POR CARDOSO LIRA
"Tem gente que aprende rápido. Tem gente que leva uma vida inteira para aprender. Há aqueles que trocam, aprendem conforme ensinam. Há os que se esforçam, mas pela inexperiência ou falta de jeito, tem pouco para ensinar. E há ainda os que ensinam até sem querer, os que por dom, brilho, magnetismo ou sabe-se lá o que, deixam um pouquinho de si em tudo o que tocam. Não sei se são os melhores, mas com certeza esses são os inesquecíveis." (Cardoso Lira)
O Brasil é hoje a sétima maior economia mundial, mas ainda está muito distante dos primeiros colocados em rankings de indicadores de extrema importância, como renda per capita, competitividade, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e capacidade de se fazer negócios (relatório “Doing Business”). Com Produto Interno Bruto (PIB) per capita de US$ 11.339,5 em 2012, segundo dados do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 53ª posição na lista de 214 países. No ranking do IDH, o país se manteve estagnado no 85º lugar em 2011, último dado disponível, de 187 países, dentro do grupo dos países de desenvolvimento humano elevado.
E a competitividade brasileira recuou este ano. Pelo ranking do Fórum Econômico Mundial em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral, o país recuou oito posições, para o 56º lugar, entre 148 países. Entre 2012 e 2013, o Brasil perdeu posições em diversos subíndices, como fatores básicos de competitividade, ambiente macroeconômico, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de trabalho, prontidão tecnológica e inovação. Economistas apontam que os indicadores do Brasil nos rankings de competitividade, IDH e “Doing Business” refletem a posição relativa do país no grupo das nações de renda intermediária. Áreas como educação, ambiente institucional e carga tributária são algumas das mais problemáticas no caso brasileiro.
Estimativa de Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral e responsável pela análise dos dados brasileiros, mostra que o Brasil poderia subir cerca de 20 posições se conseguisse a média das notas registradas pelos países do seu grupo, que inclui Argentina, Chile, México, Hungria e Turquia, entre outros.— Considerando o tamanho da economia brasileira e suas características de país emergente, o Brasil poderia ficar entre 35º e 40º lugar se estivesse na média dos países em transição — afirma Arruda. Ele explica que a competitividade impacta as condições de vida da população e a renda per capita. E o tempo para o início de melhorias costuma ser de cinco anos.
Os números obtidos pelo país são frustrantes também quando se olha o relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, onde o Brasil é a 30ª entre 185 economias, considerando a facilidade de se fazer negócios. O país perdeu duas posições frente ao ano passado. Já no PISA, que é o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Brasil está entre os piores dos 65 países avaliados. É o 53º lugar de 65 nações no nível de conhecimento pelo ranking 2009, último disponível.
Demandas são antigas
Para Arruda, o Brasil ainda é o país do imediatismo, com visão de curto prazo: — As ações do setor público, e até de certo modo do setor privado, são voltadas para o presente. Não há uma estratégia para transformar o país nem uma continuidade. Somos reativos e agimos a curto prazo.
A avaliação é compartilhada pelo economista e professor do Insper Marcelo Moura. Ambiente institucional sem regras claras, incompetência na execução das propostas e alternância constante das políticas são alguns dos pontos que ficam a dever no país, segundo ele. — O alerta que os indicadores trazem é que o Brasil não tem uma estratégia clara de crescimento. A sensação é que a estratégia vai sendo definida a cada dia, ao sabor do vento — diz Moura.
Um grande motivo de preocupação, segundo o professor do Insper, é que as mudanças necessárias não são uma constatação recente, mas conhecidas há pelo menos uma década, como as reformas tributária e previdenciária e a melhoria de qualidade e acesso em educação e saúde.
‘Falta estratégia de longo prazo’
A agenda de reformas, dizem alguns economistas, está atrasada, o que põe em compasso de espera a melhoria da competitividade do país. Na questão tributária, o problema é não apenas o tamanho da carga tributária, mas sua complexidade. Isso acaba reduzindo a produtividade da economia.
