sábado, 24 de novembro de 2012

O PT rasga a fantasia: “Negro filho da mãe! Negro traidor! Negro que não carrega bandeira! Negro vira-casaca! Negro ingrato! Negro negro!”

Por Cardoso Lira


Barbosa ganha celular seguro para falar com Dilma, enquanto amiga de Lula é indiciada por corrupção


Ato organizado pelos criminosos petistas não tem uma só bandeira do partido. E nem a presença do presidente da legenda.

O PT começa a largar de mão - pelo menos oficialmente - o José Dirceu e a sua quadrilha. Na "plenária" do João Paulo Cunha, em Osasco, havia apenas mil militantes que, na verdade, não portavam bandeiras do PT. O presidente da legenda também não esteve presente. Deve ser orientação do marqueteiro João Santana, para não misturar o simbolo do partido com bandidos. Como se isso fosse possível. Para as próximas mobilizações, José Dirceu pretende chamar os "movimentos sociais", entre os quais aqueles que não tem sede,não tem CGC e também não tem nenhum respeito às leis, como o MST. Estaria nascendo uma Milícia José Dirceu, como aquelas que dão suporte aos atentados contra a democracia cometidos por Hugo Chávez? Pelo passado do bandido e pelos seus atuais movimentos, uma nova VPR pode estar vindo por aí. 





Barbosa só deve decidir no ano que vem se tira do segredo investigação que desvenda relação Lula-BMG



É preciso reforçar a independência do juiz. Afastá-lo desde cedo das más influências”. O primeiro negro a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal fez tal advertência para criticar a promoção de juízes de primeiro grau por interesses políticos. Mas tais palavras seriam um belo texto legenda para a foto acima, da Reuters, em 2003, na qual Barbosa aparece com o Presidente da República que o nomeou para o STF e que agora, como ex e sem foro privilegiado, pode ser réu no Processo Investigatório 2.474 que expõe as relações de negócios entre o PT, o Banco BMG, e o mito Lula.

Rose, a chefe de gabinete da Presidência, ganhou plástica, cruzeiro marítimo e emprego para a filha.

A Polícia Federal apreendeu ontem documentos no escritório da Presidência da República em São Paulo e indiciou a chefe de gabinete regional Rosemary Novoa de Noronha, 57. Conhecida como Rose, ela é investigada na Operação Porto Seguro, como revelou a Folha ontem em seu site. A apuração se refere a grupo formado por funcionários públicos e advogados suspeitos de tráfico de influência e pagamento de propina em órgãos federais. 
Rose foi nomeada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mantida no cargo por Dilma Rousseff. Antes disso, trabalhou no PT por quase quase 12 anos com o ex-ministro José Dirceu. A função de seu atual cargo é prestar "apoio administrativo e operacional ao presidente da República, ministros de Estado, secretários especiais e membros do gabinete pessoal do presidente da República" em São Paulo. 

A presidente Dilma foi informada da operação e, oficialmente, não irá fazer comentários sobre o caso. A operação Porto Seguro prendeu dois apadrinhados de Rosemary na administração federal: os irmãos Paulo Vieira, diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), e Rubens Vieira, diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), ambos nomeados por Lula, sob indicação de Rose. Uma de suas filhas trabalha como assessora de Rubens Vieira na Anac. 

Os policiais federais também recolheram documentos e copiaram arquivos eletrônicos nas salas dos irmãos nas duas agências. Os escritórios foram lacrados após a visita da PF para evitar interferência sobre eventuais provas. A suspeita contra Rose é de corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica. Ela teria exigido e recebido vantagens financeiras por parte dos dois irmãos, inclusive pagamento por cirurgia plástica, para prestação de um apartamento e viagem de cruzeiro.

A PF queria apreender computadores, mas Rose teria reagido energicamente e ameaçado informar a Presidência. A apreensão foi tumultuada. Segundo a Folha apurou, ela chegou a ir à delegacia, mas não teria prestado depoimento, o que deve fazer nos próximos dias. Rose, que chorava muito, teve de ser consolada por seu advogado.

