Por Cardoso Lira
O Antigo Testamento cobre milhares de anos de história. O objetivo é proporcionar uma visão panorâmica dessa história, trazendo assim uma melhor compreensão dos fatos registrados nos livros sagrados antigos. Quando lê-se o livro de Ester é quase impossível ter idéia de quando os fatos ali narrados ocorreram, visto que o livro não traz pormenores acerca do seu contexto histórico e o pouco que traz está dissimulado atrás de nomes alternativos, que de outra forma poderia estabelecer uma correlação com algum outro livro ou fato. O rei Assuero, que aparece na narrativa inicial do livro de Ester, não aparece com este nome em nenhum outro lugar do Antigo Testamento, muito embora seja mencionado em outros textos.
Assim, é imprescindível um conhecimento básico da história do Antigo Testamento. Um dos meios mais práticos de obteremos este conhecimento panorâmico do Velho Testamento é o estudo das Dispensações, ou melhor, das cinco primeiras dispensações, visto que as outras duas já estão localizadas no Novo Testamento. Quais são as dispensações que cobrem o período do Antigo Testamento? São elas: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa e Lei. As duas outras, Graça e Milênio estão relacionadas ao tempo presente, o tempo da Igreja ou dos gentios e ao final dos tempos, no reino messiânico sobre a terra.
Todas as dispensações apresentam um programa que é basicamente o seguinte:
a. Uma revelação da vontade de Deus para o homem
b. O juízo divino sobre a desobediência a esta revelação
Inocência: Gênesis 1.1-3.24
Este pode ser o maior dos períodos do Antigo Testamento ainda que compreenda apenas os três primeiros capítulos de Gênesis, desde a Criação até a queda Adão. O período histórico é extenso principalmente pelo fato da crença quase que universal que os dias da criação não eram dias comuns, mas sim eras de milhares e milhares de anos, conforme subentendido pelo significado hebraico do vocábulo “YOM”, dia. Este é um fato que pode ser comprovado até mesmo no próprio Gênesis, se comparamos Gn.2.4 com o capítulo 1.
A determinação divina neste período para o homem, no caso Adão era: Não comerás do fruto da árvore da vida. O juízo seria: Porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás.” Além disso, Adão fora posto no jardim com o propósito de lavrar a terra e cuidar do jardim (Gn. 2.15) e, implicitamente, cuidar de sua família, composta até este instante dele e de sua esposa. Mas Adão desobedeceu as determinações divinas e o resultado foi a sua expulsão do paraíso, do jardim do Éden. As consequências do seu ato foram funestas, tanto para si, como para toda a raça humana.
Os principais fatos deste período são:
a. Criação do universo
b. Criação da terra e dos animais
c. Criação do homem
d. Instituição do matrimônio e da família
e. O primeiro pecado: Queda do homem
f. A primeira promessa messiânica: a semente da mulher
g. Instituição dos sacrifícios expiatórios
h. Maldição da serpente, da mulher, do homem e da terra.
Consciência: Gênesis: 4-8
Tendo agora consciência do pecado e do mal que ele representava, coube ao homem escolher entre o bem e o mal. Ao seu lado ele tinha sua consciência que acusava-o o aprovava-o em suas atitudes. Mas o resultado era de se esperar: longe de Deus, o gênero humano mergulhou num profundo processo de degradação moral, a ponto da própria linhagem santa se misturar com os pecadores. Diante do quadro de total depravação humana Deus anuncia o Dilúvio e chama a Noé. O juízo se deu na forma do Dilúvio e a vida que havia no seco foi varrida da face da terra. Somente Noé e sua família foram tidos por dignos de serem poupados.
Os principais fatos da Consciência são:
a. O primeiro homicídio
b. O primeiro polígamo
c. A corrupção do gênero humano
d. A separação de uma família
e. O dilúvio: as primeiras chuvas
O Governo Humano: Gn. 9-11
Com Noé Deus estabelece um novo pacto, no qual cabia ao homem espalhar-se sobre a face da terra, habitá-la, dominá-la e multiplicar-se nela; uma clara repetição dos primeiros propósitos revelados a Adão. Deus cooperaria com o homem, no sentido de que haveria nos animais o pavor do homem e assim o homem não seria dizimado pelas feras, que certamente haveria de proliferar-se rapidamente nesta nova fase do mundo.
