Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho
A grande maioria dos políticos e dirigentes no Brasil são corruptos e ladrões do erário, independente do partido a que estejam filiados. Esvaziam os cofres federais, estaduais e municipais. São os roubos por atacado que a imprensa publica diariamente.
Na hora que a fonte oficial secar vai ser dado início ao roubo no varejo, com assalto à propriedade particular por conta das milícias criadas pelo PT e pagas com nossos impostos, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Sem Terra (MST), Black Bloc, todos já em plena fase de treinamento nas ruas das maiores cidades do país e que contam com o apoio do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil.
Alô, Conselho Federal de Medicina (CFM). Alô, Conselhos Regionais. O hipócrita e mau caráter, travestido de Ministro da Saúde, atendendo a interesses políticos e eleitoreiros desse governo corrupto, acaba de declarar que faria uma consulta com qualquer "médico" reprovado no Revalida, sem nenhum problema.
Isso significa, de acordo com as normas que regem a profissão, uma apologia ao charlatanismo (sem Revalida e consequentemente sem registro em Conselhos), cabendo aos nossos órgãos de classe lhe dirigir uma censura pública. Meus colegas dirigentes: não vamos ficar de quatro diante de tamanha desmoralização para a nossa classe, vamos tomar atitudes mais corajosas.
Nós não somos políticos que têm caras de pau, não somos ladrões do erário, não fazemos parte de nenhuma quadrilha com sede na Esplanada dos Ministérios, não circulamos nos sujos porões desse governo, nós somos profissionais sérios e atuamos em favor da sociedade e não contra ela. Portanto temos o apoio da população.
Vamos agir com independência, dignidade e principalmente coragem, ou fechemos as portas das nossas entidades.
Em tempo: o Dr. Padilha fez a declaração acima citada nas dependências do Hospital Sírio-Libanês. Não é exagero chamá-lo de hipócrita e mau caráter, apenas uma constatação. Alguém discorda?
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
O Pensador Coletivo
Por Demétrio Magnoli
Você sabe o que é MAV? Inventada no 4º Congresso do PT, em 2011, a sigla significaMilitância em Ambientes Virtuais. São núcleos de militantes treinados para operar na internet, em publicações e redes sociais, segundo orientações partidárias. A ordem é fabricar correntes volumosas de opinião articuladas em torno dos assuntos do momento.
Um centro político define pautas, escolhe alvos e escreve uma coleção de frases básicas. Os militantes as difundem, com variações pequenas, multiplicando suas vozes pela produção em massa de pseudônimos. No fim do arcoíris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa em todos os lugares, fazendo-se passar por multidões de indivíduos anônimos.
Você pode não saber o que é MAV, mas ele conversa com você todos os dias.
O Pensador Coletivo se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para o governo porque descortina problemas que não seriam enxergados num regime monolítico.
O Pensador Coletivo não concorda com esse princípio democrático: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social.
Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto.
É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual.
O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos.
Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas.
Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos "elitista", "preconceituoso" e "privatizante", assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo.
O Pensador Coletivo interpreta o debate público como uma guerra.
"A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação", explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV.
No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de "inimigos do povo".
Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".
O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias.
Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um "rottweiler feroz" para, na sequência, solicitar candidamente um "bom nível de conversa".
Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV. Os procedimentos doPensador Coletivo estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto.
Existem similares ao MAV em outros partidos?
O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro.
Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.
Demétrio Magnoli é Sociólogo.
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