Por Adriano Benayon
Há bastante tempo trato do colapso mundial e de suas seqüelas. Insisto nesse tema, porque se está diante de algo cuja dimensão implica um salto de qualidade, para baixo, na história do homem.
A tendência é instalar-se longo período de trevas, como na Europa no final da Idade Média, ou ainda pior: o império totalitário, que se quer implantar em definitivo, controlando os recursos tecnológicos e tudo mais. É, portanto, importante que se despertem consciências para evitar a supressão da humanidade, em andamento por conta desse desígnio da oligarquia concentradora.
Continuam em expansão imensas bolhas especulativas nos mercados financeiros mundiais, aumentadas por meio de mais emissões de moeda e de títulos que as dinastias oligárquicas forçam os governos a fazer.
Nada disso foi revertido. Bem ao contrário. Entretanto, políticos e grande parte da mídia, na Alemanha e na França comemoram o “próximo fim” da crise e a recuperação da economia, porque as estatísticas indicam ligeira elevação no PIB desses dois países, de abril a junho, além da alta das bolsas de valores.
A causa dessa alta, que infla mais as bolhas, é que parte dos trilhões de euros despejados nos bancos são aplicados nessas bolsas e nas de mercadorias, como mostrei em artigo deste mês, “Às vésperas do desenlace”.
Leia-se Ulrich Rippert, na Global Research, em 23.08.2009:
“Comparada com um ano atrás, a economia alemã apresenta declínio de 7%. Dentro de poucos meses, o esquema alemão de ‘dinheiro para sucatas’ vai expirar, acelerando a queda da indústria automobilística e de autopeças. As conseqüências para as indústrias siderúrgica, química e de máquinas ferramentas alemãs já se fizeram sentir.”
Mesmo na França e na Alemanha, onde - ao contrário do Reino Unido, da Espanha, da Itália e da maioria dos demais na Europa - o Estado ainda não se considera falido, as dívidas públicas crescem vertiginosamente. Há, pois, sérias dúvidas sobre a capacidade financeira e política dos governos de conceder novos pacotes trilionários para cobrir os rombos das antigas bolhas, não de todo rebentadas, e os das mais recentes.
É o que acontece em maior dimensão nos EUA, onde o Tesouro federal e os dos Estados têm dívidas incontroláveis.
Cito Bob Chapman (Global Research, 13.08.2009): “A bolha do FED em favor de Wall Street, vai precisar de, pelo menos, US$ 2 trilhões mais em 2010, apenas para que a economia não soçobre.”
Há liquidações em massa por fazer nos bancos e indenizações de seguros. O que o Tesouro dos EUA e o FED terão de meter nisso ultrapassa, em muito, os US$ 23,4 trilhões já despejados, usando dinheiro dos contribuintes e emitindo moeda e títulos públicos.
Aduz Chapman que o FED está em processo de monetizar US$ 2 trilhões em títulos do Tesouro e das agências públicas da área imobiliária, bem como obrigações em colateral, detidas por emprestadores. Diz mais: “É segredo o que o FED está pagando por esses papéis quase sem valor.”
Enquanto isso, órgãos da imprensa mundial transbordam de otimismo: O semanário Die Zeit, de Hamburgo: “Finalmente, a Recuperação!” O New York Times: “Banqueiros de Investimentos estabelecem tendência de alta.” E o Wall Street Journal: “Mais progresso no mundo dos negócios”
Rippert observa que essas manchetes lembram as de 1931, quando as bolsas haviam recuperado parte do perdido em 1929, embora, em 1931, a depressão estivesse em marcha. Como tenho afirmado, ela só terminou nos EUA em 1943, enquanto a maior parte do Mundo era devastada com a 2ª Guerra Mundial.
O emprego nos EUA galopa para o fundo, já se tendo acumulado mais de 9 milhões de novos desempregados nos últimos 30 meses. Na Europa a taxa de desemprego também cresceu e aumentará mais, com a dispensa dos que estão em horário reduzido.
BRASIL
Há poucos indicadores positivos e sempre, é claro, dentro dos absurdos estruturais que fazem vegetar na miséria ou em condições inadequadas a maioria da população, em afronta a seu belo potencial e aos maravilhosos recursos naturais.
Em dois anos, de 2007 a 2009, a taxa oficial de desemprego dobrou para quase 15%. O salário médio caiu mais de 20% desde 2005. De janeiro a julho de 2009, em comparação com 2008, as inadimplências de empresas cresceram 30%, e houve queda de 24% no valor das exportações e de 30% no das importações.
