segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

FIFA culpa governo por caos na Copa.

Por Cardoso Lira

A Fifa alerta que não terá tempo para testar todos os estádios da Copa do Mundo e, faltando cinco meses para o Mundial, implementa de vez a estratégia de transferir toda a culpa pelos problemas do torneio ao Brasil. Neste domingo, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, voltou a criar um mal-estar com o governo e mostrou que o distanciamento entre as autoridades e a entidade é cada vez maior.

Esse é o segundo ataque direto da Fifa ao Brasil em duas semanas. Antes, o presidente Joseph Blatter havia afirmado que a Copa organizada pelo Brasil será a mais atrasada desde que ele chegou à entidade, em 1975. Agora, o trabalho coube à Valcke."A grande dificuldade é que não temos um período de testes. Nós (da Fifa) não podemos treinar", explicou à rádio France Bleu. "Os estádios serão entregues perto demais do início da primeira partida."

Questionado horas depois pela reportagem, ele confirmou a entrevista. "Isso é o que nós sempre alertamos", repetiu. Seis dos 12 estádios serão entregues fora do prazo. No caso de São Paulo, o estádio em Itaquera só estará pronto em abril.

A reportagem apurou que a estratégia de atacar o Brasil na imprensa internacional é deliberada. A Fifa tenta se distanciar dos problemas no País e, no caso de um caos na Copa, vai transferir a responsabilidade inteiramente ao governo brasileiro."Nos deparamos com uma infraestrutura que não está perfeitamente no ponto, quando sabemos que isso é fundamental para garantir um melhor fluxo de pessoas dos aeroportos às cidades, das cidades aos estádios, etc", insistiu. Valcke não deixou por menos suas críticas. "Certamente haverá problemas, já que é um país do tamanho de um continente", afirmou. Ele ainda se mostrou preocupado com as manifestações. "Não sabemos como será a reação das ruas".

O secretário-geral da Fifa também defendeu o direito de a entidade fazer suas reclamações. "Não será um Mundial fácil de se organizar. Não há Mundiais fáceis de se organizar, como disse Blatter, que não se equivocou quando disse que algumas coisas poderiam ter sido feitas com antecedência. Não podemos dizer que esta é uma crítica vazia e sem sentido", concluiu.(Estadão)

Dilma dá ministérios em troca de tempo de TV. Partidos aliados ganham 10 meses de dinheiro e poder em ano eleitoral.

De olho na campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff começa nesta semana conversas com líderes de partidos aliados para discutir a reforma ministerial. Os dois principais aliados, PT e PMDB, serão os primeiros com quem a presidente vai tratar das mudanças.

Dilma avisou o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que tem hoje almoço marcado com o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que ele será chamado esta semana para falar do troca-troca. Além de ocupar as vagas de ministros que deixarão os cargos para fazer campanha, Dilma vai tentar contemplar os pleitos dos partidos pensando na composição para a disputa da reeleição e no tempo de TV das legendas na propaganda eleitoral. O plano é conquistar o dobro do tempo dos adversários. 

Para a próxima semana, são esperadas conversas com representantes do PTB, Pros e PP. A ideia da presidente é abrir espaço na Esplanada para o PTB, que não ocupa um ministério desde 2009, e para o recém-criado Pros.

O Ministério da Integração é a pasta mais cobiçada e alvo de disputa entre os integrantes da base. O ministério está nas mãos de um interino desde que Fernando Bezerra, do PSB, deixou o cargo em 1º de outubro do ano passado. O partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, desembarcou do governo petista de olho na disputa pelo Planalto. Para 2014, estão reservados para a Integração R$ 9,3 bilhões, sendo 78% para investimentos.

O PTB quer emplacar na pasta o presidente da legenda, Benito Gama. O PMDB almeja ver o senador Vital do Rego comandando o posto. Até o PP, hoje à frente das Cidades, cobiça o ministério. Mas, no jogo da reforma, há pelo menos outros 12 ministérios que devem ter seus titulares trocados. Sete deles são comandados pelo PT e, na avaliação do Palácio, são pastas sensíveis, seja pela proximidade com a presidente (Casa Civil), pelo potencial eleitoral (Saúde), ou pelo diálogo com o Congresso (Relações Institucionais).

Aliados como o PSD, que comanda a Secretaria da Micro e Pequena Empresa com uma indicação considerada da cota pessoal de Dilma e não do partido, não devem ganhar mais espaço na Esplanada. (Folha de São Paulo)

Denúncias na Caixa resultam de fogo amigo contra Mantega ou de briga do PMDB com PT por mais poder


Por Jorge Serrão -

Fogo amigo gerado pela rede de intrigas do Palácio do Planalto, para enfraquecer ainda mais o ministro Guido Mantega, o padrinho do atual presidente da Caixa. Ou fogo amigo do PMDB, para indicar que precisa de mais poder em cargos estratégicos para garantir fidelidade total a Dilma Rousseff na campanha reeleitoral, evitando traições em favor de Aécio Neves ou Eduardo Campos. Na Caixa, o PMDB direciona os investimentos com os recursos do FGTS.

