sexta-feira, 7 de maio de 2010

O PT QUER DAR UM GOLPE NA DEMOCRACIA; CONFESSA ISSO EM UM JORNAL



Por Reinaldo Azevedo

Escrevo abaixo sobre aquele papo de auto-regulamentação da mídia, um debate que, segundo entendo, tem DNA moral da pior qualidade. Nasce da gritaria petralha. Aliás, “petralha” passaria num conselho, ou a palavra seria considerada manifestação de “preconceito”? E o termo “neoliberal” empregado como xingamento? Liberdade de expressão ou manifestação inequívoca de discriminação? Trato do assunto em outro post. Vamos adiante. A direção nacional do PT editou um jornal chamado “Movimentos”. Quem assina o editorial é o presidente do partido, José Eduardo Dutra.

Lê-se lá, segundo informa na Folha Ranier Bragon:
“Os movimentos sociais organizados precisam se manter atentos, pois o ‘ovo da serpente’ está intacto e as mesmas elaborações teóricas, sentimentos de superioridade e defesa de privilégios que animaram os golpistas de 1º de abril de 1964 ainda estão presentes nos corações e mentes da elite”.

E onde estariam os golpistas? A turma de Dutra explica, ainda segundo a Folha:
O texto principal do jornal, de 12 páginas, fala que “os articuladores e reais mentores da ditadura” estão “encastelados em entidades patronais, nos meio de comunicação que a ditadura lhes legou, nos espaços conquistados, graças ao seu servilismo, no Poder Judiciário, no Legislativo e na burocracia dos Executivos”.

“Movimentos” procura ainda associar o pré-candidato tucano José Serra, acreditem, ao ambiente que resultou no golpe de 64. É verdade! Serra era presidente da UNE, foi perseguido e teve de se exilar. Em 1973, teve de fugir do Chile por causa do golpe de Pinochet.

Na página 7, manda ver: “É Dilma ou barbárie”, ecoando, de modo bucéfalo, o “socialismo ou barbárie”, da revolucionária Rosa Luxemburgo. A expressão deu nome a um grupo da esquerda francesa. Como se nota, a palavra “Dilma” está no lugar da palavra “socialismo”. Pode-se entender que ela é o socialismo possível hoje — e a boa notícia, no caso, é que isso dá conta do estado em que se encontra o socialismo…

Um partido que associa uma das vítimas do golpe de 64 a um ambiente supostamente golpista que haveria no país evidencia que não estamos diante das opções “Dilma ou barbárie”. Nesse caso, sou obrigado a concluir que “Dilma É a barbárie”.

Vamos adiante nos desdobramentos lógicos do jornal petista, assinado pelo presidente do partido. Se o ambiente que temos aí — com liberdade partidária, liberdade de organização, liberdade de expressão, Poderes no pleno gozo de suas prerrogativas e imprensa livre — é golpista, é manifestação prévia da barbárie, então Dilma Rousseff é a opção para acabar com essa bagunça. Os petistas contam com a vitória de sua candidata para pôr um fim a essa zorra. Logo, conclui-se que Dilma está se candidatando a dar um golpe nas instituições, em nome do PT, tão logo isso seja possível.

E vejam lá que o Judiciário também está na mira.
As palavras têm sentido. O PT confessa, com o seu jornal, que a democracia que está aí não lhe serve. Isso faz do PT um partido golpista.

COMENTO

BEM AMIGOS, NA VERDADE A “MÍDIA GOLPISTA DO PT” QUER BOTAR UMA CORDA NO PRÓPRIO PESCOÇO, É ISSO AÍ, CERTO?

Algumas entidades que representam os grupos de comunicação petista, resolveram, como naquela música de Gonzaguinha que traz um dos mais espantosos versos da língua, “pôr a dita-cuja na janela para que passem a mão nela”. Por que isso? Na terça-feira, em conferência na Câmara, informaram que estudam a criação de um código de auto-regulamentação. É mesmo, é? Agora? Em meio à gritaria dos bandidos petralha contra a “mídia”, a “imprensa golpista” e boçalidades do gênero? Fica parecendo admissão de alguma culpa, que não existe. Até porque o PT não está interessado em regulamentar coisa nenhuma! Não gosta de notícias negativas, certas ou erradas, e aplaude as notícias positivas, mesmo que sejam certas ou erradas.