Como tenho dito, o Brasil não está imune à depressão mundial, que se aprofunda. Em 1º lugar, as empresas grandes e medias estão nas mãos de transnacionais sediadas no exterior, à exceção de poucas estatais, como a Petrobrás, e alguns conglomerados privados, ainda assim com participação estrangeira.
Em 2º lugar, nas exportações os bens intensivos de recursos naturais têm participação cada vez maior, já da ordem de 70%, no total. Isso denota a estrutura semicolonial do País, uma vez que no comércio mundial a participação desses bens é da ordem de 10%.
As commodities tiveram alta em 2009, em função da especulação com o dinheiro que sobra nos países importadores, cujos detentores não investem produtivamente, em face da depressão. Com o prosseguimento desta e a acumulação de estoques, especialmente na China, a demanda pelas commodities vai cair muito.
A China, que se tornou o principal importador do Brasil, também está às portas de crise, decorrente da especulação, tendo os lucros das empresas caído 30%, enquanto o índice da bolsa de Changai se elevou em 80%. Ademais, forma-se naquele país colapso imobiliário de grande intensidade.
Há, ainda, enormes perdas à vista com o iminente afundamento do dólar. Para China, Japão e outros, o montante dos títulos em dólar é catastrófico. No Brasil, eles formam a quase totalidade das reservas. Ora, sem contar o impacto proveniente da queda econômica naqueles países, isso é suficiente para tornar insustentável a posição das contas externas.
Mesmo antes de isso ocorrer, a economia brasileira vem sendo, há muito tempo, enfraquecida por se ter tornado a zona livre de saqueio que descrevi em numerosos artigos anteriores.
A estreiteza do campo de visão, por ideologia e pela mesquinhez da ótica partidária, faz que a maioria da opinião se divida em dois grupos: 1) os que imaginam estar tudo bem, acreditando que Lula faz o melhor possível, dadas as pressões do poder econômico (estrangeiro); 2) os que crêem que as coisas estão péssimas, em face de crise ética, fomentada pela mídia e por políticos “atucanados”, cujo próprio rabo fingem não enxergar. Pretendem fazer esquecer os profundos estragos estruturais infligidos ao País nos oito anos do deletério reinado de 1995 a 2002.
Uns e outros ignoram o baixo potencial de progresso e de criação de empregos sob a atual estrutura econômica, que o próprio BNDES torna ainda mais concentrada, financiando principalmente empresas transnacionais, além de poucas estatais e conglomerados privados, como mostrou M.A. Campanella, em artigo disponível em http://www.horadopovo.com.br.
Vai ser precisa perspectiva bem diferente para que o Brasil se salve do naufrágio global.
COMENTO
"Meus caros amigos, estamos vivendo aqui, um Brasil de ilusões e mentiras, em todas as esferas da admininstração da República e em todos os poderes, só vemos: corrupção, nepotismo, bandidagens e etc.
Um executivo mergulhado em todas as maracutais do país e agora até em outros, como é caso de Honduras.
De acordo com o Dicionário Lula de Ali Kamel, temos um governo desgovernado desnorteado que governa o país a mercê dos últimos acontecimentos.
Um sujeito nocivo, multifacetado e analfabeto que passou toda sua vida em cima de carro de som vociferando, não tem estrutura e nem conhecimentos mínimos para governar uma naçao do porte do Brasil. Isso todos sabem, o problema é que medidas mentiras e esmolas populistas e eleitoreiras, fizeram ou compraram uma popularidade ilisória. Vale a pena lembrar que Hitler tinha 90% de popularidade da década de 30 na Alemanha, o resto todos ja sabem. Bem, do naufrágio global o Brasil não vai escapar. Está tudo aí só não ver quem não quer".
2 comentários:
Por Castelo_Branco
E se o Lula morrer?
Se o Lula morrer, o que sobrará? Em seu corpo físico, vermes! Do seu mito, a sombra de mambembes: os mambembes do PT! O mito Lula, forjado em muitos anos de fanfarronice, milhões de dólares de conspiradores internacionais e tupiniquins, e muita cumplicidade dos meios de comunicações, intelectuais, congressistas, do judiciário e do ministério público, extrapola a condição de ser humano, sendo alçado à ímpar condição, de um semi Deus. Nesta inverossímil posição, reduziu seus “cumpanheiros”, à mísera condição de mambembes.
