Félix Maier
De acordo com Ministério Público de SP, cooperativa usava empresa de fachada
Brasília – O Ministério Público, com base em informações coletadas a partir da quebra do sigilo bancário da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), acusada de desviar dinheiro para o "caixa dois" de campanhas do PT, traz à luz nova prova da existência do escândalo. O promotor José Carlos Blat, responsável pela investigação, revela o "caminho tortuoso" percorrido pelos recursos até chegarem aos cofres do partido.
De acordo com a análise das movimentações financeiras da empresa Mizu Gerenciamento e Serviços, antes de chegar ao PT, os cheques contabilizados pela consultoria como doações passavam pela Bancoop, que, por sua vez, repassava o dinheiro ao partido.
Pela investigação do Ministério Público de São Paulo, o objetivo da manobra seria mascarar a doação e dificultar o rastreamento dos recursos. Matéria do jornal O Globo diz que, a partir de um controle bancário interno, fornecido por um ex-funcionário da Mizu, a promotoria rastreou o destino de seis cheques, classificados como "Doação PT".
Para a senadora Marisa Serrano (MS), primeira vice-presidente do PSDB, os fatos são claros e denunciam a participação do PT no esquema. "As evidências caminham para mostrar uma relação mensaleira. Portanto, é necessário ir a fundo, descobrir os mandantes, para se chegar a um final exemplar", avalia. Ela diz que "não se pode passar a mão na cabeça dos corruptos".
O esquema, coordenado pelo atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, prejudicou cerca de 400 famílias que compraram imóveis, pagaram prestações inflacionadas, mas não receberam suas propriedades. O desvio, segundo o Ministério Público, pode ultrapassar R$ 100 milhões, relativos ao período de 2001 a 2008.
A fim de encontrar uma solução para ajudar os mutuários lesados pelo esquema, o líder da minoria na Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR), se reúne com o Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, para solicitar um posicionamento do órgão quanto às denúncias de desvio de recursos da cooperativa.
"Nós vamos levar os fatos ao procurador, verificando se existe um procedimento por parte do Ministério Público Federal. Vamos ainda comunicar os últimos acontecimentos como participação de fundos de pensão no esquema e lesão aos mutuários", afirma Fruet.
PRÉ-CAMPANHA BILIONÁRIA
Apesar do esquema de bandidagem e mega corrupção envolvendo o abominável tesoureiro do PT, a uma semana de deixar o governo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do partido à Presidência, articula os detalhes de uma estrutura milionária preparada para os três primeiros meses da pré-campanha.
Entre outras despesas, Dilma terá à sua disposição R$ 250 mil entre abril e o final de junho, distribuídos em aluguel de uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, contrato com empresa de jatos executivos, aluguel de carros e pagamento de seguranças e assessores.
Não bastasse estrutura, montada por um partido ou facção criminosa(PT) que deve R$ 35 milhões referentes à campanha presidencial de 2006, a ministra receberá um salário de R$ 17.800, segundo reportagem do jornal O Globo. O benefício a ser recebido por Dilma a primeira geurrilheira da República, ultrapassa o de dirigentes Petralhas e dos ministros do corrupto governo federal, que recebem R$ 12 mil por mês.
COMENTO
"Essa (petralhada) suja, criminosa e covarde que está no poder da república, forma a maior facção criminosa do planeta terra. Só não ver quem não quer. Certo senhores?
É lógico que essa quadrilha de bandidos e gângster, que está no poder da República, vem uzurpando de forma vergonhosa o erário público. Mensalão, Sanguessugas, CC, PAC de vento, Bolsa esmólas, Bolsa ditadura, INAUGURAÇÕES DE TERRENOS BALDIOS e venda das teles são algumas bandidagens desta facção criminosa QUE SE ENCONTRA NO PODER DA REPÚBLICA". DESTA VEZ, VAMOS VOTAR CERTO.
3 comentários:
DURA LEX SED LEX... Menos para o PT.
General-de-Divisão Murilo Neves Tavares Silva
Não se trata de crítica ou comentário de filme que teve título semelhante e fez bastante sucesso. Trata-se do Sr José Roberto Arruda, engenheiro de uma companhia estatal do Distrito Federal. Há muito tempo na política, teve passagens pelo Congresso Nacional, por secretarias de governo do DF e, com enorme votação, foi eleito governador da Capital da República.
Eis que, de repente e não mais que de repente, no dia 27 de novembro de 2009, aparece o engenheiro (governador com três anos no cargo) em gravação de video, recebendo dinheiro de um senhor que - segundo o divulgado em órgãos de imprensa - exercia cargo de relevo no governo de Joaquim Roriz e responde a mais de trinta processos por improbidade administrativa ou coisas do gênero. Ainda conforme a exaustiva divulgação do fato, tratava-se de uma contribuição para a campanha do engenheiro ao governo (que se desenvolveu em 2006) e destinava-se à compra de panetones para eleitores menos favorecidos.
Apesar dos pesares, esse senhor que manipulava o gravador foi mantido em cargo importante no governo local, quando Arruda tomou posse. Armado o escândalo, seguiram-se outras exibições - realmente constrangedoras - de videos gravados pelo mesmo senhor e que envolviam parlamentares, empresários, meias, bolsas, cuecas e até uma cena grotesca que ficou conhecida como a "oração da propina".