Os tributos corresponderam a 36,02% do PIB em 2011, o que segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) colocaria o Brasil em 12º lugar no ranking de maior carga tributária entre os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No índice de retorno de bem estar à sociedade (Irbes), do próprio IBPT, o país seria o 30º país com pior retorno. — Temos níveis de arrecadação de países desenvolvidos, mas isso não se traduz em bons serviços. A maior dificuldade é a falta de vontade política do próprio governo — diz o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike. (O Globo)
Eduardo Campos arrasa os palanques nordestinos de Dilma e embola 2014.
Dilma, em 2010, sendo tratada como a "mulher maravilha" por Campos, no Pernambuco.
O afastamento do PSB do governo federal em nome da candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República em 2014 poderá obrigar o PT a lançar mais nomes próprios nas disputas estaduais do que o inicialmente planejado por seus dirigentes. O rearranjo da estratégia deve ocorrer em Pernambuco, Estado governado por Campos, no Ceará e no Espírito Santo, ambos também sob comando socialista.
O plano inicial do PT para essas três disputas era apoiar a eleição ou a reeleição dos candidatos do PSB. Em troca, teria palanques locais fortes para a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição --uma das prioridades dos petistas-- e participação relevante na composição local, seja como vice-governador, seja com candidato ao Senado.
A meta de um palanque forte por Estado para Dilma corre risco com a confirmação da candidatura Campos. O temor existe mesmo onde socialistas e petistas têm boa relação, como no Espírito Santo. Na avaliação do PT, Campos teria meios para inviabilizar espaços para Dilma nas campanhas locais. Restaria ao PT, dessa forma, lançar nomes próprios e ir para o enfrentamento direto com o PSB.
Em Pernambuco, o deputado e ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva passou a ser apontado como o petista com maior probabilidade de assumir a tarefa de ser o candidato de Dilma a governador em 2014. "Devemos trabalhar com candidatura própria", afirma o deputado Pedro Eugênio, presidente do PT pernambucano. Outro caminho, diz, seria se aliar ao PTB, sigla da base do governo federal que quer lançar o senador Armando Monteiro Neto a governador. O PSB de Pernambuco não tem candidato natural. Qualquer nome que for indicado por Campos, no entanto, tende a ser competitivo.
No Ceará e no Espírito Santo, os governados socialistas Cid Gomes e Renato Casagrande defenderam dentro do PSB apoio à reeleição de Dilma. A dúvida é saber se eles teriam força para manter essa posição durante a campanha de Campos.
Uma alternativa possível para os petistas no Espírito Santo seria lançar o ex-prefeito de Vitória João Coser a governador. "É o primeiro nome a ser lembrado", diz a deputada e ex-ministra Iriny Lopes, integrante do diretório nacional do PT.
Líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, José Guimarães, do Ceará, diz que ainda trabalha com a hipótese de união do PT com Cid Gomes e o PMDB no Estado. Cid está no segundo mandato e também não tem candidato natural à sucessão. No arranjo desejado por Guimarães, caberia ao PT a vaga ao Senado, pleiteada por ele próprio. Mas se houver necessidade de um palanque de emergência para Dilma, diz, ele mesmo sairia candidato ao governo cearense.
Em alguns outros Estados comandados pelo PSB, como Piauí e Paraíba, o distanciamento entre petistas e socialistas já estava consumado antes do desembarque do partido de Eduardo Campos do governo federal. Na Paraíba, o PT é oposição ao governador Ricardo Coutinho, candidato à reeleição, e tende a formar um bloco com o PP, do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), que pode ser candidato. No Piauí, embora faça parte do governo de Wilson Martins, o PT já programava lançar nome próprio à disputa de 2014. Será o líder do partido no Senado, Wellington Dias. (Folha de São Paulo)
Por Haroldo P. Barboza
Se você não estiver gostando do filme, sai do cinema antes que a película chegue à metade. Se a comida não está com bom tempero, abandona o prato quase pela metade. Se o programa de tv não lhe agrada, muda de canal ou desliga o aparelho. Se o seu time leva 4 gols ainda no primeiro tempo, sai do estádio antes do início do segundo tempo.
