Comentário: depois de ser capa da Carta Capital, numa matéria onde é chamado de ministro do "plim plim" e do "trum trim", Paulo Bernardo deu uma aliviada para a militância bolivariana do PT, que defende uma "ley de medios" que amordace a imprensa. Mas manteve, nas entrelinhas, o essencial para irritar a horda suja da internet: regulação de mídia não é prioridade do governo, se houver um projeto não será o de Franklin Martins e existe uma Constituição que deve ser obedecida. Mas fiquem tranquilos, senhores e senhoras. Atacar a Imprensa só tira votos e estamos em plena campanha eleitoral. A cachorrada vai continuar latindo mas, lá no Planalto, a ordem e abanar o rabinho para a mídia, jamais o contrário. Abaixo, matéria de O Globo.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu nesta terça-feira a regulação da mídia e disse que o projeto sobre o tema pode ser apresentado até o final do governo da presidente Dilma Rousseff no próximo ano. Admitiu também usar elementos da proposta que estava sendo formulada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva pelo ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins. — (Vou) dizer o que sempre disse: sou favorável à regulação da mídia. Como qualquer outro segmento, tem que ser regulado.
De acordo com o ministro, Dilma não se contrapôs à regulação. — Acredito que se tivermos um projeto ela vai avaliar. Bernardo, que entrou em polêmica com militantes do PT por causa do assunto, afirmou que sempre defendeu a regulação, mas reconheceu que alguns petistas querem censurar os meios de comunicação. — O que às vezes me faz contrapor com meus companheiros, alguns militantes que discutem esse tema, é que algumas pessoas veem a capa da revista e não gostam e querem que eu faça um marco regulatório. Isso não é possível porque a Constituição não prevê esse tipo de regulação para mídia escrita.
O ministro acredita que deve haver uma lei que garanta o direito de reposta e citou como exemplo a lei recentemente implantada na Inglaterra. — Tem que ter uma lei regulando o direito de resposta. Se a pessoa se sente ferida na honra ou acha que uma determinada matéria contém inverdades, não foi correta, tem que ter um direito de resposta.
Para rádio e televisão, o ministro se disse favorável às discussões sobre propriedade. Paulo Bernardo não sabe ainda quando o tema será tratado no governo. — Pode ser prioridade. Mas a primeira prioridade vai ser fazer um grande plano de investimento de infraestrutura de telecomunicações.
POSTADO PELO LOBO DO MAR
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