O deficit nas contas externas do país alcançou o patamar recorde de US$ 58 bilhões de janeiro a agosto. O número supera o resultado negativo acumulado em todo o ano passado, quando o saldo já havia sido recorde, de US$ 54,2 bilhões, informou ontem o Banco Central. Se o rombo cresce, o investimento estrangeiro direto (IED, os recursos direcionados ao setor produtivo) deve ser menor do que o esperado. A autoridade monetária reviu de US$ 65 bilhões para US$ 60 bilhões a estimativa de ingresso desse capital em 2013.
O resultado das transações correntes reflete as trocas do Brasil com outros países. Inclui importação e exportação de bens, gastos e receitas com serviços, como viagens, e remessas de lucros, ganhos e pagamentos de juros. O investimento estrangeiro direto é considerado a melhor forma de financiar o deficit, por ser um fluxo menos volátil e não implicar maior endividamento.
O problema é que o BC estima um deficit em transações correntes de US$ 75 bilhões no ano, bem acima da projeção para a entrada de investimento estrangeiro direto. Confirmada a projeção, será a primeira vez desde 2001 que esse tipo de aporte não é capaz de bancar o deficit. O mês de agosto mostrou o descompasso: enquanto o IED foi de US$ 3,8 bilhões, redução de 25% ante 2012, o deficit ficou em US$ 5,5 bilhões, mais que o dobro do verificado no mesmo mês de 2012.
Para a autoridade monetária, contudo, o quadro permanece confortável, já que cerca de 80% das transações correntes ainda serão financiadas pelos investimentos estrangeiros diretos. A parcela restante é coberta por investimentos no mercado financeiro e empréstimos. "Os fluxos de IED no mundo foram menores do que o no passado. Os países receberam menos. O Brasil permaneceu bem situado, em patamar elevado", afirmou Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do BC.
BALANÇA COMERCIAL
O Banco Central voltou a apontar a balança comercial (a diferença entre importações e exportações de bens), como maior responsável pelo resultado das contas externas. Entre janeiro e agosto, o indicador apresentou deficit de US$ 3,8 bilhões, ante superavit de US$ 13,1 bilhões no mesmo período de 2012.
Diante disso, o BC refez as contas para a balança no fim do ano, reduzindo de US$ 7 bilhões para US$ 2 bilhões a expectativa de saldo positivo. Em março, o superavit esperado era de US$ 15 bilhões. A manutenção da projeção de deficit na conta-corrente em US$ 75 bilhões foi possível porque o BC também rebaixou a expectativa para a remessa de lucros e dividendos ao exterior, de US$ 30 bilhões para US$ 26 bilhões. (Folha de São Paulo)
Molusco é poupado em processo rigoroso de punição que a CGU aplica contra a melhor amiga Rosemary
Por Jorge Serrão –
A melhor amiga do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva é rigorosamente punida no Governo da Presidenta Dilma Rousseff. Será a encenação de mais uma peça do teatrinho político do João Minhoca? Ou os petistas iniciam mais um processo de autofagia pré-reeleitoral?
Eis o mistério para entender a decisão da Controladoria Geral da União de impedir que Rosemary Nóvoa Noronha, ex-superpoderosa chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, jamais volte a ocupar um cargo público federal. Lula está PT da vida, e o caso pode render mais uma briguinha com Dilma. Mas, para sorte dele, apesar do rigor contra Rose, seu santo nome foi poupado no caso.
A querida Rose do Tio Lula recebeu a punição máxima aplicada pela CGU em um processo administrativo instaurado a partir de sindicância da Caca Civil da Presidência da República. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) concluiu que Rose cometeu pelo menos 11 “irregularidades disciplinares” entre os anos de 2009 e 2012. Embora ouvida oficialmente em 21 de junho, Rosemary se recusou a responder as 114 perguntas feitas pelos sindicantes. Apenas negou as acusações, e os advogados dela pretendem recorrer da punição.