Se a empresa que presta manutenção ao seu elevador não age da forma combinada, você rompe o contrato com ela e ainda luta para receber de volta os valores pagos anteriormente. Se o seu funcionário não trabalha com responsabilidade, você o manda embora sem remorso.
Se o político que você ajudou a eleger demonstra ser mau caráter e é envolvido em maracatuaias e desvios de verbas públicas, você não pode livrar-se dele antes do final do mandato. Não tem como recuperar o dinheiro desviado. Ele escapole pelas brechas das Leis(?) que ele mesmo ajuda a escrever. E ainda volta a concorrer ao posto sem cerimônia. E muitas vezes é recolocado no cargo (um povo que recoloca Maluf e mais 7 “defuntados” do mensalão em cargos públicos, merece o padrão de vida que tem).
E mesmo que você vote em alguém em quem acredita, sabe que neste cenário de lama que nos envolve, o sistema corrupto continuará em vigor a todo vapor, pois não basta substituir um ou dois no prato de lama composto por mais de 500 parlamentares.
Os dois ou três novos são engolidos ou entram no esquema enquanto para nós continua tudo igual, ou seja: pagar as mordomias dos pilantras e nada receber de volta para a comunidade. Tem de haver uma faxina contundente seguida de uma desinfecção com produtos tóxicos para eliminar possíveis ovos de serpentes abandonados pelos enxotados.
Numa época em que transações bancárias são realizadas pela internet através de senhas individuais, o IR é enviado pela rede e o TSE afirma que o nosso sistema eleitoral é à prova de fraudes (?), podemos convidar estes competentes técnicos a desenvolverem um sistema com as seguintes virtudes que nos permita entre outras:
a) votar sem sair de casa;
b) consultar o BD para lembrarmos em quem votamos nos 4 últimos pleitos;
c) acompanhar as atividades desenvolvidas pelo sujeito que elegemos como nosso procurador;
d) decidir pela continuação do elemento no cargo ou pelo seu expurgo uma vez por ano (um mero referendo).
e) Prever uma tecla: NENHUM DELES – QUERO OUTRA ELEIÇÃO.
Na verdade, a figura do voto NULO deve ser técnica, em função de uma falha do sistema ou de digitação errada do eleitor. O botão que deve ser colocado no painel é o ... NQN. Ou seja:
Não Quero Nenhum. Ou outra sigla mais fácil de memorizar.
Votar NULO agora, pela legislação duvidosa em vigor, talvez não impeça termos os mesmos meliantes no poder por mais 4 anos.
Mas por um instante imaginem a seguinte situação glorificante:
100 milhões de eleitores aptos.
99 milhões votando NULO.
501 mil no primeiro colocado.
400 mil no segundo.
99 mil no terceiro.
O primeiro assume. Tudo bem. Mas como se sentirá um elemento estando no comando e sendo rejeitado por 99,49 % dos que estão à sua volta?
Como você se sentiria no comando de um setor com 200 pessoas onde apenas uma ou duas votaram e fizeram você se tornar líder por um descuido de uma norma?
Deixo a palavra com o competente grupo do fórum do voto-e sobre as questões técnicas palpáveis (já que sonhos são para poetas), onde grandes conhecedores de informática e mestres juristas devem levantar os obstáculos para que possamos nos aproximar da proposta efetuada.
Referendo de sucesso será o que permitir expurgo no Congresso!
Haroldo P. Barboza é Professor e Escritor. Autor de “Brinque e cresça Feliz” e “Sinuca de Bico na Cuca”.
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