A PF também realizou o mesmo procedimento na residência da funcionária em São Paulo por volta das 6h da manhã de ontem. Ela conheceu o ex-presidente nos anos 1990. Começou a trabalhar no governo federal em fevereiro de 2003, como assessora especial do gabinete regional. Passou a chefe da unidade em 2005.(Folha de São Paulo)

Por Reinaldo Azevedo

A questão sempre rondou as más consciências, era enunciada de modo oblíquo, falada nos cantos, nos becos, nas bocas, nas tocas — como diria o sambista… Era sugerida, mas jamais pronunciada. Ontem, finalmente, o ainda deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, rasgou a fantasia e o verbo, revelou o que realmente pensa o PT, deixou aflorar seu [do partido] racismo asqueroso e primitivo. Inconformado com a atuação do ministro Joaquim Barbosa, que assumiu nesta quinta a presidência do STF, Cunha mandou ver: “[Barbosa] Chegou [ao Supremo] porque era compromisso nosso, do PT e do Lula, de reparar um pedaço da injustiça histórica com os negros”.
Que nojo de João Paulo Cunha!
Já explico onde estava este senhor quando vomitou o racismo de seu partido. Quero me ater um pouquinho ao conteúdo de suas palavras porque elas provam, por A mais B, algumas considerações que andei fazendo neste blog, ao longo dos anos, sobre a questão racial.
No dia 11 de outubro de 2011, escrevi um texto sobre a relação que o PT mantém com as chamadas minorias. Lá se pode ler este trecho (em azul):
Será mesmo o PT um partido especialmente afeito à defesa das mulheres, dos negros, dos gays, dos direitos humanos  – de grupos e temas, enfim, que seriam discriminados pela sociedade “reacionária”? Uma ova! Essa gente tem é um desprezo solene por todas essas causas e só as utiliza como instrumento de sua luta pelo poder. O PT defende, sim, o negro, desde que esse negro carregue a bandeira do partido – se não for assim, o sujeito é acusado de “preto de alma branca”. O PT defende, sim, a mulher, desde que ela carregue a bandeira do partido – se não for assim, ela é acusada de agente de machismo. O PT defende, sim, os gays, desde que o gay carregue a bandeira do partido; se não for assim, ele será acusado de bicha reacionária.
Bingo!
Pensemos na enormidade da fala de João Paulo, que representa o pensamento da ampla maioria do PT e de Lula — que também já andou cochichando essa ignomínia por aí em versos, trovas e palavrões, como é de seu hábito.
Na formulação petista, Joaquim Barbosa não chegou ao Supremo por seus méritos, mas porque é preto. Assim, quem o nomeou ministro foi a vontade de Lula, que lhe teria prestado, então, um favor, fazendo uma concessão a uma “raça” — afinal, sabem como é, o PT é contra as injustiças… Mais: por ser negro, Barbosa estaria impedido de julgar segundo os autos, as leis e a sua consciência. A cor da pele lhe imporia, logo à partida, um determinado conteúdo. É por isso, ministro Joaquim Barbosa, que critiquei tão duramente a resposta que Vossa Excelência deu a um repórter. Ainda que ele pudesse estar fazendo uma provocação, condicionar a visão de mundo das pessoas à cor de sua pele é manifestação do mundo das trevas intelectuais, que é de onde parte a fala de João Paulo.
Lula, o PT e os petistas esperavam um negro grato, de joelhos, beijando a mãos dos nhonhôs. Queriam um Joaquim Barbosa doce como uma negro forro, que se desfizesse em amabilidades com o seu ex-senhor e se sentisse feliz por ter sido um dos escolhidos da senzala para receber o galardão da liberdade. Em vez disso, o que se tem, na visão dos petistas, é um negro ingrato, que decidiu olhar a lei, não quem o nomeou; que decidiu se ater aos crimes cometidos pelos réus, não à cor de sua própria pele; que decidiu seguir as regras do estado democrático e de direito, não o projeto de poder de um partido.
Negro filho da mãe!
Negro traidor!

Negro que não carrega bandeira!

Negro vira-casaca!

