sexta-feira, 19 de abril de 2013

TCU vai auditar máfia do Minha Casa, Minha Vida.




O Senado aprovou nesta quinta-feira requerimento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize auditoria no programa Minha Casa Minha Vida, particularmente nos contratos com empresas que operam no âmbito do programa. O requerimento foi apresentado após o jornal O GLOBO ter revelado a existência de um esquema de fraudes por parte de empresas de fachada, algumas delas registrada no mesmo endereço e controladas por um grupo de ex-funcionários do Ministério das Cidades.
- Queremos que o TCU faça auditoria, principalmente, sobre essas empresas que atuam no programa. Precisamos analisar a regularidade dos contratos mas, também, abordar a economicidade do programa e verificar a qualidade do que é feito. Apesar do que a presidente Dilma afirmou, muitas das casas são verdadeiros muquifos. Todos os senadores concordaram sobre a necessidade dessa auditoria -, afirmou o senador.
O Ministério das Cidades e a Controladoria-Geral da União (CGU) decidiram, no início da semana, formar uma comissão de sindicância para apurar as denúncias. A comissão terá prazo de 30 dias para apresentar o relatório final da investigação. A controladoria deve centrar a investigação em procedimentos e contratos do Minha Casa Minha Vida destinados a moradores de cidades de até 50 mil habitantes, a chamada modalidade pública.
Um dos focos da apuração é a RCA Assessoria, empresa formada por ex-servidores do Ministério das Cidades. Donos da empresa teriam criado empresas de fachada para controlar parte da distribuição do financiamento e dos contratos do programa. Entres os sócios da RCA está Daniel Nolasco, que até 2008 era funcionário do Ministério das Cidades. Nolasco é filiado ao PCdoB.
A empresa tem obtido cada vez mais contratos para construção de casas populares destinadas às faixas mais pobres da população, no âmbito do programa. A RCA atua no setor há pouco tempo, mas apresenta números invejáveis como, por exemplo, atuação em 24 estados, mil municípios e garantia de entrega de 80 mil casas. A empresa consegue ao mesmo tempo ser representante do agente financeiro, tocar construções e também medi-las e fiscalizá-las. Para isso, usa uma rede de empresas que os sócios e os funcionários registraram em seus nomes e cujos endereços ou são na sede da RCA, em São Paulo, ou na casa de parentes.
- O programa, desde a sua criação, em 2009, tem demonstrado deficiências de todos os tipos como a falta de cumprimento dos prazos de entrega das obras e a baixa qualidade das residências construídas. Esse requerimento tem por objetivo verificar, por intermédio de auditoria do Tribunal de Contas da União, a legalidade das empresas que operam no programa, bem como os resultados na aplicação de recursos públicos – justificou Aloysio Nunes em seu requerimento.
Na segunda-feira, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou requerimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para que o ministro da pasta, Aguinaldo Ribeiro, preste esclarecimentos sobre os fatos. O senador disse que visitou, durante o fim de semana, um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, na cidade de Londrina, no norte do Paraná, e apontou que existem irregularidades na construção, como rachaduras, falta de esgoto, bueiros entupidos, falta de posto de saúde, escola ou creche nas proximidades. De acordo com Dias, além da denúncia de fraude, há má qualidade na execução das obras do programa. (O Globo)

Postado pelo lobo do Mar

2 comentários:

Cardoso Lira disse...

'OS POLÍTICOS E AS FRALDAS DEVEM SER MUDADOS FREQUENTEMENTE PELA MESMA RAZÃO' (Eça de Queiroz)

"O Aviltamento do Marxismo pelos oportunistas e corruptos que estão no poder
da República. Nesta premissa, nenhum bandido ou político farsante escapará da
vala comum reservada aos falsificadores da história". (Cardoso Lira)

Cardoso Lira disse...


Adivinhem quem está sentado em cima do acórdão do Mensalão? Ele, o ex-assessor do José Dirceu.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pretende concluir hoje o acórdão do mensalão. A única pendência é a assinatura do ministro Dias Toffoli. A publicação no Diário da Justiça, no entanto, deve ficar para a próxima semana. O STF decidiu ampliar de cinco para 10 dias o prazo para a apresentação de recursos. Barbosa foi contra a extensão do período, enquanto Marco Aurélio Mello votou por um prazo maior. Os ministros também negaram pedido de réus de acesso antecipado aos votos revisados. Marco Aurélio, porém, antes mesmo de o plenário apreciar o tema, já havia disponibilizado o voto para os advogados do processo.