Por Cardoso Lira
Não é nenhuma injustiça afirmar que Dilma Rousseff é uma presidente errática. O que vale hoje não vale mais amanhã, seja no planejamento ou na execução. Um exemplo: o leilão de rodovias, que foi lançado há um ano atrás e que até hoje não ocorreu. As regras foram sendo mudadas a cada dia para tentar atrair investidores. Agora, diante de tanta insegurança levada aos empresários, só mesmo com amplo financiamento público e a participação dos fundos de pensão os leilões poderão ter relativo sucesso. Tempo perdido pela presidente barata tonta. Quem paga o preço é a economia que não cresce em função do imenso gargalo logístico e do excesso de ingerência do estado petista.
Em recente publicação do Ranking Mundial de Produtividade, o Brasil perdeu posição em 11 dos 12 indicadores que o compõem. Por que isso ocorreu, segundo os avaliadores? Por que o governo do PT é errático, não mantém políticas, atua como bombeiro, mas acaba jogando gasolina na fogueira. Incentiva alguns setores e amordaça outros. Não faz as reformas necessárias. Não ataca os problemas estruturais. Dá uma mexida aqui e outra lá, deita em berço esplêndido e fica esperando os resultados. Deu errado? Muda tudo de novo. Com isso, aumenta a inflação, o PIB empaca, aumenta o déficit externo e explode a dívida pública. Dilma é o sinônimo da tentativa e erro. E os erros têm sido muito maiores que os acertos.
Mesmo assim, suportada pela máquina pública e por escancarados crimes eleitorais como o cometido na véspera do Dia da Independência, quando a saudação cívica e patriótica virou um patético discurso de palanque, Dilma está em primeiro lugar nas pesquisas presidenciais de 2014. E como toda a desgraça nunca vem sozinha, traz em segundo lugar Marina Silva, esta verdadeira aberração produzida pela mídia e pela burrice urbanóide, assim como foi Lula.
Da mesma forma, não é nenhuma maldade afirmar que Marina é a candidata sonhática, pois o termo foi cunhado pela própria doida varrida. Ela, em subindo a rampa, acabará com o agronegócio em 2 de janeiro de 2015. As hidrelétricas também serão fechadas e que todo mundo guarde a sua merda para gerar energia em casa. Biomerda. Passaremos a viver na economia verde e retiraremos da floresta o PIB 3.0 e os U$ 80 bilhões de superávit gerados pela agropecuária.
Também seremos um país em rede. Rede para pescar o peixe. Rede para dormir. Rede no cabelo para não usar xampu. Não, assim já é demais. Xampu sim, pois afinal de contas ela terá que pagar a sua fatura para a Natura. A merenda escolar terá uma dieta vegetariana, proibindo-se o consumo de carne, já que um boi peidando é o maior responsável pelo efeito estufa, segundo os ongolóides que dominam o coração e a mente de Madre Marina do Xapuri. Mas sempre haverá espaço para um suco Ades da Unilever, feito à base de soja transgênica, para que a palestrante Marina Silva possa, com rigor evangélico, demonstrar o seu agradecimento pelo apoio recebido da maior agroindústria do mundo. Não há muito a falar de Marina Silva, porque ela só fala de duas ou três coisas. Mas está em segundo lugar nas pesquisas presidenciais de 2014. Para desgraça e falência definitiva do Brasil se tal acidente eleitoral ocorrer.
Falta pouco mais de um ano para as eleições. E, para infelicidade da nação, estamos entre o errático da Dilma e o sonhático da Marina Silva. Só existe uma saída para lutar contra este caos que ameaça o país, com alguma chance de sucesso: ser pragmático e unir a oposição. Ou ficarmos batendo bumbo contra as urnas eletrônicas, contra o Foro de São Paulo, contra a ameaça comunista, contra traições eleitorais, contra coligações estaduais, contra as republiquetas bolivarianas e outros temas sob medida para perder eleição. Parodiando o mineiro Milton Nascimento, o político tem de ir onde o povo está. E o povo está nas filas do SUS. Na fila do seguro desemprego. Na fila da Bolsa Família. Na fila da vaga na creche. Na fila do ônibus e do trem. No tanque. No fogão. No varal. Na quitanda. No trânsito infernal. O resto é conversa para perder mais uma eleição para uma errática ou para uma sonhática. É, pois, hora de mudar o discurso e ser pragmático. Fora isso, é a treva.
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