Estabelece-se a pena capital para os crimes de sangue, sendo que ao homem foi dado autoridade para vingar a morte de alguém, ferindo da mesma forma ao agressor. Mais uma vez o homem falhou no cumprimento das prescrições divinas e o juízo se fêz manifestar na confusão das línguas de Babel. Este juízo provocou a dispersão da raça humana pela terra e assim surgiram as nações antigas do mundo.
Os destaques deste período foram:
a. O pacto noaico
b. A instituição da pena capital
b. Babel: desobediência e juízo
Promessa: Gênesis 12-50
Deus criou um homem à sua imagem, reto e este falhou. Deus recomeça seu plano de redenção da humanidade separando uma família, a de Noé, o homem falha novamente. Uma terceira tentativa é feita por Deus. Desta vez, comprometido com o pacto noaico, Deus não pode enviar um outro Dilúvio, muito embora a terra estivesse em situações semelhantes e um tanto pior, visto que após o Dilúvio formaram-se as religiões idólatras. Assim, uma nova etapa da redenção começa: Deus agora elege, segundo a graça, um homem, Abrão e o chama para fora do mar de corrupção em que vivia. Deste homem Deus que formar uma nação sacerdotal com propósitos especiais. Abrão sai de Ur dos Caldeus apenas impulsionado por uma palavra vaga, que exigia dele toda a sua fé: “Vai para a terra que eu te mostrarei.” A promessa para a obediência era enorme e de alcance mundial (Gn. 12.1-3). Abrão passa pelos testes que lhe são impostos da parte de Deus e é aprovado. Assim ele recebe a promessa da terra de Canaã para a sua semente. O único inconveniente era que a sua semente seria peregrina em terra estranha, onde sofreria os revezes da escravidão. Tudo isto, porém, com propósitos definidos.
Na Promessa temos como fatos mais importantes:
a. Abraão: o canal de benção para o mundo
b. Nasce o povo da redenção: da semente da mulher, da semente de Abrão.
c. A promessa da terra
d. Formação do povo: primeira parte
A Lei: Êxodo a Malaquias
Esta dispensação é a mais rica em fatos e elementos, bem como em informações. O povo de Israel, que havia descido ao Egito com 70 almas, tornou-se uma grande nação, capaz agora de subjugar os cananeus que estavam na terra da promessa. Esta nação, porém, não conhecia o seu Deus perfeitamente (Êx. 6.3) e agora Deus chama um outro homem, Moisés, preparado de sob sua especial supervisão para libertar o seu povo, o povo da redenção, da escravidão egípcia. Este homem, preparado para ser um Faraó detinha certamente capacidade suficiente para a realização da empreita que lhe seria confiada, porém, apenas a formação humana e secular era insuficiente e ele necessitou de mais uma etapa de aprendizado, no deserto, onde encontrou-se com o Senhor face a face.
A primeira parte da formação do povo estava completa. A nação judaica, tendo como tutora uma das maiores nações do mundo da época, estava pronta para passar à segunda fase do processo de formação. Eles eram um povo, mas ainda não tinham leis, não tinham líder, não tinham terra e, principalmente, não tinham um sistema padronizado de culto como as demais nações, apesar de idólatras, possuíam. Moisés foi o grande líder levantado por Deus, mediante quem Ele entregou ao povo de Israel as Leis que viriam regulamentar sua vida espiritual, moral e civil. Estas leis foram ensinadas ao povo enquanto estavam marchando para Canaã e, uma vez, lá estaria concluído o processo de formação do povo da redenção, o povo de Deus.
