domingo, 9 de março de 2014

Apelo ao Comandante do Exército Brasileiro


Que ninguém se julgue perfeito neste mundo. A natureza humana é imperfeita. Quem jamais pecou, quem nunca errou, quem nunca se enganou, que atire a primeira pedra! Mas, não há como negar também aquele velho e sábio ditado: - “Errar é humano, mas persistir no erro é diabólico.”

Não vamos discutir neste momento o ganho do Exército em termos materiais durante a “era petista”. Para que se tenha uma ideia, existem militares, da ativa e da reserva, que entendem viaturas novas, bóia no rancho e uniforme novo como musculatura satisfatória, sem pensar no mínimo de meios necessários, aqui e agora, para se dissuadir o inimigo mais do que provável.

Vamos colocar na mesa agora o carteado da liderança, da altivez, do brio, da honra militar, do “siga-me”, do “prossiga na missão”. E aí procuramos divisar a autoridade militar, a chefia, o comando que deve nos conduzir no caminho do cumprimento do dever. Qual o perfil desse comando? Teria ele viés político? Ele se pauta pelo exemplo? Ele admite vilipêndios ao Exército?

Essas indagações são para todos nós, velhos e jovens soldados. O comando da Força Terrestre tem acertado ou errado mais? Estávamos melhor, mais unidos e coesos, mais confiantes no porvir do Exército, antes ou depois do sonoro
“O EXÉRCITO NÃO VAI FAZER NADA!”?

A grande realidade é que, a partir desse funesto pecado sacrílego, passamos a persistir no erro de forma diabólica. Um CCOMSEX apático que, particularmente na era petista, ainda não abriu o bico para defender a Instituição de seus algozes detratores. Onde está o alto comando? Onde está nosso comandante? Por que o CCOMSEX não enviou representantes para contraditarem no seminário “O Ensino da Ditadura Militar nas Escolas”, em novembro do ano passado?

É verdade! Quem cala consente! Essa então do Exército não se manifestar em assuntos relativos à “CNV” está mais para “dar um boi para não entrar e uma boiada para continuar de fora”! MEA CULPA, MEA CULPA, MINHA MÁXIMA CULPA! Omissão, apatia, indignidade?!

Os de direito e dever no serviço ainda não se deram conta: o porvir do binômio espírito militar/espírito de corpo de nossas FFAA vai estar traçado após este próximo “31 de março”. Conforme ficarem as coisas após esta data, a aposição de uma estrela vermelha no brasão de nossas Instituições será só uma questão de tempo.

Quanto à luta intestina de caráter racial, separatista e fundiário, esta já ensaia seus primórdios, ganhando força a cada dia, com previsão de emprego do Exército absolutamente estapafúrdia, como “gendarmeria” na preservação de reservas de índios incendiários e na contenção de “black blocks” fogueteiros durante a copa do mundo. Comandante! Por favor, coloque um paradeiro nesse descalabro!

Apelamos neste instante ao Comandante do Exército Brasileiro! Dê-nos alento! Defenda seus subordinados! Impeça que a Força continue sendo humilhada! Reaja com altivez contra nossos detratores! Preserve nossas comendas e condecorações! Prestar continência a quem não merece só faz rebaixar o Exército! 

Comandante! Nosso Comandante! Queremos estar juntos a vossa excelência, ombro a ombro! Todos erram neste mundo de Deus, todos têm o direito de fazê-lo! Agora chegou o momento de corrigir, de retificar o descaminho, de fazer as pazes consigo mesmo! Perceba Comandante, Deus está oferecendo esta oportunidade a vossa excelência!  

Excelentíssimo Senhor General-de-Exército Enzo Martins Peri, seus soldados querem tão somente poder festejar a data do movimento que impediu a “cubanização” da Pátria. Isto, em absoluto, não configura golpe nem tão pouco indisciplina!

Não dá para entender: nossos algozes se refestelam no seminário “O Ensino da Ditadura Militar nas Escolas” e o Exército está proibido de comemorar o “31 de MARÇO” nos quartéis. Vossa excelência também não foi revolucionário? Vamos festejar juntos essa efeméride!  

