Como fabricar gelo no inferno – da Petrobras ou do Exército
Por Jorge Serrão
Será que o Brasil é uma enorme fábrica que tenta produzir gelo no ambiente original do inferno? Institucionalmente falando, parece que sim. Por que sofremos da maldição de nunca conseguir aprontar um produto democrático e civilizatório de qualidade. Por que nós sempre estamos numa gélida roubada institucional?
Usufruindo dos apodrecidos e corruptos poderes do sistema Capimunista tupiniquim, a politicagem empregada pelo voto compulsório dos brasileiros e brasileiras (royalties para o imortal Sarney) dão enorme contribuição para a organização do caos. Também sabemos da imposta vocação histórica para que o Brasil sempre seja uma rica colônia de exploração mantida artificialmente na miséria pelos poderes globalitários.
Acontece que, no final das contas, a culpa maior não é da Oligarquia Financeira Transnacional. Nem pode ser totalmente debitada aos políticos que trabalham como agentes conscientes dos controladores ou que apenas cuidam do próprio umbigo. Os ditos segmentos esclarecidos, com potencial de educação e liderança, são os maiores responsáveis pela situação que vigora permanentemente.
Não vamos perder tempo falando do governo petralha, em aliança com parceiros de negócios, aparelhando e transformando a máquina estatal em um brinquedo do crime organizado. Eles são o subnitrato de pó de merda do cocô do cavalo do bandido do filme de quinta categoria financiado com recursos capimunistas da Lei do Audiovisual. A gestão Dilma Rousseff, comandada pelo Presidentro Lula, já se desmoralizou completamente. Não tem credibilidade internacional para continuar no poder. Portanto, sua queda é questão de pouco tempo.
A grande questão é: o que vai ser feito do Brasil quando a petralhada for removida, total ou parcialmente, do poder? Que intenções tem com o Brasil aquela facção que, nos tempos eleitorais, tenta se mostrar como “oposição ao que está aí”? Seremos realmente capazes de mudar alguma coisa para melhor, na atual falta de definição política? O que queremos fazer? Aonde desejamos chegar? Que projeto se tem, claramente definido e publicamente anunciado, para o Brasil?
A resposta sincera é: Nenhum. A fábrica de gelo no inferno continua operando a pleno vapor. Claro, financiada por dinheiro público. Com certeza, a grana para ela vem do modelo dependente. Pegamos dinheiro emprestado e vamos só pagando os juros, para que a dívida seja sempre eterna. A prioridade burra é garantir o consumismo imediato. Nada de investir em infraestrutura, ciência &e tecnologia, qualidade efetiva do ensino básico e na valorização do trabalho, implantando um modelo de impostos que facilite e não penalize a produção e o cidadão.
O governo do crime organizado é especializado na arte de enxugar gelo. Vide o próprio suposto modelo de combate à violência. O que acontece nas violentas periferias de São Paulo é Rio de Janeiro é bem significativo do quadro de má vontade para solucionar problemas histórico-culturais. Investe-se na repressão na desculpa de combater um modelo empreendedor criminoso, bem sucedido mundialmente, como o tráfico de drogas.
Uma indústria que tem a cadeia produtiva, de consumo e de autofinanciamento tão organizada como esta não vai ser desmontada pela ação hollywoodiana de intervenções pontuais das tropas de elite. A desestruturação urbana das grandes cidades, permitindo a criação de periferias e guetos que operam com lógica própria, independentemente da estrutura pública tradicional, é a permanente pré-condição para a criminalidade, a violência e a anomia prosperarem. O caos se reproduz facilmente.
É tetricamente engraçado, uma ironia dos diabos, assistir a documentários, uns produzidos há dois anos atrás e outros, agora, sobre as Unidades de Polícia Pacificadora. Percebe-se o fracasso prático da grande ideia de ocupar com o aparato policial e alguns serviços do Estado, as áreas antes comandadas pelo narcotráfico. As pré-condições para o caos fazem o germe da bandidagem renascer. O vírus é imortal. O narcotráfico – uma lucrativa atividade econômica marginal – consegue sobreviver, camaleonicamente, com a suposta repressão das forças de “segurança”.
