Por Cardoso Lira
"O que caracteriza a demência e o Paradoxismo, é a desproporção entre os propósitos e os meios a serem alcançados" - (CARDOSO LIRA)
Deixa estar e aqui está, não se sabe exatamente quanto foi gasto na construção de Brasília, só se sabe que foi um grande erro de JK. A maior parte das verbas não foi contabilizada em registros bancários ou comprovantes fiscais. O governo também não fez à época, por incrível que isso possa parecer, qualquer previsão oficial sobre a fantástica operação.
O ex-ministro da Fazenda de Café Filho, Eugênio Gudin, adversário político de Juscelino, estimou os custos em US$ 1,5 bilhão. Em valores atualizados, o orçamento seria próximo dos 100 US$ bilhões, muito mais do que a gastança prevista para as Olimpíadas do Rio, a serem realizadas em 2016. Para captar recursos, o governo emitiu mais dinheiro e foram feitos empréstimos no exterior, resultando inflação alta e dívida externa crônicas. Aliás, motivos pelos quais Jânio Quadros elegeu-se, mas com o mesmo ex-vice de JK, o doutor Jango, tudo desembocando no movimento de 31 de março de 1964, politicamente apoiado e militarmente auxiliado pelos principais governos dos Estados federados do país.
A característica do processo desenvolvimentista do governo JK, era a aceleração do crescimento, sem observância de enviar para lá muitos bandidos e dos preceitos fundamentais da melhor previdência econômica. Assim, Brasília foi erguida no meio do cerrado, com sérias dificuldades logísticas, em menos de quatro anos. Milhares de carregamentos de materiais de construção circulavam recebendo mais de uma vez pela mesma carga, tudo por conta do Erário, abastecido pelos Estados garfados e pelos indivíduos esfolados por tributos, onde foi desviada mais de 50% do erário público, o que se caracteriza num grande paradoxo.
A ideia da capital, a salvo das ameaças navais, é antiga. José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi o primeiro a sugerir o nome Brasília para a nova capital do país, em 1823. A primeira constituição republicana, a de 24 de fevereiro de 1891, em seu 3º artigo previa a mudança da capital do Rio de Janeiro para uma região no Planalto Central. Para isso, foi criada a Comissão Exploradora do Planalto Central (1892-1893), liderada pelo astrônomo belga Luiz Cruls - amigo do imperador Pedro II, então no exílio - que explorou a região.
Em 1954, o governo de Café Filho (1954-1955) nomeou a Comissão de Localização da Nova Capital Federal (1954), comandada pelo marechal José Pessoa, para dar continuidade aos trabalhos. O território que abrigaria a futura capital do país era conhecido como “Quadrilátero Cruls”, em homenagem a Luiz Cruls. Tinha dimensões de 160 por 90 quilômetros quadrados e situava-se a mil quilômetros de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Amenizando a ideia absurda e ridícula do motivo da defesa militar, uma síndrome, quem sabe, resultante das inúmeras investidas costeiras estrangeiras em nossa longa história colonial, a proposta do governo, com a transferência da capital para o cerrado goiano, dizia-se, era a de usufruir das melhores equidistâncias territoriais e de ativar a exploração das riquezas da região central do país.
Incrível, de costas para o mar, distante da integração econômica com um mundo em intensa transformação comercial. Mas, pode-se imaginar, que o sonho neocolonialista embutido fora a de centralizar ao máximo os poderes políticos, suficientemente afastados das manifestações públicas de desagrado e das melhores inteligências do país.
Brasília, em 1960 estava povoada por 140 mil almas e hoje, em 2014, sua estimativa populacional chega a cerca de 2,9 milhões. Seu PIB cresceu mais de dez vezes comparado ao do país, entre 1961 e 2000. E continua crescendo como uma metrópole incontrolável, que sobrevive em autonomia parasitária sustentada por conta dos recursos sugados de nossa república federativa capenga e da corrupção dos bandidos de todo país que mandamos para lá.
A combinação, sempre crescente de empregos públicos federais e distritais, alguns até fantasmas, em sedes de esbanjamentos ministeriais, de numerosas organizações estatais, paraestatais, de economia mista, de autarquias, e a expansão dos altos salários e privilégios do Estado parasitário, faz de Brasília a cidade-estado como detentora do maior PIB per capita do Brasil, R$ 40.696,00, quase três vezes que a média nacional - e superior a dos produtivos São Paulo (R$ 22.667) e Rio de Janeiro (R$ 19.245), segundo dados do IBGE.
A fundação apressada, politicamente narcisista, onerosa, fraudulenta e até mesmo faraônica de uma nova capital federal, é legado de uma utopia populista, nociva e abominável concretizada sem controle de gestão democrática, no meio do nada e sob colunas revolucionárias de um bom plano urbanístico adornado por arquitetura digna de qualquer regime totalitário. Hoje, tudo cercado por cidades satélites medíocres e de favelas incontáveis, clientes do estado alimentário tupiniquim.
Brasília, ainda seria palco do fim do regime instalado em 1964 (1985), do impeachment de Collor (1992), da eleição e reeleição do contraditório FHC, a eleição de um maldito malfazejo, amaldiçoado e corrupto operário socialista, em 2003, de sua reeleição e da vitória de sua desconcertante sucessora e uma das mais atuantes guerrilheira revanchista do país, que se intitula "presidenta" da República, com milhares de sucessivos escândalos de corrupção, de lavagem de dinheiro, apropriação em débito, assassinatos, peculato e milhares de crimes hediondos de insegurança jurídica, além da corrupção endêmica insegurança pública organizada, mau gestão do dinheiro público como: construção de Estádios e todas as obra construidas no país foram superfaturadas, jamais experimentados nunca antes na história na História do Brasil. Cadê e por onde andam as nossas Forças Armadas? Já não Oficiais Generais como antigamente, hoje só pensam neles mesmos, "a tropa é que se dane"!!!! Um grande paradoxo a ser resgatado imediatamente, antes que seja tarde demais!!!!
Você não pode responder a essa conversa. A conta do destinatário foi desativada ou suas configurações de privacidade n
POSTADO PELO LOBO DO MAR
Nenhum comentário:
Postar um comentário