O corrupto partido vem reclamando, alguma vez, das revistas, sites, blogs e jornais que reproduzem as verdades eternas da estúpida legenda, muitos deles sustentados pelo leite de pata da propaganda oficial e das curruptas estatais? O PT tentou censurar a imprensa por meio do Conselho Federal de Jornalismo, tenta conduzir a pauta por meio da distribuição dirigida do capilé oficial e agora propõe às empresas de comunicação que debatam as virtudes da autocensura, inclusive na internet.

Falar em auto-regulamentação agora corresponde a uma espécie de concessão a um bando de censores canalhas petralhas enraivecidos, que odeiam a imprensa livre. Ela funciona e é necessária na publicidade? Parece que a resposta é “sim” e “sim”, mas são atividades diferentes. A imprensa séria tem na publicidade a sua fonte de financiamento, mas seu objetivo primeiro não é vender produtos, mas fazer circular informações e idéias. Há canalhas no jornalismo e nas empresas jornalísticas? Certamente! Há canalhas em todo lugar, inclusive na facção criminosa do PT é o que mais tem.

A MEGA GUERRILHEIRA DILMA E O CAVALO DE TRÓIA

À ABOMINÁVEL pré-candidata dos PETRALHAS à Presidência, Dilma Rousseff, foi na terça-feira à noite a um encontro com Michel Temer (PMDB), presidente da Câmara, declarar a sua rendição. Mas não bastou. Saiu do encontro sem o “sim” definitivo. A mercadoria já subiu de preço. E isso começa a revelar o chamado “CUSTO PMDB”, que também pode ser chamado de “Risco Dilma”.

Depois de MOLUSCO ter sido malsucedido na tentativa de sabotar a candidatura de Temer do (PMDB UM PARTIDO DE ALUGUEL) a vice na chapa encabeçada pela guerrilheira Dilma, restou aos petistas fazer o “convite”. Os peemedebistas exigiram o ritual de humilhação. Afinal, era preciso que uma coisa ficasse muito clara: entre as facções dos PETRALHAS e PMDB, quem não tem opção é o partido do Molusco. O outro sempre pode bandear-se para o lado do tucano José Serra, como farão alguns diretórios regionais, levando consigo seu latifúndio televisivo. O PT lideraria, nessa hipótese, uma coligação de nanicos ou quase-nanicos. E ficaria ainda mais dependente do “fator Molusco/Petralha/Bolivariano”.

Os peemedebistas sabem que seu apoio não tem preço — ou melhor: tem um preço enorme. Nesse particular sentido, a boa largada do tucano e a impressionante soma de trapalhadas da petista fazem o PMDB super valorizar ainda mais a mercadoria. Na sua habitual arrogância, Molusco e os petistas acreditaram poder engabelar Temer, Zé Sarney, Zé Renan e os moralistas do gênero e impor uma solução "Macabra", Henrique Meirelles — uma espécie, assim, de PMDB sem peemedebismo. Deu errado, como se sabe.

MAIS BANDIDAGENS: Relatório da PF mostra ação de Tuma Jr. para liberar contrabando de chinês

Rodrigo Rangel - O Estado de S.Paulo

Relatório de inteligência da Polícia Federal obtido pelo Estado coloca o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, como suspeito de ter usado o prestígio do cargo para liberar mercadorias apreendidas de um chinês investigado por contrabando e evasão de divisas.

A suspeita é baseada numa sequência de telefonemas em que Tuma Júnior e seu braço direito no Ministério da Justiça, o policial Paulo Guilherme Mello, o Guga, tratam de assuntos de interesse do chinês Fang Ze, apontado nas investigações como integrante da rede de negócios de Li Kwok Kwen, ou Paulo Li, o homem que a PF diz ser um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

O relatório de inteligência aponta “possível comprometimento de Romeu Tuma Júnior com Fang Ze”. E diz que o secretário se vale do assessor Mello “para resolver eventuais problemas que lhe possam incriminar”. A PF sustenta que, a mando de Tuma Júnior, Mello fez contato com o Fisco de São Paulo para liberar mercadorias de Fang Ze. As conversas sobre o assunto foram interceptadas com autorização da Justiça.

