POR CARDOSO LIRA
Deixa estar e aqui está um grave e abominável erro o setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 91,306 bilhões, em 2013. Esse resultado correspondeu a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas), o menor nível anual da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 2002. Em 2012, o superávit primário ficou em R$ 104,951 bilhões, o que correspondeu a 2,39% do PIB. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo BC.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Originalmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previa meta de superávit primário de 3,1% do PIB para a União, estados e municípios em 2013. Para 2014, o Banco Central está reduzindo essa “poupança” para 1,4%, para que a gastança eleitoreira possa seguir em curso por esta organização nociva, abominável e criminosa do PT.
Hoje a Folha de São Paulo publica uma entrevista com Armínio Fraga, que traça um cenário nada animador para a crise que atinge o Brasil, se ele não fizer o tema de casa. Não adianta somente subir juros. É preciso mostrar que as finanças estão equilibradas e o superavit primário é o indicador mais efetivo.
Quando desembarcou no Brasil em 1999, o economista Armínio Fraga voltava ao país para assumir o Banco Central em meio a uma crise cambial que quase quebrou o país. A extrema dependência que o Brasil havia adquirido dos capitais internacionais provocou uma crise de desconfiança que desembocou numa fuga de capitais.
O dólar passou de pouco mais de R$ 1 para quase R$ 2,20. Como reação, o governo elevou a taxa de juros para 45% ao ano e o regime de câmbio fixo foi desativado. Em entrevista à Folha, Armínio afirma que, nesses momentos em que os países são postos à prova, defender-se só com juros não adianta. Turquia, África do Sul e Índia subiram suas taxas recentemente. O Brasil vem elevando a Selic desde abril. Esses países, mais a Indonésia, são "os cinco frágeis".
A desaceleração do crescimento chinês e a recuperação dos EUA, com a consequente migração de capitais para lá, são o novo compasso mundial. Os tempos de juro zero para induzir o crescimento estão em extinção. Para Armínio, maior controle de gastos pelo governo pode ajudar o Brasil na turbulência.
Folha - O que deflagrou essa piora, dos últimos 15 dias, dos países emergentes?
Armínio Fraga - É difícil identificar uma causa específica, a não ser que seja um grande evento. Acho que foi especialmente a China, que veio com dados fracos [de atividade] e aconteceu uma ameaça de default [calote] de um produto do "shadow bank" deles, que é um setor enorme lá [é uma parte do setor financeiro, com pouca ou nenhuma regulamentação].
Mas, se você olhar bem, as moedas que mais se mexeram --da África do Sul, da Índia e da Turquia-- estão se depreciando [ante o dólar] desde 2011. O real se mexeu lá atrás, com a crise na Europa, teve uma fase de estabilidade, e a partir de maio de 2013 passou a se desvalorizar mais. Então é um quadro que não começou há 15 dias.
Acho que o que está por trás disso é uma combinação de movimentos de curto prazo, concentrados na China, mas que têm como pano de fundo uma tendência de normalização das taxas de juros.
Mas há certa fragilidade desses países, que no período de dinheiro barato viram seus deficit em conta-corrente crescendo [saldo negativo nas relações com o exterior], ao mesmo tempo em que a inflação subia, apesar da longa fase de melhoria das relações de troca [bons preços para suas exportações].
São países mais vulneráveis do ponto de vista macroeconômico em geral. Alguns estão com inflação alta e crescimento baixo, em um ambiente financeiro que pode ficar mais apertado.
É justo o Brasil estar no grupo dos "cinco frágeis"?
A Turquia tem um deficit em conta-corrente maior e pouca reserva, mas vinha crescendo muito mais. Há um certo mau humor com os emergentes em função disso tudo. Infelizmente o Brasil está nesse grupo. Mas não quer dizer que isso não possa ser administrado.
O Brasil vem dando um início de respostas, com a normalização das taxas de juros, que estavam lá embaixo sem sinal de que a inflação estava em um nível de controle.
