Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite,
enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que
entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem
por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando
encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles.
(Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
Mensalão: juizes reforçam atuação do STF e criticam a nota golpista do PT.
A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e a Anamatra
(Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) divulgaram
notas nesta sexta-feira (16) defendendo a atuação do STF (Supremo
Tribunal Federal) no julgamento do mensalão e rebatendo nota divulgada
pelo PT, que acusa a Corte de ter agido politicamente. As duas associações afirmam que a análise do caso é técnica e que tem a
participação de ministros que foram indicados pelo ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma Rousseff, o que "comprova
independência desses ministros em relação a quem os nomeou".
Para a Ajufe, o julgamento é pautado por "respeito aos princípios
constitucionais garantidores de um processo penal justo, especialmente o
contraditório e a ampla defesa", afirma o texto. "Trata-se de
julgamento técnico, tendo todos os votos sido devidamente fundamentados
em seus aspectos fáticos e jurídicos, como determina a Constituição
Federal", completa. Na avaliação da Ajufe, "a irresignação quanto às penas que vêm sendo
aplicadas é perfeitamente compreensível dentro do contexto e, por essa
razão, a crítica do PT deve ser recebida como expressão de
inconformismo, no exercício da liberdade de expressão. Nada mais do que
isso".
A Anamatra afirma que o resultado do julgamento é "técnico" e que os
todos os ministros deram provas "de honradez e correção" durante o
julgamento. "As afirmações do PT quanto a dizer que o Supremo Tribunal Federal fez
da Ação Penal 470 um julgamento político e teoricamente de exceção é do
mesmo modo descabida, na visão da entidade da magistratura do Trabalho,
momento infeliz em que resvala no discurso dos regimes de exceção, como
aquele instalado no Brasil em 1964 e que foi combatido pela atual
presidente da República com sacrifício de sua própria integridade física
e liberdade".
A associação diz ainda que o enfrentamento aos crimes do mensalão, como
peculato e lavagem " é uma conquista para sociedade e uma perda
importante para essas organizações [criminosas] que pilham o patrimônio
público e desfiguram os hábitos da moralidade pública e privada".
"Espera a Anamatra que os bons ventos desse julgamento se espraiem sobre
outras ações idênticas, e com rapidez, não importando a filiação
partidária de outros réus", diz o documento. "E que os erros de alguns
poucos não sirvam para desviar os rumos positivos do Brasil. As pessoas
passam, mas as instituições permanecem".(Folha Poder)
Postado pelo Lobo do Mar
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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
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