Num dos diálogos, em 2 de julho do ano passado, Mello telefona para um servidor de nome Ricardo e cobra uma solução para o caso: “Eu tô aqui com o chefe, ele tá me cobrando aquele… aquela posição daquele negócio lá, rapaz, do… que eu te pedi lá com o inspetor lá”. “Qual? Do japonês lá não sei o quê?”, pergunta o funcionário.

O assessor de Tuma volta a telefonar. Dessa vez, passa o nome da empresa de Fang, a V-Top Decorações, e seu CNPJ. “Esse aí você já tinha pedido pra ver?”, indaga Ricardo, indicando que essas ações eram corriqueiras.

Em seguida, Mello cita o secretário nacional de Justiça como interessado na liberação das mercadorias. “Você me ligou, me apresentou pro cara lá, ainda cê falou que era pedido do Tuma, aí o chefe tá me atazanando a vida aqui”, diz o assessor do secretário, que relata o problema: “De fato eles suspenderam e tudo, mas não devolveram o material do cara”. Ricardo promete cuidar do assunto. “Vou dar uma olhada, então.”

O Estado identificou o funcionário como Ricardo de Mello Vargas, delegado de Polícia Civil lotado na Divisão de Crimes Contra a Fazenda. Indagado sobre os diálogos, ele confirmou ter recebido o pedido, mas negou ter solucionado, como queriam Tuma e o assessor. “Sempre falo que vou ver, mas não faço nada. Nem conheço esse chinês.” Num dos contatos, o delegado usa o telefone da Secretaria Estadual de Fazenda, onde funciona a divisão.

COMENTO

ERENICE VAI À GUERRA ELEITOREIRA EM DEFESA DA GUERRILHEIRA!!!!

O anúncio feito ontem pela ministra Erenice vai à Guerra (!), da Casa Civil, do PNBL (Plano Nacional de Bandalheira Larga) revela o governo "MOLUSQUIANO" no seu estado de arte. Tratou-se de mera campanha eleitoral. E das mais vulgares. Faz sentido. A experiência máxima de Erenice, até agora, nos altos assuntos da República foi revelada por seu envolvimento com aquele dossiê fajuto contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher, Ruth Cardoso, uma das pessoas mais dignas que já pisaram em Brasília. Com a mesma ética com que se fabrica uma coisa, pode-se fabricar outra.

Erenice vai à guerra eleitoral. Até agora, não há plano nenhum nem se conhece o decreto de reativação da Telebras. A única coisa que o governo conseguiu ontem foi dar seqüência ao plano de valorização do papelório da Telebras — uma das fases dessa curiosa engenharia contou com a assessoria do sempre solerte José Dirceu, apontado pelo Procurador Geral da República como “chefe da quadrilha” do mensalão.

O fantástico avanço que houve da telefonia e do serviço de transmissão de dados no Brasil está ancorado em lei: a Lei Geral de Telecomunicações e a Lei de Licitações. No anúncio e dos discursos, fica claro que o governo pretende que a estatal concorra com as operadoras privadas. É? Participou de leilões? Recebeu concessões? Está subordinada às regras que valem, então, para as suas concorrentes?

Por enquanto, no que tem de firula, o Plano Nacional de Bandalheira Larga só vai servir à campanha eleitoral; no que pode ter de sério, vai compor parte da herança maldita e amaldiçoada do Molusco da Silva.

Saudação CEARENCE ao Brasil e ao Nordeste...
Olá meus amigos, internautas do Brasil; olá, internautas do Nordeste! Olá, internautas do lado de cá e do lado de lá da ponte. As bandidagens neste corrupto governo continuam a "todo vapor"!

"E no meio de tanto banditismo institucionalizado e tanta corrupção edêmica estão nossas Forças Armadas, totalmente desarmadas definhadas, desmanteladas e sucateadas, militares flagelados por dois dos maiores caudilhos da história da humanidade FHC e Molusco.
As PECs 300, 245/249 e a MP 2215-10, o corrupto governo, por ter a maioria, não deixa que sejam votadas no Congresso Nacional.

