Por Cardoso Lira
Por Jorge Serrão –
A
população de São Paulo sofreu ontem à noite mais uma megaparalisação de
trânsito promovida por manifestantes do grupo Black Bloc. Com oculto DNA
petralha, mas disfarçado de anarquista e insuflado por ONGs transnacionais, o
grupo tem todo o jeitinho daquela VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), grupo
armado que promovia ações de terror urbano (assaltos, sequestros e
assassinatos), nos tempos da dita-dura militar pós-1964. Por ironia, a hoje presidenta
Dilma Rousseff era uma das líderes mais radicalóides da VPR.
Agora,
que a dita parece mole, e os meliantes controlam o poder, acuando os militares
na batalha ideológica, toda vez que o governo do crime organizado se vê em
perigo, bota na rua, para promover ações de terror, o chamado quarto elemento:
a milícia revolucionária. Sob o disfarce de “legítimos manifestantes no regime
democrático”, tais são grupos treinados paramilitarmente em mobilização,
operação de comando, artes marciais para ataque e defesa em manifestações,
depredação, pichação, saque, incêndio, explosão e confronto (inclusive armado,
se precisar) com as forças de segurança.
O
ato de ontem causou um dos maiores engarrafamentos da história da capital
paulista. Bastaram 200 manifestantes para fechar a Marginal Pinheiros. O alvo
de ontem foi a revista Veja. Por isso, a guerrilha psicológica ocorreu na Zona
Oeste, perto do prédio da Editora Abril. Os manifestantes queimaram exemplares
da publicação. Jogaram pedras contra a portaria do edifício. Como a PM reagiu
com gás lacrimogênio, os valentões vazaram do local. Só que, na vizinhança,
depredaram vitrines de lojas e bancos, e quase botaram fogo em um carro.
Em
resumo: apenas cumpriram o previsto no velho Manual de Guerrilha Urbana do
endeusado e mítico líder da Vanguarda Popular Revolucionária Carlos Mariguella
– cuja cópia está disponível para download na página do Black-Bloc SP no
Facebook (www.facebook.com/BlackBlocSP)... Não por coincidência, o grupo tem e
segue seu próprio Manual de Ação Direta Black-Bloc. Eles tem até o curso
oferecido à distância, via internet, em ambiente virtual de aprendizagem.
Anarquismo mais organizado que este, impossível.
O
discurso do grupo é sempre anarquista – para disfarçar o ideológico e
revolucionário que se esconde verdadeiramente por trás. Os manifestantes, bem
organizados para quem prega anarquismo, distribuíram panfletos aos pedestres.
Acusaram a revista Veja de “jogar a população contra os manifestantes”. No
mesmo discurso difuso, também acusaram a mídia em geral de mentir para proteger
os políticos. Curiosamente, não se viu nenhum ataque público específico aos
mensaleiros – ainda impunes -, por exemplo... Deve ser o rigor seletivo da
anarcagem – que só bate em quem lhe interessa...
Na
edição 125 da revista Fórum, uma reportagem de Paulo Cezar Monteiro revela qual
a intenção estratégica do grupo: “Os ativistas Black Bloc não são
manifestantes, eles não estão lá para protestar. Eles estão lá para promover
uma intervenção direta contra os mecanismos de opressão, suas ações são
concebidas para causar danos às instituições opressivas”. Nos protestos, os
Black Blocs atacam de maneira agressiva bancos, grandes corporações ou qualquer
outro símbolo das instituições.
A
manifestação de ontem, a exemplo de anteriores, só comprovou que o Brasil nunca
esteve tão fragilizado. Bastam 200 militantes revolucionários bem treinados
para parar qualquer grande cidade. A ação assimétrica deles consegue,
facilmente, acabar com a Ordem Pública – que é o mais importante patrimônio da
sociedade, pois garante a vida e a segurança das pessoas.
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