sábado, 1 de outubro de 2011

CEARÁ TAMBÉM DOMINADO POR BANDIDOS

Por Cardoso Lira

Muito bem, mais sujeiras no país dos petralhas; não faz nem um mês que, o nocivo, caudilho, déspota, sanguinário e governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), declarou, por conta da atual greve de professores que exigem melhoria salarial em seu estado, que “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”. Bem sintomático e direto o "monstro ditador", não é mesmo?

Vamos aos fatos, no dia 1º de maio de 2008, depois de estourar escândalo em uma das muitas viagens do abominável e estúpido, chefe do Executivo cearense que foi para a Europa (em jatinho pago com dinheiro do contribuinte), toda a mídia nacional veiculou absurdos praticados por sua excelência. O jornal O Estado do Paraná apontou, em editorial, a prática nefasta de ilegalidades e crimes com o dinheiro público.

“O apedeuta governador do Ceará, Cid Gomes, filiado ao PSB como seu irmão e provável candidato à Presidência da República Ciro Gomes, gosta de viajar pelo Brasil e pelo mundo em jatinhos alugados, levando consigo secretários de Estado, outros auxiliares e também suas esposas. Na viagem que fez à Europa, durante o carnaval, levou também a SOGRA.”

No Ceará, Estado que propicia o “dolce far niente” da mais alta autoridade local, os professores estão agora apanhando da polícia por não quererem dar aula por gosto e exigirem remuneração digna, compatível com sua classe social e que lhes permita pagar as contas pessoais e cuidarem de suas famílias. Dinheiro existe, o problema é que as “autoridades” carregam tudo, assim como no PT, por aqui não é nada diferente.

O Estado brasileiro caminha para catástrofe! Qualquer dia a insatisfação deverá explodir nas ruas. Mesmo com um povo tão manipulado (de forma nenhuma poderá se chamar de “dócil” uma sociedade que assassina cerca de cem mil pessoas por ano), manietado por novelas, pornografia e futebol, corrupção e muita bandidagem política.

Com as Forças Armadas totalmente definhadas e os militares passando fome, o limite do tolerável, será aquele promovido pelo colapso econômico. Quando faltar comida para a maioria, o pau vai quebrar, ora se vai! Mesmo dentro de estrutura administrativa dominada por larápios, bandidos e assaltantes dos cofres públicos que carregam tudo de forma escancarada. Quem denuncia corre o risco de amanhecer com a boca cheia de formigas.

Isso não vai acabar bem, a desmoralização do Estado de direito, atravessa todos os poderes da república. Recentemente, a juíza Patrícia Acioli foi assassinada no Rio de Janeiro e o ex-comandante de Batalhão da PM foi preso, acusado de mandante do crime. A juíza foi eliminada por PMs que se encontram presos, flagrados por câmeras em investigação detalhada.

Mas o pior de tudo mesmo, na semana que passou, foi saber que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos do PT, juntamente com a sua senhora mãe, Ana Arraes, “já pagaram cerca de R$ 300 mil em verbas públicas a uma locadora de automóveis de uma filiada ao PSB”. Sem contar o dinheiro pago pela representação do Estado em Brasília.

Ana Arraes foi eleita para o TCU – Tribunal de Contas da União, para cuidar de quê? Do erário público! Além de filiada ao partido do governador e de sua mãe, a dona da locadora é filha de um ex-motorista do falecido pai da deputada, Miguel Arraes. A locadora não dispõe de site na internet, telefone para contatos nem veículos, nada.

E ainda o mais impressionante de tudo é que no cabeçalho das mensagens enviadas pelo fax da locadora aparece o nome do abominável petista “Eduardo Campos”. Em qualquer país com um mínimo de vergonha, que tivesse um povo, em vez dessa massa amorfa manipulada, o governador seria afastado e a indicação de Ana Arraes para o TCU seria anulada.

Mas como nada disso vai acontecer, a sujeira vai continuar a nova eleita irá cuidar do dinheiro público. O que se sabe é que um dia, tudo isso irá acabar muito mal. Não resta a menor dúvida. Certo?