Houve as privatizações de infraestrutura. E agora estão falando também em moderar a política fiscal e a expansão de crédito dos bancos públicos. São respostas tradicionais nesse tipo de situação.
Economistas dizem que o governo deveria dar um sinal mais forte de contenção de gastos, como em 1999 [naquele ano, o superavit primário subiu de 0,29% para 2,9% do PIB]. Acredita que vão fazê-lo em um ano de eleição?
Esse sinal deveria ser dado. Mas não me arrisco a fazer prognósticos. Faz parte de um quadro maior que infelizmente está aí e que não tem sido capaz de entregar crescimento econômico. É um modelo que não é sustentável e que teria que mudar. Mas o fiscal com certeza seria um sinal importante. Não só o número em si mas como chegar lá. Não quero dizer que seja fácil, mas é necessário.
Os países estão elevando as taxas de juros para evitar a fuga de capitais e a desvalorização de suas moedas. Vai dar certo?
Defesas contra esse tipo de movimento baseadas só em juros não são garantia de sucesso. Você pode imaginar um caso ou outro em que os juros estavam fora do lugar e eram a única variável que precisava ser ajustada. Mas a maioria dos casos não é assim. Os juros devem trabalhar pensando na inflação. E de preferência contando com o apoio de outras ferramentas, para que o esforço do banco central não seja exagerado.
A queda do real vai continuar?
É possível, mas isso depende de muita coisa.
O BC deveria elevar mais os juros para frear o movimento?
O melhor que o BC pode fazer é trabalhar para que as expectativas de inflação fiquem bem ancoradas e na meta. E de preferência com apoio da política fiscal e de crédito.
UM GRANDE ERRO!!!!
Aumento do custo de energia e risco concreto de racionamento de luz e água já apavoram Dilma
Se não chover forte, nos próximos 20 dias, nas cabeceiras dos reservatórios, o Brasil será obrigado a racionar energia e água. A desagradável previsão é de um conselheiro de administração de uma das maiores empresas do setor elétrico. O risco concreto de racionamento, apagões e aumento de gastos com termoelétricas vão custar caro para o governo petralha, tornando ainda mais obscuro o plano reeleitoral de Dilma Rousseff. O aumento do custo energético vai afetar a inflação...
Há sim, como ser contra uma Copa do Mundo no Brasil, em termos eleitorais. Se posicionar contra o futebol é a morte política. Os governadores não estavam certos em estar lá. Todos abraçados com Molusco. O lance do ex-presidente apedeuta e corrupto, era exatamente chegar em 2014, ano de eleição, com um evento magnífico para a roubalheira Estádios superfaturados, para gastar nas eleições e ele retornando. O câncer e os escândalos impediram a sua candidatura. A crise econômica pode melar o sucesso da Copa. Os protestos de rua podem fazer a imagem de Dilma desabar. A Copa, que seria consagração, virou um grande e abominável risco. Um Paradoxo com a realidade do nosso país.
Os jornais noticiam que o Governo Federal vai iniciar intensa e pesada campanha para defender a Copa. Prepare-se, oposição. Eles não terão o mínimo escrúpulo em colocar a culpa de qualquer fracasso na política e nos interesses eleitorais. Vão querer debitar qualquer derrota nas costas dos adversários. É o que eles fazem o tempo todo, taxando a oposição de turma do contra. Ao que parece, a oposição ainda não sabe qual discurso utilizar. É simples.
Quem esteve lá batendo palmas pode sim ser contra a Copa do Mundo. Aliás, foi uma imbecilidade, ser a favor deste evento imbecil. Que cada governador de oposição faça um balanço imediato das obras da Copa no seu estado. E que o estado cumpra a sua parte, denunciando claramente se o corrupto governo federal não estiver cumprindo a sua. Mesmo com todos os problemas enfrentados pela incompetência petista. Uma Copa ao mundo para os inglês e os tontos verem. Um país que vive de aparência, sem hospitais, sem saúde e se segurança, o país com o maior numero de homicídio do mundo. Vamos pegar o primeiro escalão do sujo e amaldiçoado governo dos petralhas e mandar para penitenciária de Pedrinhas no Maranhão.