Somente por meios mais ortodóxo e radical, vamos conseguir mudar esse quadro, lastimável e caótico, certo?
E lembrem-se que Petralhas, Tucano e PMDB, fazem parte da mesma facção nojenta e exacerbadamente criminosa, assim como as outras facções da base aliada deste corrupto e nocivo governo dos amaldiçoados e bandidos Petralhas".

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

Lula manterá Tuma Jr. em cargo se não surgir fato novo
KENNEDY ALENCAR,F. AMATO, L. FERRAZ
da Sucursal de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá manter Romeu Tuma Jr. no cargo de secretário nacional de Justiça. Nas palavras de um ministro, só um "fato novo" poderia levar Lula a demiti-lo.

Investigação da Polícia Federal obteve gravações telefônicas e troca de e-mails entre Tuma Jr. e Li Kwok Kwen, o Paulo Li, que foi preso em 2009 sob acusação de contrabando.

Nas gravações, Tuma Jr., que também é presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, trata da compra de um celular, de videogame e até de regularização da situação de chineses que viviam clandestinamente em São Paulo. Embora tenha sido flagrado nos grampos da PF, o secretário não foi alvo do inquérito.

Na visão presidencial, não há nessa investigação uma ilegalidade cometida por Tuma Jr., a quem o presidente considera "um bom policial", de acordo com um auxiliar direto.

Lula se considerou satisfeito com as explicações de Tuma Jr., oferecidas anteontem, quando o jornal "O Estado de S. Paulo" divulgou reportagem vinculando-o à máfia chinesa.

No entanto, o presidente pediu ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que buscasse mais informações. Até ontem, Barreto não obtivera, segundo a cúpula do governo, um dado que comprometesse Tuma Jr. Barreto confirmou ontem em Buenos Aires que fez à PF "um pedido formal de informações" sobre o caso, "a fim de poder fazer uma avaliação mais precisa", mas descartou afastar Tuma Jr. imediatamente.

A Folha apurou que o presidente deverá voltar a tratar do tema hoje com o ministro. Sem o tal "fato novo", a posição presidencial será manter Tuma Jr. Se surgir algo desabonador, o secretário perderá o cargo.

Um ministro disse que, no máximo, houve um pedido de favor de Paulo Li, mas não uma ilegalidade. Segundo ele, ficaram claras as relações de amizade da família Tuma com Li.

Sobre a prisão de Li em 2009 sob acusação de contrabando, um auxiliar direto do presidente diz que Tuma Jr. não pode ser demitido por ter trocado telefonema e pedido favores. O ex-ministro da Justiça Tarso Genro disse ontem, em Porto Alegre, que as gravações de conversas de Tuma Jr., "se forem verdadeiras", o "inabilitam" para o cargo.

"Piratas"

Por telefone, Tuma Jr. disse ontem conhecer Li há 30 anos e nunca ter comprado produtos piratas. Afirmou ter ficado surpreso quando Li foi preso.

"Nunca imaginei isso. Como vou cuidar ou saber o que meus amigos fazem? Muitas vezes não tenho condições de saber o que minha filha está fazendo."

Li conheceu Tuma Jr. quando este ainda era adolescente. Eles trabalharam juntos --Li o assessorou na Assembleia de São Paulo quando o filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP) era deputado estadual. "Não há nada contra mim. Não cometi nenhum crime. Não fui nem sequer denunciado."

Sobre a conversa em que trata com Li de mercadorias, o secretário, responsável no governo por combater a pirataria, disse não haver ilegalidade.

"Não há nada demais. Consultei algumas coisas com ele, coisas de amigo para amigo. Nem sei se existe esse videogame pirata. O videogame foi comprado e há nota."

O secretário ocupa um dos cargos mais importantes do Ministério da Justiça.

A Secretaria Nacional de Justiça é responsável por assuntos que tratam da situação de estrangeiros, da repatriação de dinheiro de brasileiros bloqueado no exterior e da lavagem de dinheiro. Tuma Jr. garante que não deixa o cargo. "Posso cometer erros, mas não crime. Ninguém está acima da Justiça."