quarta-feira, 9 de abril de 2014

"Tem que ter rebelião, gente!" O conselho de Gerdau, um dos maiores empresários do Brasil.

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter criticou a insistência do Brasil em se aproximar do Mercosul, propôs que o próximo governo brasileiro tenha apenas seis ministérios e chegou a sugerir que a população se rebele diante da falta de infraestrutura e daqualidade dos serviços do País.

As afirmações do empresário foram feitas durante palestra para os participantes da 27.ª edição do Fórum da Liberdade, ontem em Porto Alegre. O evento é promovido anualmente pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade de jovens empresários de tendências liberais.

"Uma placa que vi e achei interessante diz que a Central do Brasil há 30 anos é igual", citou. "Tem de ter rebelião, gente", prosseguiu. "Quem tem esposa e uma filha e tem de enfiar dentro daquele trem não dá para aceitar."

Ao longo dos 40 minutos da palestra, Gerdau insistiu na necessidade de o Brasil aumentar sua poupança, investir em infraestrutura e melhorar sua governança e produtividade para crescer mais dos que os índices próximos a 2% dos últimos anos. Também sugeriu metas ousadas, como dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita até 2030.

O empresário - que preside, desde o início do governo Dilma Rousseff, a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade do governo -, também revelou que, na conversa reservada que teve com o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, na segunda-feira, foi questionado sobre o número de ministérios que considera ideal para o Brasil. "Eu disse que com seis dá", confidenciou. E citou cinco pastas, sem mencionar qual seria sexta: para a área social, área econômica, segurança, parte internacional e condução política.

Gerdau deu a entender, ainda, que preferiria ver o Brasil menos ligado aos países vizinhos e mais atento ao mercado global. "Enquanto os países do grupo do Pacífico têm crescimento de 5% a 6% ao ano, aproximando-se do bloco americano, que está se integrando com a Europa, nós ficamos brincando de Mercosul bolivariano", comparou. "Será que a Cristina Kirchner (presidente da Argentina) tem que dizer o que o Brasil tem que fazer? Não dá!", concluiu.

Procuradas para comentar as declarações de Gerdau, a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não responderam até o fechamento desta edição.

Eficiência. Jorge Gerdau é conselheiro da presidente Dilma desde a campanha eleitoralde 2010. A Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, que comanda, tinha o objetivo de aperfeiçoar a condução da máquina pública, eliminando gargalos e tornando mais eficiente o atendimento ao cidadão. Sem resultados aparentes, a câmara reduziu o ritmo dos trabalhos desde o ano passado.

O colegiado chegou a elogiar programas de monitoramento remoto, por vídeo, implementados pelos ministérios da Previdência Social, da Saúde e pelo grupo de acompanhamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Gerdau sempre foi crítico do número de ministérios do governo Dilma. (Estadão)


Marcos Valério prepara livro bomba, e Lula tenta tirar o PT de escândalo desviando foco para Vargas




Contando com a ajuda de um colega reeducando de prisão que é bom de redação, o publicitário Marcos Valério escreve um livro com título provisório de “O Injustiçado”. O operador do Mensalão ameaça revelar detalhes muito além do esquema que o levou junto com outros xx para a cadeia. Na visão estratégica de Valério, o dinheiro arrecadado com a obra será para pagar as multas da condenação e seus caríssimos advogados.

O livro-bomba de Valério pode ser publicado perto da eleição ou depois dela. O prazo de validade do PT começa a se esgotar. Enquanto for poder, o Partido se segura. Se perder o poder, as broncas vão explodir, principalmente nas ações judiciais das Operações Porto Seguro, Lava Jato e nos processos envolvendo a Petrobras. Uma versão tupiniquim dos “Cadernos do Cárcere”, que nada tem a ver com a obra de Antônio Gramsci, ideólogo italiano tão idolatrado pelos petistas, pode representar um tiro mortal nos mafiosos esquemas petralhas.

O clima de explosão e implosão do PT forçou ontem o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva a recorrer aos blogs aliados da esgotosfera petista para fingir que saiu do silêncio tático sobre os escândalos que atingem figuras da cúpula de seu partido e a Petrobras que o PT aparelhou, desde o começo de 2003. Só faltando jurar que não é candidato a Presidente, e repetindo que Dilma é sua candidata, Lula deu mais um show teatral e, como de costume, tirou o dele da reta. Jogou toda culpa sobre uma parte dos erros que estouram na mídia sobre os ombros do deputado federal André Vargas.