Negro ingrato!

Negro negro!
Não é de hoje, certamente, que Barbosa recebe pressões. Agora entendo com mais precisão uma resposta que deu numa entrevista concedida à Folha em 2008:
“Engano pensar que sou uma pessoa que tem dificuldade de relacionamento, uma pessoa difícil. Eu sou uma pessoa altiva, independente e que diz tudo que quer. Se enganaram os que pensavam que, com a minha chegada ao Supremo Tribunal Federal, a Corte iria ter um negro submisso. Isso eu não sou e nunca fui desde a mais tenra idade. E tenho certeza de que é isso que desagrada a tanta gente. No Brasil, o que as pessoas esperam de um negro é exatamente esse comportamento subserviente, submisso. Isso eu combato com todas as armas.”
Voltemos a João Paulo e aos petistas. Assim como um escravo dependia da boa vontade de seu dono para obter a alforria, esses meliantes morais estão a dizer que Barbosa dependeu da boa vontade de Lula para ascender ao Supremo. Como ele ousa jogar a lei na cara daquele que tem a certeza de que lhe fez um favor e uma concessão?
Raramente um negro foi tão ofendido por um partido! Raramente os negros como um todo foram tratados com tanto desdém. Que desastre moral para boa parte dos movimentos negros, que certamente se calarão porque funcionam como esbirros do petismo! Este, se querem saber, é o pior de todos os racismos. A besta ao quadrado que sai por aí a vomitar injúrias raciais de modo explícito não é, ao menos, cínica. Os que cobram de um negro a fatura por tê-lo nomeado para a corte suprema do país — onde a única coisa decente a fazer é ser independente — deixam claro que usam as causas apenas como instrumento de poder.
O PT é craque nisso! Lembrem-se que campanhas eleitorais de Lula e de Dilma reuniram cotistas e bolsistas do ProUni — um programa federal, que não pertence ao governo, mas ao Estado — para que expressassem a sua gratidão a seus “benfeitores”, a seus “donos”, a seus nhonhôs… O país do PT não é aquele dos homens livres. O partido só entende a linguagem da ordem e do pau-mandado, como sabe o relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-SP), que entrega a redação do relatório ao comando de seu partido para que tente as suas vendetas.
Barbosa que se cuide! O ódio dessa gente não é pequeno. A qualquer momento a sua reputação pode ser alvo de um franco-atirador do mundo das denúncias.
Achincalhe da Justiça
João Paulo disse aquela enormidade numa “plenária” feita em Osasco para satanizar o STF e declarar a inocência dos mensaleiros, a que compareceram José Dirceu e José Genoino. Rui Falcão, presidente do PT, e os deputados Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara, e Arlindo Chinaglia (SP), líder do governo na Casa, faltaram.
Dirceu pregou abertamente o confronto com o Supremo. Mais do que isso: segundo entendi, quer o tribunal submetido a júri popular, à moda maoísta: segundo ele, o PT deve ir às ruas para “fazer o julgamento do julgamento”. Huuummm… Quanto mais trela lhe dá o jornalismo que lhe serve de porta-voz, mais valente ele fica. Daqui a pouco, o Marcola e o Fernandinho Beira-Mar também proporão formas de luta contra o Judiciário.
Dirceu deixou claro que não aceita as decisões da Justiça de seu país. Conclamou: “É preciso ir as ruas, discutir, debater o que esta acontecendo. Não aceitamos. Estamos revoltados e indignados e somos vítimas de um julgamento injusto”. É evidente que o homem ultrapassou a linha da crítica e do direito a manifestações. Está pregando abertamente a resistência a uma decisão da Justiça. E isso, como sabem, é crime!


Postado pelo Lobo do Mar

Um comentário:

Cardoso Lira disse...


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IRREGULARIDADES e FRAUDE em GABINETE da Presidência da República A Polícia Federal fez nesta sexta-feira (23) busca e apreensão no escritório da Presidência da República em São Paulo por conta da Operação Porto Seguro, com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos para beneficiar interesses privados. Além do gabinete da Presidência em ...