A CGU listou algumas irregularidades cometidas por Rose, a partir da análise de e-mails, agenda e testemunhos de servidores em São Paulo e Brasília. Rose teria recebido R$ 12,5 mil em vantagens pessoais. Fez pedidos de nomeações da filha Mirelle e de outras pessoas ligadas a aliados pessoais. Participou da falsificação de contratos. Também forjou um diploma do marido João Carlos Noronha. Promoveu tráfico de influência. Usou dinheiro público em atividades particulares. Recebeu viagens como recompensa por negócios intermediados. Ganhou até um carro de presente. Foram as constatações da CGU.
Em dezembro de 2012, a amiga íntima de Lula (com quem viajava pelo mundo e despachava rotineiramente) e outras 23 pessoas foram apanhadas pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, e acabaram denunciadas pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento com uma organização criminosa que favorecia interesses privados perante a administração pública. Por enquanto, o Rosegate é tratado como um assunto fechado, que corre em segredinho de Justiça.
Curioso é que, em nenhum momento do processo, fez-se referência à pública e notória amizade de Rosemary com seu padrinho Luiz Inácio Lula da Silva. Até os advogados de Rosemary, que alegam que ela não teve respeitado o legítimo direito de defesa para um julgamento legal e justo, não tocaram em Lula. Pediram apenas que o processo fosse arquivado porque a CGU tentou criminalizar Rosemary em função da amizade que ela mentinha com os irmãos Paulo Vieira (indicado por ela para a Agência Nacional de Águas – ANA), e Rubens Vieira (também indicado por ela para diretor da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC). Os Vieira e Rose foram denunciados pelo MPF na Operação Porto Seguro.
Agora PT da vida com a CGU, Luiz Inácio Lula da Silva, amigão de Rose, continua no Porto Seguro que o torna inatingível de todo e qualquer escândalo que estoure na gestão petista. Até quando a blindagem vai durar, só Deus sabe... O curioso é que a punição contra Rose foi noticiada com estardalhaço pela Rede Globo. E o processo na CGU teve um resultado altamente rigoroso para um caso que transforma o Mensalão julgado pelo STF em um pequeno roubo de galinha.
Só falta agora a petralhada cacarejar que a Rose foi punida por causa da espionagem promovida pelos imperialistas dos Estados Unidos da América para desestabilizar a República Sindicalista do Brasil... Isto seria o máximo de desrespeito aos Direitos dos Manos... Será que o Tio Sam faria tamanha maldade contra o Tio Lula?
Censura disfarçada planejada
Queimando o Dudu?
Vejam a declaração de Aécio Neves, presidente do PSDB:
"O PSDB manifestou seu repúdio aos atos de espionagem tão logo eles foram denunciados pela imprensa. São ações intoleráveis, que agridem a soberania nacional. Mas é preciso que o governo brasileiro assuma sua responsabilidade em relação à defesa cibernética do país, e não trate essa questão sob a ótica do marketing. Menos de 10% do orçamento para o setor este ano foram utilizados, o que demonstra que, apesar do tom grave adotado hoje na ONU, a presidente da República e seu governo deram, até aqui, nenhuma importância a essa questão."
STF: Muito além dos 6 a 5
"A Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se importam, não se manifestam” (Gen Marco Antonio Felicio da Silva)
Por Marco Antonio Felício da Silva
Um Estado Democrático de Direito, para se fazer acreditado como tal, necessita que o Poder Judiciário respectivo e, principalmente, a sua mais alta instância, no nosso caso o STF (Superior Tribunal Federal), o “Guardião da Lei”, julgue sempre, por meio de seus juízes, quer individualmente quer em colegiado, de forma independente e com plena isenção, à luz do arcabouço jurídico existente.
Para isso, o indivíduo, guindado à função de juiz da mais alta corte do País, deverá ter caráter ilibado e profundo saber jurídico. Além disso, a nomeação e atuação respectivas não podem estar sujeitas a pedidos, agrados, compromissos e a qualquer viés ideológico.
Infelizmente, entretanto, não é o que ocorre, no presente momento, em nosso País. E não é necessário ter cultura jurídica para que se chegue a tal conclusão.
