Por Cardoso Lira
Consta que Eike Batista — por pouco o Brasil não tem o maior rio do mundo e o maior bilionário do mundo, além da maior pororoca — apela a pessoas que têm contatos com seres elementais para ajudá-lo na condução dos negócios. Quem há de negar que deu certo? Um dos seres do outro mundo que o auxiliaram bastante foi o BNDES, por exemplo… Mas sigo. Na Folha, Valdo Cruz e Natuza Neri informam que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem comentado com interlocutores que o Brasil está vivendo “o inferno astral” na área fiscal.
Entendi tudo direitinho. Eu achava que haviam feito escolhas erradas e temerárias na área fiscal, mas, agora, estou mais tranquilo. O governo é bom. Ocorre que nada pode fazer contra forças que estão acima da sua alçada.
Mais de uma vez — consultem o arquivo — sugeri que o Brasil trocasse Mantega por Mãe Dinah. Nunca acataram a minha sugestão. Deve-se ao excelente Sandro Vaia a melhor síntese sobre as previsões de Guido Mantega para o crescimento, por exemplo: atua como institutos de pesquisa, com margem de erro de dois pontos. No caso dele, a realidade se encarrega sempre de ficar na banda inferior: o país cresce pelo menos dois pontos percentuais a menos do que ele antevê. Já a inflação fica sempre dois pontos e pouco acima do centro da meta.
Pois é… O cristianismo, especialmente o catolicismo, a gente sabe, anda em baixa no Ocidente. As pessoas costumam preferir orientalismos e perspectivas siderais que desafiam a astronomia. Com o tempo, os cristãos foram se tornando racionais demais para dar conta da complexidade do mundo.
Minha proposta sobre Mãe Dinah continua de pé. Místicos costumam fazer previsões mais ou menos pessimistas, passando ao consulente uma dieta comportamental para mudar seu destino. No caso do governo, por exemplo, poder-se-ia sugerir que Dilma e Mantega carregassem um ramo de arruda atrás da orelha e fossem mais responsáveis com os gastos. A arruda funciona. “Podiscrê”, como se dizia antigamente.
Por cardoso lira
TCU informa que rombo pode chegar a R$ 700 milhões e Dilma acha "absurdo" parar as obras superfaturadas. É o PT institucionalizando o "rouba, mas faz" de Maluf.
O TCU já economizou quase R$ 500 milhões com obras paralisadas. E informa que as obras que está mandando parar podem elevar este número para R$ 1,2 bilhão. O que significa que estão em jogo R$ 700 milhões, que Dilma Rousseff não quer defender. É o PT instituindo o "rouba, mas faz" do Maluf. Abaixo, matéria do Estadão.
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge afirma que o órgão é "cuidadoso" ao recomendar a paralisação de obras e que só toma tal procedimento em "último caso". Ele observou estar na Lei de Responsabilidade Fiscal a atribuição do tribunal de fazer este tipo de fiscalização. O relatório com a recomendação de paralisação de sete obras do governo federal será entregue oficialmente ao Congresso na próxima segunda-feira e será analisado pela Comissão Mista de Orçamento.
"Se for olhado com detalhe se poderá ver que o TCU é bastante cuidadoso. A gente sabe do inconveniente que é paralisar obra e só faz isso em último caso", disse o ministro. "O TCU tem essa obrigação (de recomendar a paralisação). Está na Lei de Responsabilidade Fiscal. E isso tem diminuído", complementa.
José Jorge ressalta que o parecer do tribunal é feito com base em auditorias técnicas e que a decisão final cabe ao Congresso. Ele observa que nem sempre o Legislativo segue todas as recomendações feitas no relatório.
Neste ano, os ministros recomendaram a paralisação de sete obras. Estão na lista trecho da Ferrovia Norte-Sul em Tocantins, a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) na Bahia e a pavimentação da rodovia BR-448 no Rio Grande do Sul. O tribunal recomendou ainda a suspensão de repasses federais para outras oito obras, como o metrô de Salvador (BA) e o canal do Sertão, em Alagoas. Segundo o TCU, seu programa de fiscalização já gerou economia de R$ 484 milhões com alterações exigidas e pode chegar a R$ 1,2 bilhão com o cumprimento do que é recomendado no relatório.
Líder do DEM na Comissão Mista de Orçamento, o deputado Cláudio Cajado (BA) afirma que é preciso ter cautela antes de se criticar a paralisação de obras. "Se uma obra tem indício de irregularidade grave sua continuidade pode causar tanto ou mais prejuízo ao erário do que sua paralisação", observa. O parlamentar afirma que o tema será analisado com cuidado na comissão e que o ideal é o governo trabalhar para solucionar as irregularidades encontradas pelo TCU. Na visão dele, a crítica feita por Dilma busca "descredenciar" o órgão de controle.
