O mau humor do mercado financeiro fez a cotação do dólar disparar ontem.
O
dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,95% e chegou a R$
2,289, na
maior cotação desde 6 de setembro. O dólar à vista, referência no
mercado financeiro, encerrou o dia com
valorização de 1,70% (R$ 2,283 na venda), recorde desde 11 de setembro
deste
ano. Desde o início da semana passada, a alta acumulou 4,4%, ou R$ 0,10.
Embora parte disso seja provocada pelas perspectivas de fim da injeção
de
dólares nos Estados Unidos, foi o real a moeda emergente que mais se
desvalorizou ontem, entre as mais negociadas.
O fenômeno foi visto por analistas como uma reação à dificuldade do
governo
em manter a meta de economia para pagar juros da dívida. Para
economistas, o governo tem dificuldades em cortar o próprio gasto e uma
política intervencionista que demonstra ser avessa ao lucro. Para
recuperar a credibilidade a um ano da eleição, tem feito reuniões com
empresários e banqueiros e sinalizado aperto nos gastos e redução nos
repasses
feitos aos bancos públicos.
"O governo colhe o que plantou. Quando há credibilidade, pode-se cometer
pequenos erros sem maiores consequências. Mas, quando a credibilidade se esgota,
qualquer pequeno erro é um grande problema", disse Gustavo Franco, ex-presidente
do Banco Central. "A política fiscal é uma sucessão de equívocos e maquiagens, que só não é
pior que o desempenho no plano setorial e regulatório."
Ao longo do ano, o estrago no mercado de juros foi ainda maior. A taxa
pós-fixada (CDI) saltou de 6,92% para 9,28%. Juros maiores indicam que
os
investidores "exigem" um retorno maior, seja porque há uma aversão ao
risco
maior, seja porque consideram que as contas do país estão se
deteriorando. Para o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o maior problema é o
crescimento
baixo, mas não há sinais sobre como isso vai ser revertido. "A
presidente acha que pode reverter a credibilidade se reunindo com
empresários. O mau humor não é manifestado pelos líderes, mas por quem
analisa
os riscos do investimento", disse.
Para Carlos Tadeu de Freitas, ex-diretor do BC, o governo deveria
responder
com um planejamento crível para recuperar as contas públicas. "O Brasil
não está à beira da catástrofe, mas o governo tem que aceitar que a
situação fiscal se deteriorou porque foi usada para estimular a
economia.
Funcionou? Não, mas ajudou. Para reverter, tem de fazer um planejamento,
porque
o resultado dos ajustes fiscais demora." (Folha de São Paulo)
Tucanos querem punir Dilma por abuso de comunicação, mas não denunciaram reunião ilegal do PT no Alvorada
Por Jorge Serrão -
A disputa presidencial de mentirinha em 2014 começa a produzir seus factoides. Vai dar em absolutamente nada a representação movida ontem pelo diretório mineiro do PSDB, no Ministério Público Federal, contra Dilma Rousseff – a favorita à reeleição no cassino das urnas eletrônicas sem auditoria. Os tucanos querem a suspensão dos direitos políticos da Presidenta-candidata por oito anos, pelo que chamam de “abuso inédito da máquina de comunicação do governo federal”.
Na verdade, os tucanos apenas provam do veneno da reeleição – mal institucional por eles inventado na Era FHC. Qualquer bebezinho de colo sabe que ações propagandísticas de desgoverno e campanha reeleitoral permanente sempre foram a mesma coisa na cabeça dos estrategistas do PT. Viagens rotineiras, entrevistas midiáticas programadas em rádios e televisões locais, injeção de verba publicitária na mídia de maior alcance, inaugurações de obras demagógico-eleitoreiras e manifestações públicas da Presidenta sempre foram, na prática, pura campanha política.
Curiosamente, a pretensa oposição nunca coloca fogo no circo do maléfico Palhaço do Planalto. Se os tucanos realmente quisessem pegar no calcanhar de Aquiles da campanha descarada e antecipada, teriam entrado com uma representação no MPF sobre uma reunião da cúpula petista, em pleno Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, ocorrida em outubro. O encontro juntou, na maior cara de pau, em prédio funcional público, o núcleo da campanha reeleitoral da Dilma. Ninguém reclamou.
Participaram daquele encontro a Presidenta Dilma, o Presidentro Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, o marketeiro João Santana e o ministro da Educação, Aloísio Mercadante Oliva. Por que os tucanos ou demais supostos opositores não reclamaram de uma reunião claramente politiqueira, disfarçada de almoço, absolutamente fora da lei, em um prédio público?
Nervosismo
A Petrobrás fará uma reunião extraordinária de seu Conselho de Administração nesta sexta-feira.
O objetivo é preparar o terreno para a tensa Assembleia Geral do Conselhão da empresa, agendada para o dia 22.
Um assunto merece solução prioritária: resolver o impasse entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, sobre o gatilho para aumentar a gasolina e o diesel conforme a cotação dos combustíveis nos EUA.
Mal amadas e sem força política...
Postado pelo Lobo do Ma
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