A certeza desta consolidou-se no transcurso da ação penal conhecida como “Mensalão”, transmitida pela TV, ao vivo. Suas inúmeras sessões de julgamentos, durante as quais os juízes apresentaram os fundamentos dos seus respectivos votos e as discussões subsequentes, até mesmo para os medianamente inteligentes, não deixam margem a dúvidas de que temos um tribunal dividido: de um lado, os que não se vergam aos interesses dos áulicos do Poder e que julgam pelos ditames da lei, buscando fazer a justiça tão esperada pela população; do outro lado, os que tudo fazem para agrado dos governantes em paga de suas nomeações, alguns de forma tão cristalina que parecem atuar como advogados de defesa dos réus.
Interessante que a nova composição do Tribunal, com o aumento do número dos juízes que se mostram dóceis às pressões governistas, realçou de tal modo essa divisão, fruto de interesses inconfessáveis, que o resultado anterior, alcançado em plenário após 4 meses de julgamento, torna-se, segundo eles, inadequado e injusto, passível de mudanças pelo uso de recursos, duvidosos quanto à legalidade dos mesmos, que possibilitam à revisão de condenações já ocorridas ou, até mesmo, a prescrição de crimes, já julgados, que ensejaram condenações.
A reforçar a percepção dos leigos, a afirmação a respeito, em plenário, de um dos mais antigos juízes do tribunal : “(...) Só há duas possibilidades, ambas graves: ou o trabalho e custoso ato do já carregado plenário é inútil, ou, pior, trabalha-se com odiosa manipulação da composição do tribunal”.
O que ressalta, motivo de grande preocupação, qualquer que seja o resultado final da votação em andamento, a encerrar-se na próxima quarta-feira, 6 a 5 pró ou contra os chamados embargos infringentes, é a certeza de que temos um STF, o “Guardião da Lei”, derradeira barreira legal à ruína da Democracia, infiltrado, dividido e submetido a pressões do Executivo.
A curto prazo, com a compulsória do Ministro Celso de Mello e a consequente nomeação de mais um juiz escolhido pelo governo, teremos, mais fortemente, o Poder Judiciário devidamente aparelhado e manipulado, contribuindo para o projeto atual que leva o País rumo ao socialismo totalitário.
Sem sombra de dúvidas, reafirmando o que disse o Ministro Gilmar Mendes, “...pior, trabalha-se com odiosa manipulação da composição do tribunal” e isto vai muito mais além da questão do 6 a 5!
Marco Antonio Felício da Silva é General de Divisão na reserva.
Rosemary é banida do serviço público por cinco anos
Por Laryssa Borges, na VEJA.com.
Acusada de participar ativamente de uma quadrilha que fraudava pareceres de órgãos públicos para beneficiar empresas privadas, a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, terá de ficar afastada de cargos públicos federais por um período de cinco anos. A decisão é resultado do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) conduzido pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Conforme a decisão anunciada nesta terça-feira, a pena aplicada baseia-se na violação dos deveres do servidor público de exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, ser leal às instituições a que servir e observar as normas legais e regulamentares. Para a CGU, a ex-funcionária usou o cargo para proveito pessoal, recebeu vantagens por ações ilícitas, utilizou pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares e incorreu no crime de improbidade administrativa.
Responsável por traficâncias descobertas na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, Rose, que havia sido exonerada na ocasião, foi punida agora com a conversão da exoneração em destituição de cargo público. De acordo com a Lei nº 8.112/90, a ex-operadora da quadrilha ficará impedida de retornar ao serviço público federal por cinco anos.
No início das investigações, VEJA revelou que o governo tentou emplacar uma investigação paralela contra a ex-chefe de gabinete, após uma rápida sindicância do governo coordenada pela Casa Civil ter concluído que Rosemary usava da influência e da intimidade que desfrutava com o ex-presidente Lula para se locupletar do poder. Técnicos chegaram a reunir provas que resultaram na abertura de um processo disciplinar contra ela por enriquecimento ilícito, mas a Secretaria-Geral da Presidência da República montou, logo na sequência, um processo paralelo para sabotar o trabalho de investigação da Casa Civil.
Entre as irregularidades cometidas, a Comissão Processante da CGU já havia identificado o recebimento de vantagens indevidas por Rosemary, oferecidas pelos irmãos Paulo e Rubens Vieira, ex-diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além da ocorrência de falsificação de documentos e tráfico de influência.
Postado pelo Lobo do Mar
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