O direito de não ser obrigado a votar e eleger bandidos
Por Jorge Serrão
Fará nenhuma diferença para a geopolítica globalitária se acontecer uma zebra e o PT for defenestrado do troninho escatológico do Palácio do Planalto em 2014. A prática e a consolidação do Capimunismo (combinando um receituário socialista Fabiano com o cinismo neolibertino) já asseguram que o Brasil continuará condenado, por muito tempo, a ser o que sempre foi: uma rica colônia de exploração mantida artificialmente na miséria para servir aos interesses dos controladores do sistema globalitário.
Por isso, qualquer resultado do processo eleitoral de 2014 é absolutamente irrelevante. No cassino globalitário do Al Capone, com direito a pósmodernosas urnas eletrônicas 101% confiáveis, mas que não permitem uma auditoria impressa do voto, o eleitor é sempre enganado. Por isso, é completamente inútil comparecer à eleição, legitimando um processo que vai garantir o emprego dos representantes do Governo do Crime Organizado.
Não adianta votar nulo. Fazer isto é bobagem. A atitude mais corajosa é dizer não ao voto – pelo menos no pretenso sistema representativo que temos no Brasil, no qual os inocentes inúteis eleitores legitimam a escolha de hediondas figuras que não nos representam, mas que cuidam muito bem dos seus interesses pessoais e de seu grupinho de esquemas de poder.
Voto obrigatório é a negação do processo democrático. Aliás, não temos e nunca tivemos democracia no Brasil. Aqui nunca tivemos segurança do Direito. Também não temos exercício de qualquer razão pública. Também não temos direito à informação livre e correta. Sem estes três pressupostos inexiste Democracia. Assim, temos, por aqui, uma Democradura Capimunista. O exercício pleno do cinismo político.
Nosso modelo é canalha. O voto, que deveria ser um direito-dever, é um ato compulsório. E autoritário, já que somos obrigados a votar apenas nos personagens escolhidos pelos Partidos. O negócio fica mais escroto ainda porque temos liberdade, sequer, para criar os partidos. E nem temos o direito de votar em candidatos independentes. Isto é pura Democradura!
Os brasileiros se transformaram em hienas que riem de si mesmos (ou mesmas). Vide o que nos chama atenção o brilhante neurocirurgião e atento cidadão Humberto de Luna Freire Filho: “Foi publicado no Diário Oficial da União (DO) que acaba de chegar oficialmente ao Brasil duas obscuras figuras; Jorge Caridad Peres Gonzales e Alícia Marlene Montesino enviadas pelo mais ilustre defensor dos direitos humanos em toda a América Latina e Caribe, o democrata Raul Castro. Seus pupilos terão a nobre missão de contribuir com os trabalhos da nossa valorosa comissão da verdade. Eu sempre acreditei no Brasil e jamais poderia imaginar que um dia meu país ofereceria ao mundo espetáculo mais ridículo”.
A situação atingiu um nível tão ridículo que até alguns meios de comunicação começar a bater no desgoverno. Vide o antológico vídeo, abaixo. O apresentador Hélio Costa, da TV Record em Florianópolis (SC) deu uma enquadrada e deixou sem palavras o petista Volnei Morastoni (presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina). O petista, que já foi prefeito, tentou fazer proselitismo, jogando a culpa no Ministério da Saúde pela falta de eficiência no serviço de atendimento a queimados. O apresentador apenas lembrou que o partido dele cuidava do ministério criticado, e o parlamentar, ficando PT da vida, ficou mudo...
É para dar emprego bem remunerado e acesso às facilidades do poder que vamos dar o nosso voto?
Karl Marx até poderia ressuscitar e proclamar que o espectro do comunismo ronda o Brasil. Mas a situação é muito pior. O Capimunismo, o cínico capitalismo de Estado, com ações pretensamente socialistas, e a parceria do crime organizado, já dominam o Brasil. O pior é que não existe perspectiva de mudança. Votar contra o PT não resolve mais nada. A petralhada já tem a hegemonia. E não indicações de que vá perdê-la. Só ingênuos (ou inocentes inúteis) acreditam em milagre para reverter tal quadro.
Pela lógico do atual sistema, de nada adianta votar. Por isso, é legítimo o direito de quem não quiser mais ser obrigado a votar para eleger políticos que (mesmo sendo supostamente honestos) vão ingressar em um sistema que funciona na base da corrupção, da mentira e do abuso de poder.
Voo da Vergonha da Ideli
No Brasil da impunidade, quem age erradamente dá voos cada vez mais altos na política...
Por isso, releia e reflita: Movimento pela internet inicia boicote à campanhaeleitoral de 2014, pregando: “Não voto em bandidos”
Reveja, também: A Farsa Eleitoral: Diga NÃO à Eleição!, escrito pelo advogado Antônio Ribas Paiva.
Postado pelo Lobo do Mar
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