Comandante! Pense bem!  Essa é a última oportunidade que o SENHOR DEUS DOS EXÉRCITOS oferece ao General Enzo para que ele ingresse na reserva com a consciência tranquila!

Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior, na reserva. Texto publicado no número 36 do Boletim Brasil Acima de Tudo, 2014.

Corte na conta de luz inventado por Dilma destrói setor elétrico.

Em pouco mais de um ano, o setor elétrico saiu de um quadro de estabilidade para desequilíbrio. Entre indenizações pela renovação das concessões e prejuízos com a falta de chuvas, a conta do setor já soma R$ 32,4 bilhões. Pior: se for considerada a perda de valor das companhias na Bolsa de Valores a conta já supera R$ 60 bilhões e pode aumentar ainda mais, dependendo do humor de São Pedro nas próximas semanas. Em algum momento, essa crise poderá pesar no bolso do consumidor.

Na avaliação de especialistas, a origem do problema se deve à intempestividade do governo na renovação das concessões de geração e transmissão, que venceriam em 2015. Crente de que todas as empresas aceitariam a proposta, a presidente Dilma prometeu, em rede nacional, que a conta de luz cairia 20% a partir de 2012. A equação era baseada no fato de que os contratos, que respondiam por 22% da geração do País, seriam renovados a preços módicos.

"Como algumas empresas (Cesp, Cemig e Copel) não aceitaram, as distribuidoras ficaram sem contrato de fornecimento de energia para honrar 100% de seu mercado", explicou o professor do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da UFRJ, Nivalde Castro. Uma das bases do modelo começou a cair, já que a regra de que as distribuidoras teriam de estar 100% contratadas, com fornecimento garantido, foi quebrada.

Para piorar a situação, a falta de chuvas deteriorou o nível dos reservatórios das hidrelétricas, elevou o preço no mercado à vista (a R$ 822 o MWh) e obrigou o governo a pôr todas as térmicas caras – usadas apenas em emergências – em operação.

O uso das usinas, aliado à falta de contratos das distribuidoras, que tem obrigado as empresas a comprar energia ao custo atual, provocaram um rombo de R$ 11,4 bilhões, que pode chegar a R$ 25,6 bilhões até dezembro. Em 2013, o Tesouro financiou o prejuízo das distribuidoras, que vão cobrar o valor dos consumidores em cinco anos.

Neste ano, o governo definiu apenas uma solução para janeiro. Na sexta-feira, publicou decreto autorizando que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pague pela descontratação das distribuidoras, mas não mencionou se vai incluir na conta os gastos com as térmicas. Ou seja: não está descartado o repasse dos valores para os consumidores.

Contas. A conta para bancar os 20% de redução nas tarifas é salgada. Além do rombo das distribuidoras, o governo gastou R$ 21 bilhões para indenizar ativos não amortizados. O valor foi retirado de fundos setoriais formados com o dinheiro dos consumidores. O governo vai pagar ainda cerca de R$ 10 bilhões em indenizações por investimentos das transmissoras feitos antes de 2000.

A proposta de renovação revelou-se bastante impopular entre investidores. O valor de mercado das empresas do setor despencou R$ 28 bilhões desde setembro de 2012, aponta a consultoria Economática. A Eletrobrás caiu 75% e perdeu R$ 23,2 bilhões. "Acabaram com a empresa", diz o presidente do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Roberto Pereira D’Araujo. Segundo ele, as estatais precisam submeter decisões à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Hoje, elas não têm mais orçamento. Recebem só pela operação e manutenção.

Com isso, o risco hidrológico vai ficar com o consumidor, por meio do sistema de bandeiras tarifárias, afirma Walter Froes, presidente da CMO Comercializadora. Pelas regras, se o nível dos reservatórios cair, o preço sobe. Se chover e o armazenamento melhorar, cai. "O modelo tem seus méritos. O problema é que, numa canetada, um monte de coisa mudou." (Estadão)

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