Sobre a pior polícia do mundo, o melhor caminho é mostrar como ela age em outros países democráticos. Tragam a NYPD para palestras. Definam as regras e as comuniquem desde já. Não aceitem máscaras. Não aceitem gangs uniformizadas. Não aceitem mochilas em manifestações. Criem regras. Façam palestras nas escolas. Criem uma Bolsa Copa para estudantes e aposentados irem para a rua receber bem o visitante. Criem uma identidade local. Façam marketing. Sejam duros, extremamente duros contra a bagunça e a corrupção generalizada.
Mãos à obra, governadores. E a culpa dos problemas não pode ser da oposição, como o governo começará a vender na sua grande campanha de comunicação, agora sob nova direção do MR-8 Franklin Martins, a célula mais paradoxal da organização criminosa do PT.
A saída dos corruptos petralhas do governo do Estado, depois do rompimento da aliança com o PMDB, dos Coroneis Renan e Sarney, não será tão grande quando imaginava a cúpula do PT-RJ. Nesta sexta-feira, 31, enquanto muitos servidores assinavam pedidos de exoneração dos cargos comissionados, nas secretarias onde estão lotados, outros militantes foram à sede do partido solicitar desfiliação do PT, para continuarem empregados no governo. A rebelião à ordem de demissão generalizada aconteceu principalmente na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), que tem 377 cargos comissionados - pelo menos metade ocupada por petistas.
Um dos filiados que optaram pela saída do partido aceitou falar à reportagem desde que seu nome não fosse publicado, por temer represálias. Trabalha com movimentos sociais e disse considerar absurda a ameaça do presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, de submeter a processo de expulsão os militantes que não pedissem demissão até esta sexta. Apesar da militância de mais de vinte anos no PT, afirmou que prefere manter o emprego no Estado, mesmo sem garantia de quanto tempo ficará no cargo, e considerou "uma contradição" que os petistas tenham que abandonar projetos que eles próprios colocaram em prática na SASDH.
Quaquá deixou claro que não vai ceder. "A porta da rua é a serventia da casa", reagiu. "Quem tem apego a cargo e quiser ficar no governo pode e deve sair do partido. Há um nítido processo de reconstrução do PT no Rio e os fisiológicos podem sair. Tem gente que se acostumou com o emprego, então, deixe o partido", afirmou o presidente petista.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) publicou no Diário Oficial desta sexta a exoneração dos dois secretários petistas, Zaqueu Teixeira, da SASDH, e Carlos Minc, do Ambiente, e nomeou o já poderoso chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, para ocupar interinamente as duas pastas. Os novas funções de Fichtner, no entanto, vão durar pouco. Nesta sexta-feira o futuro substituto de Zaqueu, deputado estadual Pedro Fernandes, do Solidariedade, visitou o petista na secretaria.
Fernandes também deverá ficar apenas dois meses no cargo: na primeira semana de abril, deixará a secretaria para disputar a reeleição na Assembleia Legislativa. O deputado prometeu a Zaqueu que não fará demissão em massa de funcionários ligados ao PT e usará o critério "da competência".
A primeira leva de demissionários dos cargos de confiança estaduais é de cerca de 50 integrantes da Secretaria do Ambiente e 30 da SASDH. Quaquá calcula que o número de petistas em cargos comissionados "não passa de 350", enquanto colaboradores de Cabral dizem que são 700.
O mais cotado para substituir Carlos Minc na Secretaria do Ambiente é o ex-deputado Indio da Costa, do PSD, candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra em 2010. Tanto o Solidariedade quanto o PSD deverão apoiar a candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ao Palácio Guanabara. O nomeação dos secretários faz parte dos acordos para a aliança. (Estadão)
POSTADO PELO LOBO DO MAR
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