Por Cardoso Lira
Pois
é… Lá se foram as últimas esperanças dos lulistas. A presidente Dilma
Rousseff confirmou que vai mesmo disputar a reeleição em 2014. Bem,
nunca duvidei disso. Os fanáticos do lulocentrismo é que mantinham as
esperanças. Há no partido quem veja isso como uma espécie de ingratidão.
Pode até ser que um oposicionista ou outro fizesse votos de que Dilma
quebrasse a cara, mas fiquem certo de uma coisa: ninguém mais do que
Lula torcia, e torce ainda, por isso… Não virá nenhum grande sacolejo
até 2014. Se a oposição não demonstrar que pode ser melhor do que ela e
se não transformar em linguagem política as ruindades do governo, Dilma
fica até 2018.
Lula terá
de se contentar com o PT. Há a banda que torce para que dispute o
governo de São Paulo. Imbatível? Sei lá. Ele nunca venceu uma eleição no
colégio eleitoral do estado. Vai que dispute e perca… O Demiurgo
encontraria um fim melancólico. Não creio que ceda à tentação, mas nunca
se sabe…
Escrevi
ontem um longo texto a respeito. Consta que, em fevereiro, ele começa a
percorrer o país, numa reedição de suas caravanas. Os seus fanáticos
dizem que vai defender “seu legado”. Imaginei que Dilma já o fizesse…
Leiam o que informa Fernando Krakovics no Globo.
Em sua
terceira conversa desde o início de novembro com o presidente do PSB e
pré-candidato à Presidência da República em 2014, governador Eduardo
Campos (PE), na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff
afirmou categoricamente que é candidata à reeleição. O socialista, que
tenta viabilizar sua própria candidatura, mas continua na base de apoio
ao governo, não se posicionou em relação ao eventual apoio à reeleição
de Dilma. Comprometeu-se apenas a ajudá-la a fazer uma boa administração
neste ano de 2013.
Setores do
PT gostariam que o ex-presidente Lula fosse candidato em 2014, já que
Dilma mantém uma relação mais distante com o partido. Essa opção também
funciona como uma espécie de garantia caso algo vá mal no governo. Já a
presidente tem evitado falar publicamente sobre o assunto porque não
quer antecipar o debate eleitoral, o que poderia prejudicar sua
administração.
Integrantes
do PSB e interlocutores de Eduardo Campos contaram que, na conversa de
segunda-feira, no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que será candidata à
reeleição e pediu apoio do presidente do partido para atravessar 2013,
principalmente por causa da crise econômica e da necessidade de retomar o
crescimento do país. A informação foi divulgada pela agência Reuters, e
confirmada pelo GLOBO.
“O PSB é
fundamental para nós (governo). Se você é candidato ou não, não altera”,
teria dito a presidente para Campos, de acordo com interlocutores do
pernambucano. “Eu vou para a reeleição”, teria afirmado a presidente,
sem ter de volta o compromisso de apoio de Eduardo Campos.
O tom da
conversa foi uma saia-justa para Campos. Ele ainda não sabe se realmente
será candidato, porque, para isso, precisa costurar apoios e analisar o
cenário político e econômico, para ver se tem alguma chance. O
presidente do PSB não quer entrar em uma aventura, mas também não quer
excluir seu nome do processo.
Enquanto
isso, os socialistas continuam no governo Dilma, ocupando dois
ministérios, Integração Nacional e Portos. “Nossa estratégia hoje é que o
Eduardo não pode dizer que é candidato e também não tem como dizer que
não é. E ele também não quer se expor”, disse uma pessoa próxima de
Campos.
Depois da
conversa de quase duas horas, o presidente do PSB deixou o Planalto
repetindo o discurso de apoio ao governo federal, mas sem se comprometer
com as eleições de 2014. Ele disse que antecipar o debate eleitoral não
interessa ao desenvolvimento do país.Postada pelo Lobo do Mar
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