Lula: forjado pela sua estória de pobre retirante do nordeste, intrépido defensor dos trabalhadores injustiçados, conseguiu agregar à sua bagagem, a capacidade de iludir uma nação, e agregar simpatizantes internacionais; há quem diga que “ele”, é o cara! (mega demagogia).
Convenhamos, falso, mas convincente, dotado de uma verborragia ilimitada, agrada a gregos e troianos. Lula: um misto de verdades e mentiras, todas explícitas, às escâncaras; tão contraditório, tão confuso, que não conseguem desmascará-lo. Lula existe, como Lula: tem história de verdades e de mentiras; mas existe.
Mas, e se o Lula morrer? O que sobra do PT?
Nada! O PT só tem mambembes!
Senão vejamos: a ministra Dilma, com todo o esforço do mito Lula em torná-la uma estrela de 1ª grandeza, não consegue passar de uma nebulosa massa disforme de um corpo celeste sem luz própria, apesar de todo o holofote lançado pelo “astro rei/Lula”. Por mais que tentem, a história de vida da ministra Dilma, jamais se confundirá com a do seu predecessor, jamais atingirá, ou melhor sensibilizará o povo, uma vez que em seu passado, só consta traição, mentira, roubo, seqüestro... a mentira teima em se fazer presente no dia a dia de suas funções públicas, daí o título de Doutora em Pseudologia.
Bom! se a ministra Dilma, estrela maior, abaixo do mito Lula, se resume nesta insignificante figura, imagine os demais componentes do PT, meros corpos celestes; realmente são uns “nada! quer dizer, nada, não! São uns: Zés Dirceu, mensalão? dólares na cueca? E GENÉRICOS!!!
Morreu o Lula? Não sobrará nada! dos escombros do PT, serão retirados, ladrões, assassinos, terroristas, subversivos, conspiradores, e tome genéricos, ah! alguns probos inocentes úteis, ou seja uma escória que jamais conseguirá fazer algo importante, algo útil.
O PT, vive sob a égide deste pesadelo. Se o Lula morrer...será o fim: do PT! da impunidade! da mentira! da improbidade! do MST! ...(...)
... Será o fim da humilhação das FFAA!
PERDOE! com tantos benefícios para a Pátria, vale a pena agourar... afinal, o Lula também não passa de um mambembe!!!
Na contramão da tradição diplomática nacional, o Brasil se intromete na política interna de outro país e o faz da pior maneira possível: como coadjuvante de Hugo Chávez
Por Otávio Cabral e Duda Teixeira:
Se o país [Brasil] é humilhado pelos vizinhos, tem suas riquezas roubadas impunemente e acumula derrotas nos organismos internacionais, é porque o presidente e seus diplomatas escolheram o caminho da ideologização da diplomacia nacional (veja o quadro). Qualquer regime minimamente antiamericano conta com o apoio tático do governo brasileiro - ainda que esteja envolvido em genocídio, como o do Sudão, ou seja tratado como pária mundial, como o do Irã. As estripulias dos governantes de esquerda da região - mesmo que eles estejam agindo contra os interesses brasileiros - são toleradas em silêncio pelo presidente Lula. “Por causa dessa política externa, estamos sempre a reboque dos acontecimentos”, disse a VEJA Rubens Barbosa, que foi embaixador brasileiro em Washington. O Brasil poderia ser protagonista de uma solução pacífica em Honduras, cujo formato foi definido por Oscar Arias, Prêmio Nobel da Paz e presidente da Costa Rica, com o apoio dos Estados Unidos e da Organização dos Estados Americanos. Chávez foi mais convincente. Na Assembleia-Geral da ONU, em rompante, Lula chegou a dar ultimato ao governo de Honduras. Vai mandar os fuzileiros navais? Seria a suprema vitória de Chávez na armadilha que armou para Lula.
COMENTO
"A nação e o povo brasileiro, estão passando por um grave vexame, aos olhos do mundo, por conta de um corrupto e despreparado presidente e seus incompetentes auxiliares de primeiro escalão, os quais pertenceram as mais diversas organizações criminosas nas décadas de 60 e 70.
Bem, os fatos são realmente muito graves. Um dia o povo brasileiro vai saber quem é realmente esse molusco sociopata que está no comando da nossa pobre, desmantelada e definhada República.
Onde está nossas Forças Armadas"?
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