Por Cardoso Lira
Obra-Prima do Dia (Semana das Mesquitas)
A Mesquita
de Niu Jie é a maior e mais antiga mesquita de Pequim e o centro
espiritual para aproximadamente 200 mil muçulmanos que vivem na cidade.
Sua construção foi iniciada na dinastia Tang (c. 742 d.C.) e depois
interrompida.
Reiniciada em 996, recebeu importantes acréscimos
durante as dinastias Yuan, Ming e Qing (dos séculos 13 ao 19), o que a
torna um antigo conjunto arquitetônico muito representativo de cada um
desses períodos.
Foi na dinastia Tang que o Islã foi introduzido
na China, por mercadores árabes. Muitos muçulmanos se uniram a mulheres
Han e a religião floresceu ali graças a essas uniões. A Grande Mesquita
foi construída em honra desses fundadores do Islã na China.
A
construção ocupa uma área de 6000 mil metros quadrados e está dividida
em quatro pátios. No primeiro, há um arco em madeira, com nove metros de
altura, recoberto por ladrilhos esmaltados, datado do século 17. De
cada lado do imenso arco há três salas onde hoje em dia ficam em
exposição antigos móveis das dinastias Ming e Qing.
O templo compreende vários prédios: o salão das orações; o minarete; uma torre em hexágono erguida para ser o observatório da lua; e dois pavilhões que abrigam colunas (monolitos) com diversas inscrições.
O templo compreende vários prédios: o salão das orações; o minarete; uma torre em hexágono erguida para ser o observatório da lua; e dois pavilhões que abrigam colunas (monolitos) com diversas inscrições.
No
centro do segundo pátio, há um arco em pedra com duas colunas também em
pedra, uma de cado lado. Nelas podemos ver antigas inscrições feitas
por famosos calígrafos chineses e árabes. O quarto pátio dá acesso ao
salão de orações que pode acolher mais de mil pessoas.
Visitantes que não sejam muçulmanos não podem entrar no salão de orações (foto ao lado),
mas podem olhar através dos arcos em todos os dias da semana, a não ser
às sextas, quando o ingresso é terminantemente proibido. Mas a
bela arquitetura dos demais pavilhões e a dos quatro pátios não têm
restrições. A construção é uma combinação de arquitetura tradicional
chinesa e arte islâmica. No estilo chinês, a série de pavilhões, com os
quatro pátios da mesquita entre eles. As paredes, no entanto, são
decoradas no estilo islâmico.
O exterior é em estilo clássico
chinês, seguindo o modelo budista, só no interior é que o estilo árabe
predomina, nos arabescos e na caligrafia, sempre presente. Predomina o
ouro sobre laca, em sua maioria vermelho escarlate.
Num pequeno
pátio, que dá para o lado sul, estão os túmulos de dois imãs persas que
pregaram ali no século 13. E não muito distante fica o enorme caldeirão
de cobre onde antigamente preparavam a comida dos devotos, hoje uma
relíquia.
Pequim, China
Fontes: Uma breve história do Islã, Tamara Sonn, tradução de mhrrs, Editora José Olympio, 2011
The Cambridge Illustrated History of China
Fontes: Uma breve história do Islã, Tamara Sonn, tradução de mhrrs, Editora José Olympio, 2011
The Cambridge Illustrated History of China
Postado pelo Lobo do Mar
Nenhum comentário:
Postar um comentário