Além de desviar dinheiro da Bancoop, o mega bandido e tesoureiro da facção criminosa dos PTralhas, arrecadava dinheiro para o caixa do mensalão cobrando todo tipo de propina.
Por Alexandre Oltramari e Diego Escosteguy
O ELO PERDIDO DO MENSALÃO DO PT
O corretor de câmbio Lúcio Funaro prestou seis depoimentos sigilosos à Procuradoria-Geral da República, nos quais narrou como funcionava a arrecadação de propina petista nos fundos de pensão: “Ele (João Vaccari, á dir.) cobra 12% de comissão para o partido”
O novo tesoureiro da facção do PT, João Vaccari Neto, é uma peça mais fundamental do que parece nos esquemas de arrecadação financeira do partido. Investigado pelo promotor José Carlos Blat por suspeita de estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso dos desvios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), Vaccari é também personagem, ainda oculto, do maior e mais escandaloso caso de corrupção da história recente do Brasil: o mensalão - o milionário esquema de desvio de dinheiro público usado para abastecer campanhas eleitorais do PT e corromper parlamentares no Congresso. O mensalão produziu quarenta réus ora em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles não está Vaccari. Ele parecia bagrinho no esquema. Pelo que se descobriu agora, é um peixão. Em 2003, enquanto cuidava das finanças da Bancoop, João Vaccari acumulava a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Ele tocava o negócio de uma maneira bem peculiar: cobrando propina. Propina que podia ser de 6%, de 10% ou até de 15%, dependendo do cliente e do tamanho do negócio. Uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República revela, porém, que 12% era o número mágico para o tesoureiro - o porcentual do pedágio que ele fixava como comissão para quem estivesse interessado em se associar ao partido para saquear os cofres públicos.
A revelação do elo de João Vaccari com o escândalo que produziu um terremoto no governo federal está em uma série de depoimentos prestados pelo corretor Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país.
(…)
Entre 2003 e 2004, os três bancos citados pelo corretor - BMG, Rural e Santos - receberam 600 milhões de reais dos fundos de pensão controlados pelo PT. Apenas os cinco fundos sob a influência do tesoureiro aplicaram 182 milhões de reais em títulos do Rural e do BMG, os principais financiadores do mensalão, em 2004. É um volume 600% maior que o do ano anterior e 1 650% maior que o de 2002, antes de o PT chegar ao governo. As investigações da polícia revelaram que os dois bancos “emprestaram” 55 milhões de reais ao PT. É o equivalente a 14,1% do que receberam em investimentos - portanto, dentro da margem de propina que Funaro acusa o partido de cobrar (entre 6% e 15%). Mas, para os petistas, isso deve ser somente uma coincidência…
Os bandidos corruptos da política pegos em flagrante delito em todos os tempos e latitudes não costumam dar o braço a torcer facilmente. Nunca antes na história deste país desde que Cabral aqui pisou pela primeira vez, houve uma facção tão criminosa quanto a facção dos PTralhas. Aonde esses bandidos querem chegar?
A vida pública brasileira tem sido palco constante desses exercícios de cinismo. Isso vem se repetindo previsivelmente desde a semana passada, quando VEJA revelou que caminha para o desfecho o inquérito em que João Vaccari Neto, bandido e tesoureiro do PT, cotado para a mesma função na campanha presidencial da guerrilheira Dilma Rousseff, é acusado de numerosos crimes – entre eles o desvio de dinheiro público e privado para a formação de caixa dois eleitoral, assasinatos, sequestros, roubos a bancos e etc.
Bastou a capa de VEJA chegar à casa dos assinantes e às bancas para que Vaccari e seus correligionários sacassem do bolso do colete as redondilhas já tornadas clássicas nos escândalos dos sete anos de governo petista. Diante das provas dos crimes compiladas pela promotoria e reveladas pela revista, os envolvidos saíram-se com as seguintes desculpas:
- O assunto é velho e foi requentado.
- A motivação é eleitoreira.
- A culpa é da imprensa.
- Nossos adversários fazem a mesma coisa.
- No Brasil só se dá destaque a notícia ruim.
Doravante VEJA vai listar as desculpas dadas por corruptos pegos com a boca na botija nas categorias acima. A revista convida os leitores que encontrarem outras dessas pérolas a compartilhar seus achados no site VEJA.com.
MAIS BANDIDAGENS BANCOOP - CHEQUES À MODA PETISTA
VEJA obteve imagens de cheques que mostram a suspeitíssima movimentação
bancária da Bancoop. O primeiro, no valor de 50 000 reais, além de exibir a
palavra “saque” no verso, traz o código SQ21, que tem o mesmo significado
(saque) e se repete na maioria dos cheques emitidos pela Bancoop para
ela mesma. O segundo destina-se à empresa Caso Sistemas de Segurança,
do “aloprado” Freud Godoy, e pertence a uma série que até agora já soma
1,5 milhão de reais. O terceiro mostra repasse da Germany para o PT,
em ano de eleição. A Germany, empresa de ex-dirigentes da Bancoop, tinha
como único cliente a própria cooperativa DOS BANDIDOS PTRALHAS.
