Por Jorge Serrão
Além de conter os efeitos do estrago de imagem que o Rosegate já está causando, a prioridade imediata de Luiz Inácio Lula da Silva é fortalecer ainda mais a blindagem ao empreiteiro Fernando Cavendish. Lula sabe que pode sobrar para ele mesmo se o ex-presidente da Delta Construções for alvo de investigações mais profundas sobre a maneira como operou além dos esquemas de Carlinhos Cachoeira.
A Delta de Cavendish foi citada em gravações legais de conversas captadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Por isso, o temor maior dos petralhas é que alguma nova revelação de Cachoeira (que sempre faz ameaças pelos bastidores políticos) demonstre o quão íntima era a ligação entre Cavendish, o governador Sérgio Cabral (RJ) e o ex-presidente Lula. Embora nunca tenha aparecido nas fotos de festejos, Lula sempre foi altamente considerado pela famosa “turma de Paris”.
A empreiteira de Cavendish foi a maior beneficiária de obras do PACo (o conto do Programa de Aceleração do Crescimento) – cuja mãe-gerentona sempre foi Dilma Rousseff. De 2004 até agora, a Delta recebeu R$ 4 bilhões do governo federal. Em 2012, mesmo classificada como “inidônea” no mês de junho, a Delta embolsou R$ 379,2 milhões do governo federal. Em 2011, foram R$ 862,4 milhões. Em 2010, R$ 753,2 milhões. Desde 2007, a Delta também acumulou quase R$ 1,5 bilhão em contratos com o governo do Estado do Rio de Janeiro.
Em nome da blindagem a Cavendish, a Presidenta Dilma será até obrigada a engolir um desafeto pessoal, o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), emplacando-o como líder do PMDB na Câmara dos Deputados. Dilma tem antiga bronca de Cunha pela influência dele nas “estatais” do setor elétrico – principalmente Furnas. Ao bem articulado Cunha se atribui um papel fundamental nos bastidores para cumprir a missão petista de fazer com que a CPI do Cachoeira desse em coisa alguma.
Lula aguarda, tenso, pela quase certa convocação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, para prestar esclarecimentos sobre sua relação pessoal e profissional com Rosemary Nóvoa Noronha, a exonerada chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo.
Comilança
A juventude do Partido dos Trabalhadores promove hoje um jantar, em Brasília, a fim de arrecadar recursos para pagar as multas dos condenados no processo do Mensalão.
O preço dos convites varia de R$ 100 a R$ 1 mil.
O montante arrecadado será entregue para o tesoureiro do PT nacional, João Vaccari.
Haja jantarzinhos...
As multas impostas pelo STF aos condenados na Ação Penal 470 passam de R$ 1,5 milhão.
Dirceu foi condenado a pagar R$ 676 mil.
Genoino recebeu uma multa de R$ 468 mil.
João Paulo Cunha terá de pagar R$ 370 mil.
Casa de Tolerância
Que São Matheus nos proteja do PT.
Marcelo Déda, governador petista, buscou em São Matheus palavras
para defender os mensaleiros condenados do seu partido. Deus não mata,
mas castiga. São Matheus cai bem na boca de um petista não pelo seu
discurso sobre solidariedade, mas sim por ser o padroeiro dos
contadores, oficiais alfandegários, fiscais financeiros, conselheiros
fiscais,
operadores em bolsa de valores,economistas, guardas de segurança de
valores,
coletores de impostos e cobradores de impostos, que foram burlados pela
Quadrilha do Mensalão. Que São Matheus nos proteja do PT.
O governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda, "se solidarizou" com os companheiros de partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, mesmo que não vá ao jantar da "vaquinha".
O governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda, "se solidarizou" com os companheiros de partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, mesmo que não vá ao jantar da "vaquinha".
Para justificar sua solidariedade, o governador citou um trecho da Bíblia: "Há um trecho em Mateus que precisa ser lido com mais frequência. É aquele em que o evangelista diz que Jesus relatara que no final dos tempos ele agradeceria às pessoas que o visitaram quando estavam doente, que foram a prisão quando ele estava preso. Eles dirão: 'Mas eu nunca te vi na prisão, nunca te vi doente'. Ele disse: 'aquele preso a quem foste visitar, aquele doente a quem visitaste era eu'. Isso não precisa ser religioso para entender". Lembrado que Matheus falava dos injustiçados e não de condenados, como foram os mensaleiros, o governador desconversou: "Não vou abrir um debate teológico. Eu não estou abusando de generosidade". (Com informações Do Estadão)
Prestes a ser investigado pelo MP, professor Lula dá uma aula para Haddad e seus secretários
Parece
banal, mas não é. Luiz Inácio Lula da Silva, o “amigo íntimo” de
Rosemary Nóvoa Noronha e homem que pode ainda ser investigado pelo
Ministério Público no caso do mensalão, visitou a sede da Prefeitura de
São Paulo. Até aí, tudo bem! Poderia ser só uma conversa de cortesia com
Fernando Haddad, o prefeito coxinha, o preferido dos jornalistas e das
jornalistas com vocação para o social, mas sem perder o lado socialite.
Mas não foi isso, não. Ele manteve um
encontro de uma hora e meia com o prefeito, a vice, Nádia Campeão, e
mais dez secretários. Lula é o dono do PT, é bem verdade, mas não é,
formalmente falando, nem mesmo seu presidente. Sua presença numa reunião
com a cúpula da Prefeitura demonstra que a cidade está sob intervenção.
O que os aluninhos tinham a aprender com
o Professor Lula? Nada, certamente, que seja do interesse dos
paulistanos. Ele estava lá para cuidar dos interesses do PT. Durante o
expediente
Postado pelo Lobo do Mar
Um comentário:
Que Sérgio cabral é amigo de Cavendish já estamos cansados de saber. Agora isso não quer dizer que ele tenha algum envolviemnto em algum esquema.
Postar um comentário