Por Cardoso Lira
"O Aviltamento do Marxismo pelos oportunistas, políticos, corruptos e bandidos que estão no poder da República. Nesta premissa, nenhum político farsante escapará da vala comum reservada, aos caudilhos, aos déspotas e aos falsificadores da história". (Cardoso Lira)
Por Reinaldo Azevedo
"O Aviltamento do Marxismo pelos oportunistas, políticos, corruptos e bandidos que estão no poder da República. Nesta premissa, nenhum político farsante escapará da vala comum reservada, aos caudilhos, aos déspotas e aos falsificadores da história". (Cardoso Lira)
(Estadão)
TCU investiga rombo de U$ 1 bilhão na Petrobras. Petistas pagaram dez vezes o que valia uma refinaria nos EUA.
O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU)
representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de
Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao
ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure
responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o
procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres
públicos.
O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição. A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial", disse Marsico.
O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição. A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial", disse Marsico.
O processo está
tramitando internamente. É possível que o ministro-relator se posicione
já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo, apontar em despacho
indícios de responsabilidade, pedir novas investigações (diligências)
ou abrir para defesa da empresa (contraditório). Caso o ministro
aceite o pedido e a área técnica do TCU inicie fiscalização na
Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual identificação de
responsáveis, será julgado em plenário.
O processo
foi motivado por reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da
Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a refinaria foi
adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área de
energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás
no ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca
de dez vezes menos.
As possíveis concessões à Astra foram feitas
em ano eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto
Feilhaber, um ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado
pelo Congresso Nacional e pelo Ministério Público Federal, de onde pode
sair futuramente uma representação de ordem criminal. O deputado Antônio
Imbassahy (PSDB-BA) questiona a compra, considerando o negócio
prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28 vezes mais o valor
inicial da empresa.
A refinaria é um dos ativos que a Petrobrás
pretendia vender no exterior de forma a angariar recursos para o pré-sal
brasileiro. A venda está temporariamente suspensa. No balanço do
quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464
milhões referente à refinaria, portanto valor que já reconhece como
perdido. A companhia agora pretende investir na unidade para melhorar
seu preço de mercado antes de retomar as negociações, segundo a
presidente Graça Foster informou na coletiva de divulgação do balanço.
"Não vamos vender Pasadena ao preço que está", disse ela. (Estadão)
Por Reinaldo Azevedo
O
leitor certamente se lembra daquela que é, a meu juízo, uma das mais
escandalosas ações do petismo realizadas na Petrobras: a compra e venda
de uma refinaria em Pasadena, nos EUA. Pode haver consequências. Antes,
vamos lembrar o caso:
No dia 15 de dezembro, publicava-se aqui um post intitulado “ESCÂNDALO
BILIONÁRIO NA PETROBRAS – Resta, agora, saber se, ao fim da apuração,
alguém vai para a cadeia! Ou: Quem privatizou a Petrobras mesmo?“ Recupero a história em 13 passos:
1: Em janeiro de
2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada
Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que
tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os
padrões americanos.
2:
ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os
belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50%
das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês
entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$
22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos
“brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões. 1500% de valorização em um
aninho. A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros
tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima
de qualquer expectativa razoável”.
3: Um
dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras é
Alberto Feilhaber, um brasileiro. Que bom! Mais do que isso: ele havia
sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o
escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio
foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja
viu a documentação. Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em
detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor
financeiro da BR Distribuidora.
4: A
Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos
belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o
petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um
investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a
conta, a menos que…
5:…
a menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a
comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração
de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!
6:
E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas
decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção,
outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se que a
estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam
passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700
milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou
malandros, certo?
7:
É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,
então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o
absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião.
DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.
8:
A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana,
que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o
contrato. A Petrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais
US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!
9:
Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma
refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo
brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional
americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.
10: Isto
mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365
milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$
839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional
continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos
milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,204bilhão em US$
180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.
11:Graça
Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o
negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de
US$ 1 bilhão.
12: Diz
o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez
concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.
13:Dilma, reitero, botou Gabrielli pra correr. Mas nunca mais tocou no assunto.
Pois bem! Informa hoje o
O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos.
(…)
A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. “A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial”, disse Marsico.
Postado pelo Lobo do Mar
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