MAIS BANDODAGENS MOLUSCO INAUGURA OBRA INACABADA E SUSPEITA
Por Evandro Fadel, no Estadão:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se antecipou ontem às críticas da oposição e tratou de justificar sua presença na inauguração de uma obra não totalmente concluída na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, e também questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sob suspeita de superfaturamento. Acompanhado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, Lula destacou que investigações não devem afetar a criação de empregos.. Aqui
“Eu fiz uma brincadeira esses dias, um fato que eu não sabia. Eu disse que nesta época do ano tem gente inaugurando até maquete”, declarou Lula, enquanto os ouvintes riam. “Não sabia que o governador de São Paulo ia inaugurar uma maquete e ficou como se eu soubesse, mas eu não sabia, eu falei porque isso faz parte da cultura política do País.”
Nesta semana, o governador paulista e provável candidato do PSDB à Presidência, José Serra, esteve em Santos, onde participou de evento para apresentar a maquete de uma ponte entre a cidade e o Guarujá.
Lula destacou que sua presença ontem era importante porque “quem engorda os porcos são os olhos do dono” e destacou a criação de 15 mil empregos agora e 25 mil até junho ou julho. Relatou que recentemente soube que milhares de trabalhadores seriam dispensados, com o corte nos repasses por suspeita de irregularidades. “O Tribunal de Contas da União mandou à Comissão de Orçamento do Congresso um aviso de que tinha suspeita de irregularidade nas obras e tinham que ser suspensas”, comentou.
O pente-fino do TCU atingiu vários projetos da Petrobrás - a Repar, a Refinaria Abreu e Lima (PE), a construção do terminal de escoamento de Barra do Riacho (ES) e o complexo petroquímico do Rio. Lula disse que decidiu vetar a recomendação do órgão e liberar as verbas orçamentárias na certeza de que teria apoio dos governadores. “Fui convencido a vetar no Orçamento a parte que acusava a Petrobrás”, destacou.
Ele ainda ressaltou que não é contra investigar. “Se tem de fazer investigação, que se faça. Se tem de apurar, que seja apurado, mas não vamos deixar que trabalhadores fiquem desempregados porque alguém suspeita que alguma coisa está acontecendo”, criticou
Refinaria tem 90% do custo sob suspeita de irregularidades
Por Roberto Almeida, no Estadão:
O Tribunal de Contas da União (TCU) justificou seu pedido de paralisação das obras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas com base em indícios de irregularidades encontrados em 19 contratos. O montante sob suspeita é de R$ 8,664 bilhões, ou 90% do custo total da reforma da refinaria, que, de acordo com a Petrobrás, chega a US$ 5,4 bi, ou R$ 9,55 bi.
Os números fazem parte do Fiscobras 2009, relatório divulgado pelo TCU em 29 de setembro do ano passado. Segundo o órgão, não houve avanços desde então para que as supostas irregularidades fossem sanadas. São casos de sobrepreço, restrição à competitividade em licitações e projetos deficientes ou desatualizados. A Petrobrás nega as irregularidades.
Ontem, em Araucária (PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou partes da obra que estão na mira do TCU. Como por exemplo a reforma de uma subestação de energia e a construção de outra, ao custo de R$ 109 milhões, e a construção de um Centro Integrado de Controle, para otimizar a automação da refinaria, no valor de R$ 41,8 milhões.
Tanto nas subestações como no centro de controle, o órgão de fiscalização apontou para sobrepreço, projeto deficiente ou desatualizado e restrição à competitividade na licitação, entre outros problemas.
Chamam a atenção, porém, contratos bilionários que também estão sob suspeita. Entre os 19 apontados pelo TCU, há um no valor de R$ 1,821 bilhão para a construção de uma unidade de gasolina e outros dois na casa dos R$ 2 bi para fornecimento de equipamentos materiais e serviços. Todos com problemas, de acordo com o órgão de fiscalização.
E no meio de tantas bandidagens, nossas Forças Armadas continuam desarmadas, militares flagelados por dois dos maiores bandidos da história da humaninade, FHC e o abominável Molusco, um STF leniente com esta facção criminosa que está no poder da República, uma vez que: o julgamento negativo da liminar, em que os PM do DF podem ganhar mais do que as FFAA foi vergonhoso, um grande escárnio e um absurdo sem precedente e nunca antes visto na história deste país.
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