No entanto as digamos "autoridades" do nosso país estão lenientes com todos crimes, com esse banditismo institucionalizado e essa corrupção edêmica, que tanto assola nosso país; ou seria o país dos petralhas?

Postado pelo lobo do mar.

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

Abreu (PSD-TO), na Folha de São Paulo:

Há dois tipos de constituição democrática. Umas definem apenas a forma de organização do Estado, as limitações dos seus poderes e os direitos e garantias dos cidadãos. Esse tipo de constituição estabelece princípios gerais que, por sua natureza, são perenes e resistem às mudanças históricas porque refletem sentimentos permanentes dos homens. Essas constituições não precisam ser mudadas com frequência e servem aos povos por longos períodos. O exemplo é a Constituição americana, em vigor desde 1787.

As constituições do segundo tipo, além dos princípios gerais, tratam de regular numerosos aspectos da vida das nações. Essas, inevitavelmente, trazem a marca transitória da época em que foram escritas e, com o passar do tempo, tornam-se anacrônicas ou mesmo inaplicáveis. É o caso da do Brasil. A Constituição brasileira é excessivamente detalhista, regulando minúcias da vida social, segundo a visão dominante em 1988. Ela se estende por 250 artigos, mais centenas de parágrafos, incisos e alíneas, compondo, ao final, muitas centenas de dispositivos que dominam o sistema legal e só podem ser alterados por três quintos dos deputados e dos senadores, em dois turnos de votação. A isso acrescentemos 97 artigos das Disposições Transitórias, com status constitucional e efeitos duradouros. Não seria exagero afirmar que os constituintes quiseram petrificar o direito para o tempo futuro e impor às gerações vindouras a sua visão particular do mundo e da história.

A Constituição brasileira, não obstante seus grandes méritos como diploma democrático, envelheceu precocemente. As mudanças que ocorreram no mundo e no Brasil, entre 1988 e hoje, foram grandes demais.Parece que um século inteiro se passou nessas duas décadas. Os grandes princípios democráticos e os avanços sociais inscritos na Carta continuam válidos, e ninguém deve alterá-los. São cláusulas de pedra que servirão ainda a muitas gerações. Mas há muita coisa na Constituição que se tornou um obstáculo a uma gestão racional do Estado e ao equilíbrio entre direitos e deveres. Por isso vivemos em um estado de permanente revisão constitucional.

De 1992 até hoje, já foram aprovadas 73 emendas constitucionais. De 1989 até hoje, foram propostos ao Congresso 4.666 projetos de novas emendas para reformar a Constituição, dos quais 2.210 ainda estão em tramitação. Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal deu provimento a 757 Ações Diretas de Inconstitucionalidade, tendo ainda provido, em parte, outras 203. Neste momento, 1.116 Adins aguardam julgamento. Há, portanto, uma revisão constitucional em andamento, por diversos meios e de um modo assistemático e desordenado.

As ideias dominantes sobre o funcionamento do Estado, da economia e da sociedade no Brasil de 1988 já não existem mais, não servem mais. O mundo todo mudou. Nada está mais no lugar. O Brasil será certamente um grande protagonista do novo mundo, mas, para isso, precisamos de um Estado muito diferente do que foi cristalizado pelas ideias da Constituição brasileira. Reformar a Constituição pelos ritos convencionais é uma tarefa que não terá fim. O Congresso tem outras tarefas e não pode concentrar-se nesse objetivo com exclusividade. Além disso, para uma reforma em grande extensão, o corpo legislativo precisa de uma legitimação que só uma eleição específica pode conferir.

A Câmara Revisora Constituinte não pretende ser uma assembleia de sábios. Esse tipo de assembleia só pode existir na imaginação, nunca no mundo real. Muito menos no mundo da democracia. Mas ninguém pode contestar que uma assembleia composta de homens que não estão envolvidos com carreiras políticas e que não precisam se reeleger tem muito mais possibilidades de responder apenas perante à nação em geral do que aos interesses particulares e às corporações de todo tipo que controlam nossa vida pública. Por que esperar por uma ruptura ou um desastre para fazer o que é preciso? Por que não fazer isso em tempos de paz?