Israel em Canaã
Uma vez na terra prometida por Deus este povo passou por etapas diversas. Um resumo histórico deste período é o seguinte:
a. O período das conquistas: sucessos e fracassos
O fracasso de Israel em Canaã se deu por causa da desobediência do povo na subjugação dos cananeus. Deus havia feito advertências quanto às consequências que se seguiriam se estes povos não fossem completamente exterminados. Os cananeus fizeram errar a Israel, e com isto muitos infortúnios sobrevieram à jovem nação. Israel somente foi derrotado em momentos que se encontrava longe do seu Deus, doutra forma nenhum inimigo susteve diante dele.
b. O período dos juízes: anarquia, opressão e livramento
Estes personagens, dentre os quais temos alguns famosos como Sansão, eram os chamados SHOPHETIM. Estes homens eram mais que árbitros, constituindo-se em libertadores do povo, defensores de uma causa, responsáveis muitas vezes pela soberania da nação judaica. Eram líderes que acumulavam funções civis e muitas vezes também funções religiosas, como no caso de Samuel. Carismaticamente dotados pelo Espírito Santo para reger a nação em tempos de crise. O termo “juízes” é usado em escritos antigos dos cananeus como um sinônimo de rei.
O período regido por estes homens compreende o espaço de tempo entre a morte de Josué e a subida de Saul ao trono. Estes primeiros 300 anos na terra prometida foram uma alternância de opressão e livramento. Um período de grandes proezas. Agora que se achava em sua terra, a nação carecia de um governo forte. Era uma confederação de tribos independentes sem nenhum elemento unificador, exceto o seu Deus. O próprio livro de Juízes, que herda o seu nome destes personagens, afirma que “…nåo havia rei em Israel e cada um fazia o que parecia bom aos seus próprios olhos…”. Enfim, uma anarquia, muito embora diga-se que tratava-se de uma Teocracia. E na realidade deveria ser, se o povo levasse Deus a sério.
c. A fase de transição sob Samuel
A transição da Teocracia para a Monarquia em Israel se deu durante o tempo em que Eli e Samuel atuaram como Juízes. As condições do povo não mudara praticamente nada desde o tempo dos últimos Juízes, seja no aspecto social ou espiritual. O povo ainda continuava debaixo da opressão estrangeira e desta vez eram os filisteus que estavam às fronteiras do país ameaçando a soberania nacional.
O culto cananeu ainda permeava fortemente a vida religiosa do povo fazendo-o cair cada vez mais longe de Deus. Consequentemente estavam sofrendo as consequências de seus atos na forma da opressão da Filístia e aridez espiritual.
Neste contexto surgiu Eli, o qual centralizou a vida espiritual em Silo, onde estava o Tabernáculo. Porém, sendo fraco na liderança e tendo falhado na educação de seus filhos, os quais o sucederam no sacerdócio, perdeu o respeito das tribos, que murmuravam constantemente contra os atos irreverentes dos filhos do juíz.
Na velhice de Eli, quando já parecia que a sorte do povo era ficar debaixo da liderança corrupta de seus filhos, entra em cena Samuel. Filho de Elcana e Ana, foi consagrado ao Senhor pela sua mãe, a qual era estéril e orou insistentemente ao Senhor pela sua cura. Samuel, desde sua meninice, demonstrou sensibilidade a voz de Deus e cedo foi comissionado a advertir Eli de sua sorte.
O clímax deste período foi a derrota de Israel para os filisteus. O povo se tornara místico em sua relação com Deus e acreditavam que a simples presença da arca poderia livrá-los da derrota. mas Deus não se vende e os israelitas, além de sofrerem terrível derrota, tiveram a arca capturada pelos inimigos. Os dois filhos de Eli foram mortos na batalha. Chegada a notícia à Eli, estava este assentado à porta. Ouvindo-a, caiu para trás e, quebrando o pescoço, pereceu. findava laconicamente o juizado de Eli.
Samuel, desde os primeiros dias, incentivou o povo e conseguiu que abandonassem a influência religiosa cananéia. A grande diferença entre Samuel e os demais Juízes, é que este conseguiu dar ao povo uma certa unidade e as escaramuças envolvendo as tribos, mui comuns no livro dos Juízes, desapareceram quase que completamente. Desta unidade surgiram vitórias importantes de Israel contra os seus inimigos principais, os filisteus.
Os israelitas, ainda sob certa influência dos vizinhos ao redor, começaram a manifestar o desejo de tornarem-se uma monarquia. Isto fica bem claro no texto de I Sm. 8.1-4. Diversas razões foram apresentadas pelos líderes do povo para justificar este desejo. O primeiro e que de certa forma era justo era o fato de que, Samuel estando já velho nomeara seus filhos em seu lugar. Seus filhos, porém, a exemplo dos filhos de Eli, tornaram-se corruptos, não seguindo o bom exemplo de seu pai. Além disto, o povo desejava ser como as demais nações vizinhas, as quais todas eram lideradas por um rei. Edom, descendente de Esaú já tivera reis antes de mesmo de Israel de tornar um povo.