Tão triste quanto isso é ver a situação de nossas forças armadas – cada vez mais enfraquecidas pela propaganda ideológica dos que desejam manter o Brasil sem soberania e sem segurança. Oficialmente, os militares estão proibidos pelo governo Dilma do Chefe de celebrar os 50 anos do movimento civil-militar de 1964. Estas mesmas forças desmoralizadas pelo governo são convocadas, heroicamente, pelo mesmo governo para fazer o serviço de uma polícia militar, na garantia da lei e da ordem, nas ações contra os “guerreiros da periferia”.
Curiosamente, esta mesma força armada proporciona à Nação uma outra lamentável e estranha de demonstração de fraqueza. Todo mundo assiste, estarrecido, à profusão de escândalos bilionários de incompetência, corrupção e desgovernança corporativa na Petrobras. Acontece que o Exército tem um representante no Conselho de Administração da estatal de economia mista. Trata-se do ex-comandante da força terrestre, o General de quatro estrelas Francisco Albuquerque.
A pergunta que o mercado anda formulando lá para dentro dos quartéis é: O que o General Albuquerque tem feito para impedir os desmandos na companha? Ao que se sabe, da mesma forma que a presidenta Dilma, o General também votou a favor da compra da refinaria Pasadena. Ele e outros conselheiros também aprovaram empreendimentos temerários, como a refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco, e o Comperj, de Itaboraí.
O mercado e a sociedade aguardam o pronunciamento oficial do Exército Brasileiro sobre os escândalos na Petrobras. Apenas para recordar a história, João Goulart caiu por bem menos em 1964. Antes de algum eventual golpe surpresa – não programado para agora -, seria mais interessante saber o que pensam os militares da ativa sobre a tragédia na Petrobras – que mexe com a economia e a segurança nacional do Brasil.
Por favor, não peçam permissão à Comandanta em Chefe das Forças Armadas para que seja possível o solicitado e urgente pronunciamento. Dilma prefere que não se fale sobre o assunto que foi a pá de cal do seu desgoverno. Mas, pelo menos na assembleia da Petrobras de 2 de abril, seria bom escutar um voto de protesto do General Albuquerque, em nome do Exército que lhe escalou para receber o polpudo jetom de conselheiro da petroleira.
O General Enzo Martins Peri, que fica justamente PT da vida quando lê reclamações como as deste artigo, deveria reunir os 15 generais do Alto Comando para tratar do assunto e dar uma resposta clara à sociedade que confia nas Forças Armadas. Mesmo conselho é válido para os comandos da Marinha e da Aeronáutica. Aliás, quando tratarem da Petrobras, abordem também o caos na Eletrobras.
Na escolinha básica, a gente aprendeu que isso é assunto de Segurança Nacional... Se a temperatura do inferno vai subir por causa da reunião de vocês, não tem problema. Peçam uma graninha ao BNDES para aumentar a produção de gelo na fábrica do Cramulhão. Só não deixem os petralhas levarem a comissão do negócio para os paraísos fiscais, fazendo o dinheiro voltar ao Brasil, depois, lavado a jato, como pretenso investimento estrangeiro direto...
De resto, como ordenou a Comandanta Dilma, vamos fechar os olhinhos e esquecer que 1964 existiu... No estágio atual, é melhor promover um grande coquetel, em 1º de abril (que dizem ser o Dia da Mentira), para celebrar os 1000 anos da Batalha de Itararé... Nesta festinha, se me convidarem, levo uma das garrafas de cachaça da minha coleção... E ainda “tragarei” um copo reserva, para o caso de o chefão Lula aparecer por lá para bebemorar com a gente... PassaDilma... Vocês já eram!
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