Escandalizadas, a opinião pública e a publicada ( alguém já disse que entre uma e outra reside grande diferença) passaram a exigir providências. E aí começa a minha alegria. As tais providências vieram com velocidade assustadora: caras pintadas - absolutamente omissas quando dos escândalos de 2005 no " mensalão" do Congresso Nacional - voltaram às ruas, com os sempre esperados e, às vezes, até desejados confrontos com a polícia militar; os líderes políticos da oposição - muitos deles de partidos metidos até o pescoço no acima citado "mensalão" - exigiram moralidade no manejo de dinheiros públicos em âmbito local, porque no federal a coisa muda de figura para eles; procuradores, juízes, OAB e outras instituições foram ágeis em adotar posições e determinar prisões preventivas ou que outro nome tenham e impiedosos na apreciação de habeas corpus e outras medidas a que recorrem os defensores de acusados. O engenheiro governador, recolhido preso a dependências da Polícia Federal, e seus advogados estranham que ele nunca tenha sido ouvido. De 27 de novembro a esta parte, como diria um erudito, já se passaram mais de noventa dias, o que me parece ser tempo suficiente para uma oitiva.
Tampouco se ouviu falar em quem teria ou tem interesse no episódio que demoliu um governador, um vice-governador, deputados distritais, secretários de estado e um membro do Tribunal de Contas do DF. Não se sabe ainda em que pé estão as investigações sobre os corruptores (não sendo do ramo, sei apenas que quando se trata de corrupção há ativos e passivos) e se os dinheiros de propinas desviados de pagamentos superfaturados foram localizados em patrimônios pessoais não declarados e se voltarão aos cofres governamentais. Colocado o governador no liquidificador, resta saber se a tomada foi ligada por partidos de oposição a ele; por gente insatisfeita de sua chamada base de apoio; por candidatos ou candidato ao cargo na eleição de 2010; pelo senhor que fez as gravações em seu interesse numa tal de delação premiada.
Disse que, quando começaram as enérgicas e rápidas providências, começou também a minha alegria. Não por querer ver o engenheiro virar suco e seus colegas de (des)governo virarem bagaço. Não votei no agora ex-governador e não conheço nenhum de seus colaboradores envolvidos, Minhas sólidas convicções e prática religiosas não me fazem um santo, mas não me permitem desejar mal a ninguém. Qual o motivo, então, da alegria ???
Meu coração abriga uma sincera convicção de que, daqui para a frente, a energia de toda essa gente vai permitir que:
- possamos ver presos os envolvidos no escândalo do "mensalão" do Congresso Nacional;
- possamos ver presos os envolvidos no escândalo do dossier contra o Serra (nunca votei nem vou votar nele e tampouco na Dilma);
- possamos ver presos os envolvidos na morte do Celso Daniel, no ABC Paulista;
- possamos ver presos os envolvidos no mais recente escândalo de uma cooperativa habitacional em São Paulo;
- possamos ver presos os envolvidos em operações de nomes significativos da PF que, quase sempre, são beneficiados por soltura ou medidas similares.
Enfim, DURA LEX SED LEX. Mas que, provada a culpa, seja dura para todos.
O que MOLUSCO faz ali dentro?
Sexta, o Datafolha esteve nas ruas para uma nova pesquisa sobre as eleições presidenciais. A novidade é que estão incluídos todos os potenciais candidatos. Como em todas as últimas pesquisas, de todos os institutos, esta também inclui uma questão totalmente fora do contexto, destinada a "endeusar" Molusco da Silva: se o seu apoio faz com que o eleitor vote ou não vote em determinado candidato. É um elemento desnecessário destinado a colocar o digamos "presidente" da República dos Ptralhas, como o centro da próxima eleição. A oposição deveria pedir para que a questão fosse banida das pesquisas pelo TSE, pois apenas dá munição para que a imprensa continue pressionando o eleitor a escolher entre o que o bandido quer e o que o primeiro bandido não quer, contribuindo para fortalecer o maior argumento da campanha do governo: o continuísmo. O Brasil tem quase 135 milhões de eleitores e eles merecem respeito. Cabe a eles escolher entre os candidatos que se oferecem, sem serem influenciados pelo que está indo embora. E não venham com a justificativa que a questão pode ter uma resposta positiva ou negativa. Não se trata disso. É o que ela alimenta depois, em termos de argumentos para toda a sorte de elocubrações. Hoje, muito mais do que debater a capacidade de cada um dos candidatos, o que a imprensa mais discute é se o primeiro bandido da República, vai ou não eleger a sua criação. Está na hora do Brasil se livrar do Molusco. O que a sua presença pairando sobre tudo contribui para a democracia? Absolutamente nada. Ao contrário, contribui para fomentar o nascimento de um novo ditador, que permanecerá no poder por meio de um títere. E que, passados quatro anos, vai querer voltar para se eternizar no comando de um país que merece exercitar a alternância de poder, para tentar resolver de uma forma diferente e mais eficiente os graves problemas de bandidagem e corrupção que o afligem.
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