A atitude do povo desagradou a Samuel, não pelo fato de rejeitarem a seus filhos, mas sim esta atitude caracterizava a rejeição do governo teocrático. Eles desejavam um rei para que este os liderasse nas batalhas, mas Deus não fizera isto tantas vezes no passado? Mas como o povo recusou-se a ouvir Samuel, que expôs claramente tudo o que um rei exigiria do povo, este obedeceu a Deus e determinou-lhes um rei.
Apocalipse
O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João), é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico.
A palavra apocalipse, do grego apokálypsis (termo primeiramente usado por F. Lücke,[quem?] em 1832), que significa "revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações. Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do mundo".
Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de "Har Meggido" (a colina de Meggido). Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Meggido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.
Com a chegada no poder de muitos ditadores no planeta terra, a grande batalha final está bem próxima.
Apocalipse, e Lavagem Cerebral
Muito bem,o verdadeiro, autêntico e significado etimológico da palavra teocracia é “governo de Deus”, a realização do reino dos céus entre os homens, para o que Jesus recomendou orações ao Pai. Seria o governo ideal – democracia organizada, em harmonia com os princípios amorosos do evangelho. É isso, historicamente não é bem assim, as experiências conhecidas revelaram a usurpação do governo por uma casta sacerdotal, no exercício do poder político temporal, despótico e exacerbadamente distante da população.
Esta é a teocracia dos aiatolás no Irã, mas também tem seus fundamentos próprios, o objetivos na ordem jesuítica adotada pelos comunistas da Onu, uma quimera recheada de imoralidade e desprezo à vida, ódio aos homens comuns que constroem a riqueza e obedecem às leis universais da natureza, que oferece a reprodução do trigo, do feijão e dos frutos, homens hoje considerados “bocas inúteis”, para os que esquecem que suas panças são alimentadas pelas mãos e suor dos que lidam com a terra, amando-a e agradecendo por cada nova safra.
Sem grandes estardalhaços e poucas variações, o que encontramos na história encarnando as ideologias, religiões e as corporações de propriedade das 300 famílias que decidem sobre a vida ou morte no planeta, são os nomes de super conquistadores ferozes, ganânciosos e anômalos mobilizando forças humanas, materiais e intelectuais, armadas com as mais avançadas tecnologias para matar.
Assim foi no tempo de Alexandre, no tempo de expansão do Império Romano, no tempo de Napoleão, depois com a revolução bolchevista sob Lênin e Stalin e mais recentemente com a imposição do modelo dito democrático, pelo império norte americano, secundado pelos europeus. O objetivo de todos tem sido o mesmo: submeter e unir todas as nações sob um só império. E nos laboratórios da Onu já inventaram a religião da nova ordem econômica mundial, que irá ditar as regras nos próximos anos.
E assim caminha a humanidade, sempre a mercê de grandes déspotas.
No Brasil temos uma "Cleptocracia".
3 comentários:
Depois de afundar, a oposição quer refundar o partido.
Com uma oposição medíocre, o PT crece e cada vez vai roubar mais.
Financial Times chama Dilma de hipócrita.
O jornal Financial Times ironizou nesta terça-feira os conselhos fiscais que a presidente Dilma Rouseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vêm dando ao mundo desenvolvido para resolver a crise. "Soa um tanto hipócrita", afirma o blog beyondbrics. O texto, de Samantha Pearson, se refere principalmente às declarações de Dilma ontem em Bruxelas, na Bélgica. "Sim, você leu certo. O país que está em 152º lugar no ranking do Banco Mundial por seu pesado sistema tributário está dando conselhos sobre impostos restritivos." O jornal também mostra a contradição entre o discurso de Dilma contra o protecionismo na ONU e a elevação do IPI dos carros importados no Brasil, dias antes. O FT também lembra que o Banco Central brasileiro interfere diretamente no câmbio através da compra de dólares, desde o começo dessa crise. Esse seria o motivo do governo ter uma expressiva reserva cambial.
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