Essas seriam as razões por trás da revelação de que, no final de 2012, a Caixa Econômica Federal se apropriou, ilegalmente, de R$ 719 milhões que estavam depositados em 525.527 contas de poupança. A burrada teria sido cometida por dirigentes da Caixa ligados a Mantega e Hage. Na Caixa, os peemedebistas ocupam a estratégica vice-presidência de Pessoa Jurídica. Só que gostariam de mais espaço de poder no banco.

Por isso, independentemente de onde vem o “fogo amigo”, a Presidenta Dilma Rousseff não será responsabilizada por mais um assalto cometido pelo governo contra centenas de milhares de poupadores. A “oposição” tentará convocar o presidente da Caixa, Jorge Hereda, para explicar a besteira na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ontem, no entanto, o governo já temia os efeitos da ação de intimidação dos aliados. A notícia poderia alarmar correntistas e gerar uma onda de saques, a partir desta segunda, na Caixa.

O teatro em torno de tal “denúncia” ficou tão claro que, na versão oficialesca dada em alta velocidade, Dilma teria ordenado ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para dar declarações públicas deixando claro que nenhum poupador seria prejudicado. Para piorar a farsa: quem denunciou o caso, usando dados vazados da Controladoria Geral da União, foi a revista Isto É – editorialmente alinhada com o PT.

A Caixa cometeu crime de apropriação indébita (artigo 168 do Código Penal) foi evidente. O crime contra o sistema financeiro nacional também ficou configurado. Até o “enriquecimento sem causa” (previsto nos artigos 884 a 886 do Código Civil) pode ser imputado à direção da Caixa – e, por que não, ao acionista majoritário, o governo. Mas, como de costume, o caso deve dar em nada.

O fato objetivo é que, no final de 2012, a Caixa Econômica Federal se apropriou, ilegalmente, de R$ 719 milhões que estavam depositados em 525.527 contas de poupança, A ilegalidade foi apontada pela Controladoria Geral da União. O Banco Central já ordenou que a Caixa retire do balanço financeiro R$ 420 milhões (valor da tungada depois dos impostos). A quantia se refere a 6,9% dos R$ 6,1 bilhões do lucro da Caixa em 2012. O resultado ajudou na contabilidade criativa do governo para fazer o superávit primário necessário ao pagamento de juros das intermináveis dívidas da União Federal.

Oficialmente, a Controladoria Geral da União (CGU) detectou três problemas nas contas do banco: a forma de encerramento das contas, as transferências dos saldos para a receita do banco e a transparência da operação nas Demonstrações Contábeis. Por isso, o relatório foi enviado ao BC e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O presidenciável Aécio Neves já aproveitou o episódio Caixa para atingir o desgoverno Dilma, culpando-a pela “falta de limites do governo do PT em sua prática de manipulação contábil, que vem minando a credibilidade das contas públicas do país”. Aécio avisou que o PSDB pedirá esclarecimentos formais à Caixa e, a partir das respostas, “avaliará as medidas legais cabíveis para garantir os direitos dos poupadores brasileiros, assegurar o fiel cumprimento da legislação em vigor e responsabilizar judicialmente os responsáveis.”

A tendência é que mais este escândalo acabe em pizza. Igual ao de 2011, quando foi revelado um obscuro esquema de socorro da Caixa para evitar a quebra do Banco Panamericano – que pertencia ao empresário Silvio Santos. O desgaste no episódio provocou a queda da petista Maria Fernanda Ramos Coelho da presidência da Caixa. No lugar dela, Guido Mantega emplacou Jorge Hereda, e aproveitou para redimensionar a divisão de espaço político no banco com o PMDB. Mas Hereda sempre bate de frente com Geddel Vieira Lima – peemedebista que é vice de PJ da Caixa...

Enfim, na véspera reeleitoral, o fogo amigo começa a comer solto...

Impressões


Teatrinho da futura Senadora


Welcome to Sarneyland


Por Cardoso Lira

"O que caracteriza a demência e o Paradoxismo, é a desproporção entre os propósitos e os meios" - Napoleão Bonaparte

Deixa estar e aqui está, não se sabe exatamente quanto foi gasto na construção de Brasília, só se sabe que foi um grande erro de JK. A  maior  parte das verbas não  foi  contabilizada em registros  bancários ou  comprovantes  fiscais. O governo também não fez à época, por incrível que isso possa parecer, qualquer previsão oficial sobre a fantástica operação.             

O ex-ministro da Fazenda de Café Filho, Eugênio Gudin, adversário político de Juscelino, estimou os custos em US$ 1,5 bilhão. Em valores atualizados, o orçamento seria próximo dos 100 US$ bilhões, muito mais do que a gastança prevista para as Olimpíadas do Rio, a serem realizadas em 2016. Para captar recursos, o governo emitiu mais dinheiro e foram feitos empréstimos no exterior, resultando inflação alta e dívida externa crônicas. Aliás, motivos pelos quais Jânio Quadros elegeu-se, mas com o mesmo ex-vice de JK, o doutor Jango, tudo desembocando no movimento de 31 de março de 1964, politicamente apoiado e militarmente auxiliado pelos principais governos dos Estados federados do país.

