"O Aviltamento do Marxismo pelos oportunistas, políticos, corruptos e bandidos que estão no poder da República. Nesta premissa, nenhum político farsante escapará da vala comum reservada aos , aos caudilhos, aos déspotas e aos falsificadores da história". (Cardoso Lira)
Por Jorge Serrão –
Tudo que está por trás da compra de uma refinaria
tecnologicamente ultrapassada pela Petrobrás, em Pasadena (Texas, EUA), virá à
tona em uma reportagem da próxima edição da revista Veja, sexta-feira que vem.
O mercado financeiro já aguarda a divulgação de detalhes sobre o escândalo –
que pode manchar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
aprofundar problemas políticos que a Presidenta Dilma Rousseff já enfrenta na
empresa. Mensalão e Rosegate parecerão fichinha perto do “Petrobrasgate”.
Lula
entra
na dança por causa de personagens ligadíssimos a ele e que serão alvos
por ligação com o escândalo. O caso Pasadena mexe com Guido Mantega
(ministro
da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás), José
Sérgio
Gabrielli (ex-presidente da estatal de economia mista), Almir Guilherme
Barbassa (diretor financeiro da empresa e presidente do braço
internacional
PFICo – Petrobras International Finance Co - que é uma das grandes
caixas-pretas no sistema Petrobrás), além de Nestor Cerveró (Diretor
financeiro da BR Distribuidora) e Alberto Feilhaber (que foi empregado
da Petrobrás durante 20 anos e que agora é vice-presidente da Astra Oil -
segundo ficha dele no Linkedin).
Exemplo
hediondo de “privataria petralha”, em uma negociata que deve gerar um prejuízo
de até US$ 1 bilhão à Petrobrás e seus acionistas, o caso já é investigado pelo
Tribunal de Contas da União e tem tudo para se transformar em uma ação judicial
em Nova York – movida por investidores internacionais. O ato lesivo de
desgovernança corporativa já foi motivo de questionamentos de acionistas ao
Conselho de Administração da companhia.
O
caso Pasadena tem tudo para acabar investigado pelo Ministério Público
Federal –
que já estuda um processo para investigar indícios concretos
de superfaturamentos na maioria dos contratos firmados na gestão
Gabrielli. Os inchaços contratuais seriam as verdadeiras causas do
aumento de prejuízos, perda de eficiência produtiva e consequente queda
nos
lucros da estatal de economia mista – que perde cada vez mais valor de
mercado. Estima-se que os rombos na Petrobrás cheguem a R$ 10 bilhões.
Os
maiores alvos de superfaturamento que o MPF vai investigar são os contratos
para refinaria Abreu e Lima (Rnest/PE), para o Comperj de Itaboraí, e para os
questionáveis projetos de refinarias premium no Ceará e Maranhão. Também
entram na investigação a lesiva compra de uma refinaria tecnologicamente
ultrapassada em Pasadena (Texas, EUA) e o escândalo Gemini - uma sociedade
por meio da qual o governo brasileiro entregou o cartório de produção e
comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma transnacional dos EUA).
Dilma
quer sangue?
A
negociata foi fechada em 2006 na gestão de Gabrielli, quando a então chefe da
Casa Civil de Lula da Silva, Dilma Rousseff, presidia o CA da Petrobrás, e foi
obrigada a engolir a operação que não a agradou.
Na
época, Dilma teria sido contra a operação feita por Gabrielli, mas a reclamação
dela de nada adiantou, já que o presidente da empresa era (e continua sendo)
homem de super-confiança do chefão Lula.
Esse
foi um dos motivos que fez Dilma, quando assumiu o Planalto, substituir
Gabrielli por Graça Foster – que agora tem um bilionário prejuízo para resolver.
Resumo
da negociata
Em
janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a Pasadena Refining System
Inc por US$ 42,5 milhões.
Em
2006, os belgas venderam 50% das ações da empresa para a Petrobrás por US$ 360
milhões.
Como
a refinaria, defasada tecnologicamente, não tinha como processar o pesado
petróleo brasileiro, belgas e brasileiros fizeram um contrato para dividir o
megainvestimento de US$ 1,5 bilhão.
Conflito
programado?
Se
houvesse distrato, uma das partes teria de reembolsar a outra.
Em
2008, como houve briga, os belgas acionaram a Petrobrás a pagar U$ 700 milhões.
Perdendo
a causa, a Petrobrás se viu obrigada a torrar US$ 839 milhões para assumir o
controle da Pasadena.
Como
se livrar do problema?
Na gestão Graça Foster, a Petrobras tomou a sábia decisão de se livrar do mico texano – negócio articulado por Gabrielli e tocado por seu diretor financeiro Almir Barbassa (tão poderoso que continua no mesmo cargo na gestão Graça).
Na gestão Graça Foster, a Petrobras tomou a sábia decisão de se livrar do mico texano – negócio articulado por Gabrielli e tocado por seu diretor financeiro Almir Barbassa (tão poderoso que continua no mesmo cargo na gestão Graça).
Colocada
à venda, dentro da política de negociação de ativos para reduzir
prejuízos, a Pasadena recebeu uma única e ridícula oferta de compra de US$ 180
milhões feita pela transnacional Valero, sediada nos EUA.
Como
as operações temerárias de Gabrielli-Barbassa-Cerveró torraram US$ 1,199 bilhão
da Petrobrás, se a venda for bem sucedida, a estatal de economia mista
tupiniquim amargará quase R$ 1 bilhão em perdas – o que vai afetar a péssima
remuneração dos irados investidores nacionais e internacionais.
Postado pelo Lobo do Mar
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