O Chefão do PT exige que Vargas dê explicações convincentes à opinião pública para que o PT não saia desgastado do episódio que o relaciona ao doleiro Alberto Youssef, em negócios milionários, com evidências de propinas relatadas por ligações telefônicas interceptadas, com o ministério da Saúde, na época em que o hoje pré-candidato petista ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, comandava a pasta. Vargas, que tirou 60 dias de licença na Câmara, onde era vice-presidente, foi promovido por Lula a mero “bode expiatório”, como se agisse por conta própria, e não para o PT onde tinha fama de ser um dos mais poderosos cardeais.

Explica o resto


Na entrevista exclusiva para os blogueiros aliados, no Instituto Lula, o Presidentro concentrou o foco do escândalo apenas em André Vargas:

“Espero que ele consiga convencer e provar que não tem nada além de uma viagem de avião, porque no final quem paga o pato é o PT. Acho que ele (Vargas) tem que explicar. Não tem sentido. Ele é vice presidente de uma instituição importante”.

Os blogueiros amigos nada aprofundaram sobre os escândalos na Operação Lava Jato, que investiga, por suspeita de lavagem de R$ 10 bilhões ilegais, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras na gestão Lula, Paulo Roberto Costa.

Drible do Boi

Sobre a Petrobras, prestes a ser alvo de uma CPI, Lula apenas deu um recadinho ao partido, como se nada tivesse a ver com o assunto:

“O PT tem que ir pra cima e espero que tenha aprendido a lição do que significou a CPI do Mensalão. Ela começou investigando uma empresa que estava sendo comandada pelo PMDB e acabou no PT”.

A memória de Lula falhou. A empresa que originou o Mensalão foi os Correios. Em seu governo, ali era reduto do PTB – e não do PMDB, que continua fiel aliado até a traição programada para as proximidades da derrota na eleição de outubro. Foram as broncas naquela estatal que levaram Roberto Jefferson a romper com José Dirceu e denunciar todo o esquema mafioso publicamente. Lula se salvou milagrosamente do Mensalão.

Candidata dele

Lula vai negar até a morte que tivesse alguma intenção de substituir Dilma Rousseff como candidata – conforme desejo de muitos petistas.

Antes mesmo da primeira perguntinha amestrada dos blogueiros amigos, Lula fez questão de advertir que não aceita o movimento “Volta, Lula”:

“Quero dizer que não sou candidato, mas não tenho como ir em cartório registrar. Mas quero dizer que minha candidata é a Dilma. Se vocês puderem contribuir para acabar com essa boataria, ajudarão a democracia desse pais. Dilma tem condições políticas e técnicas para fazer esse Brasil avançar. Ela é disparadamente a melhor pessoa para ganhar essa eleição e fazer esse país continuar andando. Eu já me dou por realizado”.

Jogo de Cena


Continua sem explicação

Luiz Inácio Lula da Silva continua devendo explicações claras sobre sua decisão de comprar a refinaria Pasadena – em negócio a preço superfaturado.

Sim, a decisão foi dele – e não apenas do Conselho de Administração e da diretoria da empresa.

O Presidente da República representa e corporifica, em última instância, o acionista máximo da estatal de economia mista, o governo da União.

Além de titular do Palácio do Planalto, Lula era o padrinho de dois cargos na Petrobras: José Sérgio Gabrielli, presidente da companhia, e da “gerentona” Dilma Rousseff, sua ministra das Minas e Energia e da Casa Civil que foi “Presidente” do Conselho de Administração da petroleira.

Bom negócio ponto PT


Petrobrasgate

O repórter Gilberto Nascimento, do Brasil Econômico, informa que o investidor Romano Allegro, sócio minoritário da Petrobras, prestou um depoimento espontâneo, na semana passada, em São Paulo, ao procurador regional da República Osório Barbosa.

Allegro denunciou a falta de transparência e conflito de interesses no conselho de administração da Petrobras, citando três exemplos:

Jorge Gerdau, além de conselheiro, é proprietário de uma fornecedora da Petrobras.

O executivo Fábio Barbosa era conselheiro da Petrobras e representante da empresa nos Estados Unidos, quando era presidente do Banco Santander.

Lavando o jato

A Odebrecht - sócia da Petrobras na Braskem e empreiteira de suas obras – tinha o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa, preso pela operação Lava a Jato da PF, como conselheiro da BR Distribuidora e da Braskem.

Mesma situação do diretor Nestor Cerveró, ambos ligados à compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Romano denunciou ao Ministério Público Federal que a gestão da BR Distribuidora é uma caixa-preta desde a decisão de fechar seu capital, tomada no final do governo FHC e referendada no começo da gestão Lula.

POSTADO PELO LOBO DO MAR

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