A característica do processo desenvolvimentista do governo JK,  era a aceleração do crescimento,  sem  observância de enviar para lá muitos bandidos e  dos preceitos fundamentais da melhor previdência  econômica. Assim, Brasília foi erguida no meio do cerrado, com sérias dificuldades logísticas, em menos de quatro anos. Milhares de carregamentos de materiais de construção  circulavam recebendo mais de uma vez pela mesma carga, tudo por conta do Erário, abastecido pelos Estados garfados  e pelos indivíduos esfolados por tributos, onde foi desviada mais de 50% do erário público, o que se caracteriza num grande paradoxo.

A ideia da capital, a salvo das ameaças navais, é antiga. José  Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi o primeiro a sugerir o nome Brasília para a nova capital do país, em 1823. A primeira constituição republicana, a de 24 de fevereiro de 1891, em seu 3º artigo previa a mudança da capital do Rio de Janeiro para uma região no Planalto Central. Para isso, foi criada a Comissão Exploradora do Planalto Central (1892-1893), liderada pelo astrônomo belga Luiz Cruls - amigo do imperador Pedro II, então no exílio - que explorou a  região.                

Em 1954, o governo de Café Filho  (1954-1955) nomeou a Comissão de Localização da Nova Capital Federal (1954), comandada pelo marechal José Pessoa, para dar continuidade aos trabalhos. O  território  que abrigaria a futura capital do país era conhecido como  “Quadrilátero Cruls”, em homenagem a Luiz Cruls. Tinha  dimensões  de  160  por   90 quilômetros quadrados e situava-se a mil quilômetros de São Paulo e do Rio de  Janeiro.    

Amenizando a ideia absurda e ridícula do motivo da defesa militar, uma síndrome, quem sabe, resultante das inúmeras investidas  costeiras estrangeiras em nossa longa história  colonial, a  proposta do governo, com a transferência da capital para o cerrado goiano, dizia-se, era  a de usufruir das melhores equidistâncias territoriais e de ativar  a exploração das riquezas da região central do país.

Incrível, de costas para o mar, distante da integração econômica com um mundo em intensa transformação comercial. Mas, pode-se imaginar, que o sonho neocolonialista embutido fora a de centralizar ao máximo os poderes políticos, suficientemente afastados  das manifestações públicas de desagrado e das melhores inteligências do país.

Brasília, em 1960 estava povoada por 140 mil almas e hoje, em 2014, sua estimativa populacional chega a cerca de 2,9 milhões. Seu PIB cresceu mais de dez vezes comparado ao do país, entre 1961 e 2000. E continua crescendo como uma metrópole incontrolável, que sobrevive em autonomia parasitária sustentada por conta dos recursos sugados de nossa república federativa capenga e da corrupção dos bandidos de todo país que mandamos para lá.

A combinação, sempre crescente de empregos públicos federais e distritais, alguns até fantasmas, em sedes de esbanjamentos ministeriais, de numerosas organizações estatais, paraestatais, de economia mista, de autarquias, e a expansão dos altos salários e privilégios do Estado parasitário, faz de Brasília a cidade-estado como detentora do maior PIB per capita do Brasil, R$ 40.696,00, quase três vezes que a média nacional - e superior a dos produtivos São Paulo (R$ 22.667) e Rio de Janeiro (R$ 19.245), segundo dados do IBGE.

A fundação apressada, politicamente narcisista, onerosa, fraudulenta e até mesmo faraônica de uma nova capital federal, é legado de uma utopia populista, nociva e abominável concretizada sem controle de gestão democrática, no meio do nada e sob colunas revolucionárias de um bom plano urbanístico adornado por arquitetura digna de qualquer regime totalitário. Hoje, tudo cercado por cidades satélites medíocres e  de favelas incontáveis, clientes do estado alimentário tupiniquim.

Brasília, ainda seria palco do fim do regime instalado em 1964 (1985), do impeachment de Collor (1992), da eleição e reeleição do contraditório FHC, a eleição de um maldito malfazejo, amaldiçoado e corrupto operário socialista, em 2003, de sua reeleição e da vitória de sua desconcertante sucessora e uma das mais atuantes guerrilheira revanchista do país, que se intitula "presidenta" da República, com milhares de sucessivos   escândalos de corrupção, de lavagem de dinheiro, apropriação em débito, assassinatos, peculato e milhares de crimes hediondos de insegurança jurídica, além da corrupção endêmica insegurança pública organizada, mau gestão do dinheiro público como: construção de Estádios e todas as obra construidas no país foram superfaturadas, jamais experimentados nunca antes na história na História do Brasil. Cadê e por onde andam as nossas Forças Armadas? Já não Oficiais Generais como antigamente, hoje só pensam neles mesmos, "a tropa é que se dane"!!!! Um grande paradoxo a ser resgatado imediatamente, antes que seja tarde demais!!!!  

 









Postado pelo Lobo do Mar

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