Sua capitalização atual está em R$ 258 bilhões. Já a Vale perdeu R$ 51 bilhões, para R$ 201 bilhões. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o cenário é incerto, mas sugeriu que poderá haver alta das commodities. “Com taxas de juros historicamente baixas, aumenta a demanda no mercado futuro de commodities, e pode ser que isso provoque pressão altista no preço do petróleo.”