Em livro denominado "10 Anos de Governos Pós-Neoliberais no Brasil: Lula e Dilma", que será lançado nos próximos dias, Lula confessa que mentiu ao país para se eleger. Ao lembrar a campanha de 2002 e a escolha do empresário José Alencar como vice, Lula afirma ter sido contra a Carta ao Povo Brasileiro - documento no qual se comprometia a manter contratos e a controlar a inflação e os gastos públicos -, mas admite sua importância para a vitória. "Eu era radicalmente contra a carta porque ela dizia coisas que eu não queria falar, mas hoje eu reconheço que ela foi extremamente importante." (Informações do Estadão)
No livro que está sendo lançado, pago pelas empreiteiras que compram suas palestras e sustentam seu instituto, Lula festeja o fato de que o Mensalão não destruiu o seu governo. Em toda a publicação, Lula não oferece uma só palavra de solidariedade aos mensaleiros. Não foi só Joaquim Barbosa quem condenou os quadrilheiros do PT. Lula também. O texto abaixo é do Estadão.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a oposição tentou "acabar com o PT" e com seu governo em 2005. Na única vez em que usa a palavra "mensalão", aproveita para provocar o PSDB e seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. "Tentaram usar o episódio do mensalão para acabar com o PT e, obviamente, acabar com o meu governo. Na época, tinha gente que dizia: "O PT morreu, o PT acabou". Passaram-se seis anos e quem acabou foram eles", diz o ex-presidente no livro 10 Anos de Governos Pós-Neoliberais: Lula e Dilma. "O DEM nem sei se existe mais. O PSDB está tentando ressuscitar o jovem Fernando Henrique Cardoso porque não criou lideranças, não promoveu lideranças. Isso deve aumentar a bronca que eles têm da gente - que, aliás, não é recíproca." Era a segunda citação de Lula ao escândalo de 2005. Na primeira vez que menciona o episódio, ele se refere apenas à "denúncia" e descreve como era a "sala de situação" para lidar com o caso. "Quando saiu a denúncia, foi uma situação muito delicada", recorda. "Eu tinha uma equipe e criamos uma sala de situação, da qual participavam Dilma (Rousseff, que foi titular de Minas e Energia e da Casa Civil no governo Lida), Ciro (Gomes, então ministro da Integração Nacional), Gilberto (Carvalho, então chefe de gabinete de Lula) e Márcio (Thomaz Bastos, da Justiça)."
Postado pelo Lobo do Mar
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