Ele foi o primeiro comandante dos mais de 6 mil militares de diferentes países que integraram o contingente inicial da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), esteve à frente de 25 mil homens do Exército como Comandante Militar da Amazônia — quando entrou em polêmica com o próprio então presidente da República, Lula, a respeito da política indigenista brasileira — e tem currículo profissional que os colegas consideram “impecável”.
Ainda no Comando Militar da Amazônia, o general reclamou diante de emissoras de TV, sem colocar panos quentes, da precariedade dos armamentos e equipamentos do Exército, lembrando que, em sua área, a maioria dos soldados ainda utiliza “fuzis fabricados em 1941″.
Como ninguém é perfeito, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira já defendeu, em público, de forma enviezada mas clara, o golpe militar de 1964.
Com discurso fácil — sua experiência como comentarista de assuntos de segurança da Rede Bandeirantes de TV certamente ajudou –, opiniões fortes e um discurso que, desde que foi para a reserva, em 2011, se contrapõe a muitos aspectos do lulopetismo, esse curitibano de 66 anos vem sendo pressionado por colegas e também admiradores civis para candidatar-se à Presidência.
Não se sabe qual será sua decisão — que, em qualquer caso, acabará resultando em uma candidatura por um partido nanico, com pouco tempo de propaganda eleitoral na TV, pouca estrutura, poucos apoios de políticos e, em consequência, pouco dinheiro.
De todo modo, faltam poucos dias para saber-se o rumo que o general Augusto Heleno tomará na política, se tomar: militares (e integrantes do Judiciário) interessados em candidatar-se às eleições de outubro precisam filiar-se a algum partido político até, no máximo, o dia 5 de abril próximo.
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